Impacto de Episódios El Niño e La Niña sobre a Freqüência de ...
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Durante episódios EN (Fig. 5.3), anomalias ciclônicas predominam <strong>sobre</strong> o<br />
sudoeste da AS, enquanto anticiclônicas prevalecem nos sub-trópicos a leste.<br />
Anomalias opostas são características <strong>de</strong> episódios LN (Fig. 5.4), embora um pouco<br />
<strong>de</strong>slocadas para sudoeste. Em baixos níveis, as anomalias associadas com EN<br />
fortalecem o jato <strong>de</strong> baixos níveis a leste dos An<strong>de</strong>s, enquanto as associadas com<br />
LN ten<strong>de</strong>m a enfraquecer este jato. Estas anomalias fortalecem o fluxo <strong>de</strong> umida<strong>de</strong><br />
para <strong>de</strong>ntro (fora) do Sul do Brasil, com convergência (divergência) <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong><br />
umida<strong>de</strong> nesta região durante episódios EN (LN).<br />
As anomalias médias <strong>de</strong> função corrente, precipitação, fluxo <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> e<br />
sua divergência e a pressão ao nível do mar durante eventos extremos no litoral da<br />
região Sul não apresentam significativas diferenças na vizinhança <strong>de</strong>sta região, para<br />
anos EN, LN e normais (Fig. 5.15, 5.16 e 5.17). Há anomalias ciclônicas em baixos<br />
níveis (função corrente em 850 hPa) e em altos níveis anomalias ciclônica a<br />
sudoeste e anti-ciclônica a nor<strong>de</strong>ste da região <strong>de</strong> estudo, com fortalecimento do jato<br />
subtropical <strong>sobre</strong> a região. O fluxo <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> apresenta convergência na região,<br />
embora a máxima convergência esteja situada a nor<strong>de</strong>ste. A pressão ao nível do<br />
mar apresenta-se abaixo do normal na costa sul e su<strong>de</strong>ste do Brasil. Portanto, os<br />
aspectos gerais <strong>de</strong>stes campos anômalos são similares, não importando se os<br />
eventos ocorrem durante episódios EN, LN ou normais. <strong>El</strong>es mostram os<br />
ingredientes essenciais para precipitação fortalecida: convergência <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> e<br />
situação favorável para levantamento <strong>de</strong> ar até o nível <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação.<br />
A comparação das composições para os eventos extremos em anos normais<br />
na Fig. 5.17 com as anomalias mensais nas Fig. 5.3 e 5.4 mostra porque a<br />
freqüência <strong>de</strong> eventos extremos se altera significativamente entre episódios EN e LN<br />
no litoral do Sul do Brasil. Os padrões anômalos nas vizinhanças <strong>de</strong>sta região<br />
durante eventos extremos são muito semelhantes às anomalias mensais associadas<br />
com episódios EN, mas muito diferentes e até opostas às anomalias mensais<br />
observadas durante anos LN. O gran<strong>de</strong> aumento na freqüência <strong>de</strong> eventos extremos<br />
é, portanto, <strong>de</strong>vido a condições muito favoráveis <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala, enquanto a<br />
redução é causada por condições <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala que não favorecem precipitação<br />
forte e persistente. É interessante lembrar que as composições da Fig. 5.15 foram<br />
baseadas em 68 eventos extremos ocorridos na região focalizada durante 11