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CAPÍTULO II - Escola de Química / UFRJ

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Disciplina - Engenharia do Meio Ambiente/ EQ/ <strong>UFRJ</strong><br />

Prof. Denize Dias <strong>de</strong> Carvalho<br />

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS<br />

O solo po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como um sistema multicomponente constituído por três fases: sólida, líquida<br />

e gasosa. Juntas, as fases líquida e gasosa chegam a ocupar uma gran<strong>de</strong> parte do volume do solo e<br />

compõem a porosida<strong>de</strong> total.<br />

A fase sólida é constituída <strong>de</strong> partículas minerais e <strong>de</strong> substâncias orgânicas. Esses compostos<br />

orgânicos e os minerais sólidos constituem o que se chama matriz do solo e apresentam-se <strong>de</strong> várias<br />

formas e tamanhos com diferentes composições químicas.<br />

Os solos po<strong>de</strong>m ser caracterizados <strong>de</strong> acordo com suas proprieda<strong>de</strong>s físico-químicas e microbiológicas.<br />

Fase Sólida<br />

Fração Mineral - originada da <strong>de</strong>sintegração das rochas, correspon<strong>de</strong> a menos <strong>de</strong> 50% do volume do<br />

solo: e contribui, juntamente com a matéria orgânica para a formação <strong>de</strong> agregados e para a<br />

estruturação do solo. Essa fração exerce gran<strong>de</strong> importância na disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nutrientes, na<br />

aeração, na retenção e movimento da água.<br />

As partículas sólidas minerais do solo são divididas em três frações texturais: areia, silte e argila.<br />

Existem uma série <strong>de</strong> classificações adotadas, para <strong>de</strong>finir as escalas <strong>de</strong> tamanho <strong>de</strong>ssas partículas, as<br />

duas mais adotadas são: a escala proposta pela Socieda<strong>de</strong> Internacional <strong>de</strong> Ciência do Solo (ISSC),<br />

que segue a escala originalmente proposta por Atterberg, e a escala proposta pelo Departamento <strong>de</strong><br />

Agricultura dos Estados Unidos (USDA) adotada pela Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Ciência do Solo (SBCS).<br />

,002 0,05 0,1 0,25 0,5 1,0 2,0 mm<br />

argila<br />

Segundo USDA<br />

silte<br />

muito<br />

fina<br />

fina média grossa muito<br />

grossa<br />

Areia<br />

cascalho<br />

0,002 0,02 0,2 2,0 mm<br />

argila<br />

Segundo ISSC<br />

silte<br />

fina<br />

areia<br />

grossa<br />

cascalho<br />

Figura 2.1 – Principais escalas (em mm) <strong>de</strong> tamanhos <strong>de</strong> partículas<br />

A fração mineral do solo é constituída quimicamente por aluminosilicatos, óxidos, carbonatos, sulfatos<br />

e minerais argilícos. Apresenta proprieda<strong>de</strong>s químicas e ativida<strong>de</strong>s variáveis <strong>de</strong> acordo com o tamanho<br />

das partículas.<br />

Dentre esses materiais que constitui a fração mineral, as argilas apresentam maior reativida<strong>de</strong>, e uma<br />

complexa constituição química. A areia e as outras partículas minerais são formadas por quartzo,<br />

feldspatos, micas e outros silicatos. Sua ativida<strong>de</strong> química é quase nula e se <strong>de</strong>compõe lentamente<br />

liberando seus elementos constituintes.<br />

A argila é constituída por silicatos e óxidos <strong>de</strong> Al e Fe que caracterizam-se por apresentar<br />

proprieda<strong>de</strong>s coloidais, com predomínio <strong>de</strong> cargas eletrostáticas negativas. São formadas por minerais<br />

secundários (<strong>de</strong>composição) do grupo da montmorilonitas, ilitas, caolinitas, etc.

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