CAPÃTULO II - Escola de QuÃmica / UFRJ
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Disciplina - Engenharia do Meio Ambiente/ EQ/ <strong>UFRJ</strong><br />
Prof. Denize Dias <strong>de</strong> Carvalho<br />
A segunda, que vem da Inglaterra, afirma que os solos tem uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenuação <strong>de</strong><br />
poluentes e sua utilização <strong>de</strong>ve ser permitida. Isto implica em aterros parcialmente confinados,<br />
po<strong>de</strong>ndo uma parcela do percolado ir parar nas águas subterrâneas, após ter atravessado uma<br />
camada do solo.<br />
A terceira, que se originou na Suíça, on<strong>de</strong> recomenda que se drenem as águas do freático juntamente<br />
com os líquidos percolados para posterior tratamento.<br />
Algum aspectos operacionais em relação aos aterros:<br />
Sistema <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> base (impermeabilização) – tem a função <strong>de</strong> proteger a fundação do aterro,<br />
evitando-se a contaminação do subsolo e aquíferos adjacentes, pela migração <strong>de</strong> percolados e/ou dos<br />
gases.<br />
Em não havendo condições naturais in situ favoráveis, utiliza-se diferentes técnicas <strong>de</strong><br />
impermeabilização.<br />
Os materiais mais comumentes empregados são argilas compactadas para diminuir a permeabilida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong> modo a representar barreiras à migração <strong>de</strong> poluentes, e geomembranas sintéticas, no caso <strong>de</strong><br />
resíduos industriais, sendo a <strong>de</strong> PEAD recomendada como mais a<strong>de</strong>quada por sua resistência<br />
mecânica, durabilida<strong>de</strong> e compatibilida<strong>de</strong> com uma gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduos; a <strong>de</strong> PVC também<br />
tem sido usada.<br />
Alguns sistemas utilizam dupla impermeabilização, constituída <strong>de</strong> duas geomembranas <strong>de</strong> PEAD <strong>de</strong> 1,5<br />
mm e 2mm separadas por uma camada drenante ligada a um poço testemunha, este tipo <strong>de</strong><br />
procedimento visa garantir perfeita impermeabilização do terreno natural sendo realizado um<br />
monitoramento contínuo .<br />
A escolha da técnica <strong>de</strong> impermeabilização a ser empregada é um fator muito importante. No caso da<br />
borra <strong>de</strong> petróleo, por ser um resíduo extremamente ácido, po<strong>de</strong> ocasionar <strong>de</strong>struição da estrutura da<br />
argila, aumentando a permeabilida<strong>de</strong> do solo, neste caso é necessário medidas adicionais <strong>de</strong> proteção<br />
como sua impermeabilização inferior. A USEPA recomenda que impermeabilizações que utilizem solos<br />
compactados ou algum tipo <strong>de</strong> aditivo <strong>de</strong> modo que sejam consi<strong>de</strong>radas como proteções secundárias à<br />
membrana principal, dada a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se obter um material homogênio e efetivamente<br />
impermeável.<br />
Uma vez escolhida a área do aterro, <strong>de</strong>terminam-se todas as condicionantes necessárias à execução<br />
do projeto. Desse modo <strong>de</strong>ve-se obter dados sobre os resíduos a serem dispostos, dados topográficos,<br />
dados <strong>de</strong> sondagem do terreno e dados meteorológicos da região.<br />
• Resíduos - os resíduos <strong>de</strong>vem ter suas características físicas, físico-químicas, químicas e<br />
infecto-contagiosas muito bem <strong>de</strong>finidas. Esse conhecimento condicionara a escolha da forma<br />
do aterro, dos materiais (que <strong>de</strong>vem ser compatíveis com os resíduos), o projeto dos sistemas<br />
<strong>de</strong> impermeabilização, <strong>de</strong> coleta e tratamento do percolado, do monitoramento, os planos <strong>de</strong><br />
segurança e a própria operação do aterro.<br />
• Topografia – é necessário que pelo menos duas plantas sejam feitas em escalas <strong>de</strong> 1:1000 ou<br />
1:2000 e outra em 1:5000, com curvas <strong>de</strong> nível mostrando os <strong>de</strong>talhes significativos do<br />
terreno.<br />
• Sondagens – e necessário para se obter dados sobre as características do solo (curva<br />
granulométrica, umida<strong>de</strong>, massa especifica, porosida<strong>de</strong>, coeficiente <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong>) e<br />
distância do lençol freático. Não existe uma regra geral para se <strong>de</strong>terminar o numero i<strong>de</strong>al <strong>de</strong><br />
furos <strong>de</strong> sondagem, quanto menor a área e mais homogêneo for o subsolo, menor será o<br />
numero <strong>de</strong> furos necessários para a sua caracterização. Entretanto, recomenda-se no mínimo<br />
três furos para sondagens <strong>de</strong> reconhecimento e um furo com amostra in<strong>de</strong>formada.<br />
Uma vez <strong>de</strong>terminadas e analisadas as características da área e dos resíduos, <strong>de</strong>ve-se<br />
proce<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>terminação da forma do aterro. Existem 3 formas:<br />
•<br />
• Método Trincheira - Consiste na abertura <strong>de</strong> trincheiras no solo on<strong>de</strong> o resíduo<br />
• é disposto no fundo, compactado e posteriormente coberto com solo.<br />
•<br />
• Método da Área – Empregado em locais <strong>de</strong> topografia irregular e lençol freático no limite<br />
máximo. A formação da célula exige o transporte e aquisição <strong>de</strong> terra para cobertura. Usada