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CAPÍTULO II - Escola de Química / UFRJ

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Disciplina - Engenharia do Meio Ambiente/ EQ/ <strong>UFRJ</strong><br />

Prof. Denize Dias <strong>de</strong> Carvalho<br />

• Estar afastado <strong>de</strong> aeroportos .<br />

• Estar afastado no mínimo 2 Km <strong>de</strong> zonas resi<strong>de</strong>nciais<br />

• Estar próximo da zona <strong>de</strong> coleta (+/-30 Km p/ida e volta – (5 a 20 Km)).<br />

• Apresentar vias <strong>de</strong> acesso em boas condições <strong>de</strong> tráfico para os caminhões.<br />

• Estar afastado <strong>de</strong> cursos d'água, nascentes e poços (no mínimo 200 metros, minimizar<br />

problemas com contaminação).<br />

• Garantir que os recursos hídricos superficiais ou subterrâneos não sejam atingidos.<br />

• Ter jazidas acessíveis <strong>de</strong> material para cobertura.<br />

• Ter solo <strong>de</strong> baixa permeabilida<strong>de</strong>, caso contrário o terreno <strong>de</strong>ve ser preparado com uma<br />

camada <strong>de</strong> argila ou outro material inerte.<br />

• Operar todos os sistemas <strong>de</strong> drenagem e <strong>de</strong> monitoramento normalmente durante pelo<br />

menos 20 anos após o encerramento.<br />

• Apresentar posicionamento a<strong>de</strong>quado em relação a ventos dominantes.<br />

• Impedir o acesso <strong>de</strong> pessoas não autorizadas<br />

• Garantir a operação do aterro sob quaisquer condições<br />

• Discussão com a comunida<strong>de</strong>.<br />

Aterros Industriais<br />

Os aterros industriais para resíduos Classe I e <strong>II</strong>, não são muito difundidos no Brasil, <strong>de</strong>vido a dois<br />

fatores principais: o atraso geral que o Brasil apresenta quanto as soluções para os resíduos<br />

industriais e a síndrome do “nimby” (not in my backyard) on<strong>de</strong> a tentativa <strong>de</strong> implantar aterros<br />

industriais é recebida com hostilida<strong>de</strong> pelas comunida<strong>de</strong>s locais e com reserva pelos órgãos<br />

ambientais.<br />

É absolutamente essencial <strong>de</strong>terminar o volume, a taxa <strong>de</strong> produção, as proprieda<strong>de</strong>s físicas e<br />

químicas do resíduo. Os resíduos <strong>de</strong>vem ser compatíveis, isto é, não <strong>de</strong>vem tornar-se explosivos,<br />

corrosivos, reativos ou tóxicos, ou liberarem gases perigosos quando misturados. (ver norma NBR<br />

13896/1997).<br />

Forma <strong>de</strong> disposição final especialmente projetado e implantado para a disposição <strong>de</strong> resíduos sólidos<br />

industriais, garantindo um confinamento seguro em termos <strong>de</strong> poluição ambiental e proteção à saú<strong>de</strong><br />

pública. Este aterro possui, no mínimo, todas as infra-estruturas <strong>de</strong> um aterro sanitário. Para<br />

resíduos perigosos, o conceito construtivo é o <strong>de</strong> contenção total, o que significa impermeabilizar tanto<br />

a parte inferior (no caso, com impermeabilização dupla) quanto à parte superior do aterro.<br />

Resíduos que não <strong>de</strong>vem ser dispostos em aterros industriais<br />

Nem todos os resíduos po<strong>de</strong>m ser dispostos em aterros industriais, a seguir serão mostrados os<br />

resíduos que não <strong>de</strong>vem ser dispostos em aterros industriais:<br />

1. Resíduos inflamáveis ou reativos, a menos que sejam previamente tratados (neutralização,<br />

absorção, etc.), <strong>de</strong> forma que a mistura resultante <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> apresentar essas características;<br />

2. Resíduos com menos <strong>de</strong> 30% <strong>de</strong> sólidos totais (em massa);<br />

3. Resíduos que contenham contaminantes que po<strong>de</strong>m ser facilmente transportados pelo ar, a menos<br />

que sejam previamente tratados;<br />

4. Resíduos ou mistura <strong>de</strong> resíduos que apresentem solubilida<strong>de</strong> em água superior a 20% em peso, a<br />

menos que sejam <strong>de</strong>vidamente tratados <strong>de</strong> forma a reduzir sua solubilida<strong>de</strong>;<br />

5. Resíduos constituídos por compostos orgânicos halogenados e não halogenados e<br />

6. Resíduos incompatíveis entre si. Estes não <strong>de</strong>vem ser dispostos em uma mesma célula, a menos<br />

que se tomem as <strong>de</strong>vidas precauções para evitar reações adversas.<br />

Os aterros para resíduos, tanto domésticos quanto industriais são obras <strong>de</strong> disposição final mais<br />

baratas e <strong>de</strong> tecnologias mais conhecidas no Brasil.<br />

Entretanto <strong>de</strong>ve-se ter em mente que esses aterros não servem para disposição <strong>de</strong> todos os tipos <strong>de</strong><br />

resíduos industriais.<br />

Existem três correntes básicas que norteiam a concepção dos aterros:<br />

A primeira, oriunda dos EUA, afirma que os efluentes <strong>de</strong> um aterro não <strong>de</strong>vem nunca atingir as águas<br />

subterrâneas. Isto implica em aterros completamente confinados ou, então em aterros completamente<br />

drenados.

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