Impacto de Episódios El Niño e La Niña sobre a Freqüência de ...
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2. MÉTODOS E DADOS<br />
A <strong>de</strong>finição dos anos <strong>de</strong> episódios EN e LN é feita <strong>de</strong> maneira similar a<br />
Trenberth (1997), mas usando como referência a TSM na região Niño 3 (Fig. 1.1),<br />
que parece ser mais correlacionada com as anomalias <strong>de</strong> chuva no su<strong>de</strong>ste da<br />
América do Sul, uma região bastante afetada por episódios ENOS. Os anos são<br />
<strong>de</strong>finidos da seguinte maneira:<br />
• Calculam-se as anomalias <strong>de</strong> TSM na região Niño 3;<br />
• Calcula-se a média móvel <strong>de</strong> 5 meses <strong>de</strong>stas anomalias;<br />
• Se esta média móvel for maior (menor) ou igual a 0.5°C (-0.5°C) por 6<br />
meses consecutivos (incluindo setembro-outubro-novembro), consi<strong>de</strong>ra-se<br />
que este é um ano EN (LN).<br />
Os anos <strong>de</strong> EN e LN no período utilizado para este estudo (1956-2002)<br />
estão apresentados na Tabela 2.1. O ciclo <strong>de</strong> um ano EN ou LN começa em agosto<br />
(ano 0) e termina em julho do ano seguinte (ano +).<br />
TABELA 2.1 – ANOS EL NIÑO E LA NIÑA INCLUÍDOS NA ANÁLISE<br />
<strong>El</strong> Niño (0) 1957, 1963, 1965, 1969, 1972, 1976, 1982, 1986, 1987, 1991, 1997<br />
<strong>La</strong> Niña (0) 1964, 1967, 1970, 1971, 1973, 1975, 1985, 1988, 1999<br />
Nesse estudo o ano <strong>de</strong> 1977 não foi consi<strong>de</strong>rado um EN, porém para<br />
Franco e Pizarro (1985), Ramage (1986) e Karoly (1989) isso ocorreu. Para<br />
Compagnucci e Salles (1997), essas discrepâncias po<strong>de</strong>m estar associadas ao<br />
comportamento atípico do Índice <strong>de</strong> Oscilação Sul (IOS) e do índice <strong>de</strong> TSM nos<br />
anos <strong>de</strong> 1976 e 1977.<br />
2.1. FREQÜÊNCIA E INTENSIDADE DE EVENTOS EXTREMOS DE<br />
PRECIPITAÇÃO<br />
Foi utilizado um conjunto <strong>de</strong> dados diários <strong>de</strong> precipitação, distribuídos <strong>de</strong><br />
duas maneiras distintas: um com mais <strong>de</strong> 10.000 estações <strong>de</strong> precipitação diária<br />
<strong>sobre</strong> toda a América do Sul e outro com essas mesmas estações interpoladas em<br />
uma gra<strong>de</strong> com quadrículas <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> por 1º <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong>, para ter uma<br />
distribuição <strong>de</strong> dados mais homogênea. Os dados <strong>de</strong> estação são obtidos,<br />
principalmente, da Agência Nacional <strong>de</strong> Águas (ANA), para o Brasil; e <strong>de</strong> institutos