Impacto de Episódios El Niño e La Niña sobre a Freqüência de ...
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freqüência <strong>de</strong> chuva extrema, tendo em vista que os padrões <strong>de</strong> correlação<br />
reproduzem os padrões <strong>de</strong> TSM anômala durante estes episódios. Em alguns casos,<br />
aparecem também padrões <strong>de</strong> TSM anômalo associados com modos <strong>de</strong><br />
variabilida<strong>de</strong> inter<strong>de</strong>cadal no Pacífico e no Atlântico, indicando modulação<br />
inter<strong>de</strong>cadal.<br />
Embora em geral a correlação entre TSM e a chuva mensal é similar à<br />
correlação entre TSM e o número <strong>de</strong> eventos extremos há algumas diferenças. Por<br />
exemplo, no caso do Nor<strong>de</strong>ste do Brasil, a correlação entre TSM e freqüência <strong>de</strong><br />
eventos extremos indica um gradiente <strong>de</strong> TSM através do equador mais forte do que<br />
a correlação com chuvas mensais.<br />
Nas regiões on<strong>de</strong> a freqüência <strong>de</strong> eventos extremos aumenta (diminui)<br />
durante um episódio ENOS (EN ou LN) as composições das anomalias atmosféricas<br />
durante eventos extremos mostram similarida<strong>de</strong> (diferença) em relação às<br />
respectivas anomalias médias mensais associadas com este episódio. Isto indica<br />
que a freqüência <strong>de</strong> eventos extremos aumenta (diminui) quando as perturbações <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong> escala favorecem (dificultam) as anomalias <strong>de</strong> circulação associadas com os<br />
eventos extremos naquelas regiões. Isto significa também que o comportamento da<br />
freqüência <strong>de</strong> eventos extremos é consistente com o da precipitação total mensal ou<br />
sazonal, o que é coerente com o fato <strong>de</strong> que boa parte <strong>de</strong>ssa precipitação total é<br />
<strong>de</strong>vida a eventos extremos.<br />
Um exemplo importante <strong>de</strong>sse resultado é o leste do Sul do Brasil em<br />
novembro (+), pois Curitiba está <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa região. Durante eventos extremos há<br />
anomalias <strong>de</strong> função corrente ciclônicas em baixos níveis e em altos níveis há<br />
anomalias ciclônicas a sudoeste e anticiclônica à nor<strong>de</strong>ste da região <strong>de</strong> estudo,<br />
havendo convergência anômala <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> <strong>sobre</strong> essa região. Ao analisar<br />
os mapas <strong>de</strong> anomalia média mensal durante EN e LN, nota-se que os mapas <strong>de</strong><br />
anomalias ocorridas durante eventos extremos são parecidos com os mapas <strong>de</strong><br />
anomalia média mensal durante EN e muito diferentes e até opostos aos mapas <strong>de</strong><br />
LN. Portanto, o gran<strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> eventos extremos, durante EN, nessa região<br />
<strong>de</strong>ve-se às condições favoráveis <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala, enquanto a redução, durante LN,<br />
é <strong>de</strong>vido às condições <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala <strong>de</strong>sfavoráveis.<br />
O estudo da diferença entre a freqüência <strong>de</strong> eventos extremos <strong>de</strong> vazão em<br />
anos EN e normais e em anos LN e normais, mostra que esses episódios também