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Impacto de Episódios El Niño e La Niña sobre a Freqüência de ...

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Os campos da anomalia durante eventos extremos no oeste da região Sul<br />

do Brasil são muito parecidos nos anos EN, LN e normais (Fig. 5.19, 5.20 e 5.21),<br />

nas proximida<strong>de</strong>s da região <strong>de</strong> estudo. Em baixos níveis há circulação anômala<br />

ciclônica na região, a qual, combinada com a circulação anticiclônica a nor<strong>de</strong>ste,<br />

fortalece o jato <strong>de</strong> baixos níveis a leste dos An<strong>de</strong>s, trazendo muita umida<strong>de</strong> do norte<br />

da América do Sul para a região, on<strong>de</strong> ocorre significativa convergência <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>.<br />

Em altos níveis, o jato subtropical fortalece-se <strong>sobre</strong> a região <strong>de</strong>vido à anomalia<br />

ciclônica à sudoeste e anticiclônica a nor<strong>de</strong>ste da região <strong>de</strong> estudo. A pressão ao<br />

nível do mar sofre queda significativa na região. Estes padrões anômalos são<br />

significativos e levam ao aumento da chuva na região.<br />

É interessante notar que os padrões anômalos associados a eventos<br />

extremos no oeste (Fig. 5.19, 5.20 e 5.21) e no leste da Região Sul (Fig. 5.15, 5.16 e<br />

5.17) diferem basicamente por um <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> sudoeste para nor<strong>de</strong>ste, o que<br />

indica que freqüentemente o mesmo sistema que ocasionou eventos extremos no<br />

oeste po<strong>de</strong> causar eventos extremos no leste após alguns dias, apenas pelo seu<br />

<strong>de</strong>slocamento. O fluxo <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> para a região oeste provém do Norte do Brasil<br />

enquanto para a região leste provem mais do Brasil Central – Atlântico Sul.<br />

Ao comparar as composições <strong>de</strong> eventos extremos em anos normais (Fig.<br />

5.21), que não contem anos EN e LN, com as anomalias médias mensais em<br />

episódios EN e LN, das Fig. 5.3 e 5.4, é fácil perceber por que há aumento <strong>de</strong><br />

eventos extremos durante EN e uma diminuição durante LN. Os campos anômalos<br />

médios <strong>de</strong> EN são muito parecidos com os que ocorrem durante os eventos<br />

extremos, ou seja, episódios EN favorecem a ocorrência <strong>de</strong> eventos extremos<br />

porque as perturbações produzidas por estes episódios são parecidas com aquelas<br />

que produzem eventos extremos na região em estudo. Já os campos anômalos<br />

mensais para LN são opostos aos <strong>de</strong> eventos extremos, dificultando a ocorrência <strong>de</strong><br />

eventos extremos durante estes episódios. Poucos sistemas sinóticos conseguem<br />

<strong>sobre</strong>por-se às perturbações produzidas por episódios LN na região.

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