CAPÃTULO II - Escola de QuÃmica / UFRJ
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Disciplina - Engenharia do Meio Ambiente/ EQ/ <strong>UFRJ</strong><br />
Prof. Denize Dias <strong>de</strong> Carvalho<br />
Figura - Diagrama <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> co-processamento .<br />
Os resíduos precisam chegar à unida<strong>de</strong> fabril com uma composição conhecida e com uma<br />
uniformida<strong>de</strong> em composição e granulometria especifica.<br />
Resumindo, o coprocessamento em cimenteiras apresenta as seguintes vantagens:<br />
Altas temperaturas e longos tempos <strong>de</strong> residência: mais <strong>de</strong> 5" > 1800 °C<br />
Elevado índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição: Orgânicos totalmente <strong>de</strong>struídos; Metais incorporados e fixados<br />
no produto final<br />
Processo com auto-lavagem <strong>de</strong> gases: A cal representa > 60% em massa<br />
Dupla valorização <strong>de</strong> produtos orgânicos e minerais<br />
Alta eficiência e Recuperação: total 1 MJ resíduo = 1 MJ combustível tradicional<br />
Redução das emissões globais: CO2 global é reduzido<br />
A tecnologia do co-processamento adotada pelas cimenteiras no início dos anos 70 na Europa e no<br />
Canadá, e a partir dos anos 90 no Brasil, aproveita milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> resíduos industriais,<br />
muitos potencialmente tóxicos, para gerar energia e substituir parcialmente o petróleo, o principal<br />
combustível para alimentar os fornos das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção.<br />
As indústrias investiram cerca <strong>de</strong> US$ 30 milhões, a partir da década <strong>de</strong> 90, no <strong>de</strong>senvolvimento da<br />
tecnologia. Parte da soma foi utilizada, segundo Vagner Maringolo, consultor em co-processamento da<br />
Associação Brasileira <strong>de</strong> Cimento Portland (ABCP), para preparar as unida<strong>de</strong>s para adotar o coprocessamento.<br />
Foram comprados filtros e equipamentos para a<strong>de</strong>quar a emissão do pó aos níveis<br />
exigidos pelas organizações ambientais.<br />
Para fazer o co-processamento as fábricas precisam <strong>de</strong> licenciamento. Segundo a ABCP, 30 das 58<br />
unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção dos 10 grupos <strong>de</strong> cimento do Brasil, estão licenciadas pelos órgãos ambientais<br />
para co-processar resíduos.