29.05.2014 Views

Impacto de Episódios El Niño e La Niña sobre a Freqüência de ...

Impacto de Episódios El Niño e La Niña sobre a Freqüência de ...

Impacto de Episódios El Niño e La Niña sobre a Freqüência de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

151<br />

8. CONCLUSÕES<br />

Os padrões espaciais da chuva média durante eventos extremos indicam<br />

que os limiares <strong>de</strong> precipitação <strong>de</strong>sses eventos, em partes diferentes da América do<br />

Sul e em diferentes períodos do ciclo anual, seguem a evolução dos regimes <strong>de</strong><br />

precipitação que prevalecem <strong>sobre</strong> esse continente: baixos valores no outono e no<br />

inverno e altos valores na primavera e no verão.<br />

A freqüência média <strong>de</strong> eventos extremos para cada mês, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada<br />

categoria <strong>de</strong> ano, e a diferença entre estas freqüências médias para anos EN e<br />

normais, e para anos LN e normais mostram que os episódios EN e LN influenciam<br />

significativamente a freqüência <strong>de</strong> eventos extremos em diversas regiões da<br />

América do Sul durante <strong>de</strong>terminados períodos do ciclo ENOS.<br />

O comportamento da freqüência <strong>de</strong> eventos extremos <strong>de</strong> precipitação tem<br />

certa consistência com o comportamento <strong>de</strong> totais mensais e sazonais <strong>de</strong><br />

precipitação, embora nem sempre um aumento (diminuição) significativo <strong>de</strong>stes<br />

totais coincida com um aumento (diminuição) significativo da freqüência <strong>de</strong> eventos<br />

extremos. Na realida<strong>de</strong>, parece haver maior impacto <strong>de</strong> ENOS <strong>sobre</strong> o extremo<br />

superior da distribuição <strong>de</strong> chuva diária e, portanto, <strong>sobre</strong> os eventos extremos, do<br />

que <strong>sobre</strong> os totais mensais e sazonais <strong>de</strong> precipitação. Há semelhança na reversão<br />

do comportamento entre primavera (novembro (0)) e verão (janeiro (+)) no<br />

Centro/Su<strong>de</strong>ste, Noroeste e parte do Sul do Brasil, em relação à variação das<br />

chuvas mensais <strong>de</strong>scrita em Grimm (2003, 2004). O aumento <strong>de</strong> eventos severos<br />

em meses do outono/inverno do ano seguinte a <strong>El</strong> Niño no Sul do Brasil também tem<br />

consistência com variação <strong>de</strong> chuvas sazonais (GRIMM; BARROS; DOYLE, 2000) e<br />

é coerente com enchentes ocorridas nestas épocas.<br />

Há, como no caso <strong>de</strong> anomalias <strong>de</strong> chuvas mensais e sazonais, tendência a<br />

comportamentos opostos durante eventos <strong>El</strong> Niño e <strong>La</strong> Niña, o que <strong>de</strong>monstra o<br />

forte componente <strong>de</strong> linearida<strong>de</strong> no impacto <strong>de</strong>stes eventos <strong>sobre</strong> a precipitação.<br />

Contudo, há também efeitos que não são exatamente opostos, como ocorre com a<br />

variação <strong>de</strong> eventos extremos no Nor<strong>de</strong>ste do Brasil (principalmente no outono (+)) e<br />

no Norte do Brasil (principalmente em novembro (0) e outono/inverno (+). Há,<br />

também, algum <strong>de</strong>slocamento das áreas <strong>de</strong> maior impacto, como no caso <strong>de</strong> janeiro<br />

(+) no Centro/Su<strong>de</strong>ste do Brasil.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!