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Impacto de Episódios El Niño e La Niña sobre a Freqüência de ...

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Isso quer dizer que existem padrões <strong>de</strong> anomalias <strong>de</strong> TSM associados somente à<br />

ocorrência <strong>de</strong> eventos extremos, o que será também objeto <strong>de</strong>ste estudo.<br />

Carvalho, Jones e Liebmann (2002) mostram que aproximadamente 65% <strong>de</strong><br />

todos os eventos extremos <strong>de</strong> precipitação, em São Paulo, ocorreram quando a<br />

ativida<strong>de</strong> convectiva na Zona <strong>de</strong> Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) era extensa<br />

e intensa. Há evidências que esta categoria <strong>de</strong> eventos foi modulada pelo EN. Os<br />

35% restantes ocorreram quando a ativida<strong>de</strong> convectiva na ZCAS foi reduzida.<br />

Há uma gran<strong>de</strong> influência <strong>de</strong> ENOS no Sul do Brasil (GRIMM; FERRAZ;<br />

GOMES, 1998; GRIMM, 2003, 2004), principalmente na primavera, provocando<br />

anomalias positivas <strong>de</strong> precipitação durante EN e negativas durante LN. Anomalias<br />

positivas <strong>de</strong> precipitação aparecem também no outono e inverno do ano seguinte a<br />

episódios EN, principalmente quando estes episódios se esten<strong>de</strong>m por mais tempo.<br />

Os impactos <strong>de</strong> ENOS no resto do Brasil durante a primavera e verão foram<br />

estudados por Grimm (2003, 2004), revelando anomalias fortes também em outras<br />

regiões. Por exemplo, há anomalias significativas no Centro-Leste do Brasil (que<br />

inclui o Su<strong>de</strong>ste) durante a estação chuvosa, que afetam regiões muito populosas e<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a agricultura e geração <strong>de</strong> energia hidroelétrica.<br />

Grimm, Barros e Doyle (2000) verificaram que, além do Sul do Brasil, o sinal<br />

<strong>de</strong> ENOS também se esten<strong>de</strong> para gran<strong>de</strong> parte do su<strong>de</strong>ste da América do Sul<br />

Uruguai, Argentina e Paraguai.<br />

Há várias <strong>de</strong>finições para eventos extremos. Cayan, Redmond e Riddle<br />

(1999) usam o percentil 90% da distribuição <strong>de</strong> precipitação como limiar inferior para<br />

a escolha dos eventos extremos. Gershunov e Barnett (1998) escolheram o percentil<br />

75%. Para Liebmann, Jones e Carvalho (2001) um evento extremo <strong>de</strong> chuva é<br />

aquele em que a precipitação diária exce<strong>de</strong> uma certa porcentagem da sua média<br />

sazonal ou anual. A porcentagem é escolhida para que os eventos extremos sejam<br />

raros. Carvalho, Jones e Liebmann (2002) consi<strong>de</strong>ram um evento extremo diário<br />

aquele que produz 20% do total climatológico sazonal. No presente estudo será<br />

utilizado o percentil 90% da distribuição Gama ajustada aos dados diários como<br />

limiar inferior para eventos extremos. A escolha da distribuição Gama <strong>de</strong>ve-se ao<br />

fato <strong>de</strong> que esta é uma distribuição que ajusta-se bem aos dados <strong>de</strong> precipitação<br />

(THOM,1971).

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