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A economia dos ecossistemas e da biodiversidade - TEEB

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na medi<strong>da</strong> em que é necessário mais estudo sobre<br />

como agregar os valores <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças marginais.<br />

4. Os valores devem ser guia<strong>dos</strong> pela percepção <strong>dos</strong><br />

beneficiários.<br />

5. Abor<strong>da</strong>gens participativas e formas de incluir as preferências<br />

<strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des locais podem ser usa<strong>da</strong>s<br />

para aju<strong>da</strong>r que a valoração seja mais aceita.<br />

6. As questões de irreversibili<strong>da</strong>de e resiliência não devem<br />

ser negligencia<strong>da</strong>s.<br />

7. Conexões biofísicas substancias aju<strong>da</strong>m no exercício<br />

de valoração e contribuem para a sua credibili<strong>da</strong>de.<br />

8. Existem incertezas inevitáveis na valoração de serviços<br />

ecossistêmicos, portanto, uma análise de sensibili<strong>da</strong>de<br />

deve ser disponibiliza<strong>da</strong> para os tomadores<br />

de decisão.<br />

9. A valoração tem o potencial de trazer esclarecimentos<br />

sobre objetivos conflitantes e trade-offs, mas deve ser<br />

apresenta<strong>da</strong> de forma conjunta com outras informações<br />

qualitativas e quantitativas e talvez não seja a<br />

última palavra.<br />

Na Fase II, vamos explorar a literatura existente sobre valoração<br />

com maior profundi<strong>da</strong>de e desenvolver uma metodologia<br />

que permita selecionar técnicas de valoração e<br />

que inclua a aplicação de transferência de benefícios e a<br />

agregação. O trabalho terá como base o marco descrito<br />

neste capítulo e será refinado <strong>da</strong> seguinte forma:<br />

1. Irá focar na contribuição de serviços para benefícios<br />

finais para as pessoas, evitando, dessa forma, a dupla<br />

contagem.<br />

2. Existirá um “foco espacial” claro, nas locali<strong>da</strong>des<br />

onde os serviços e benefícios surgem.<br />

3. Identificará riscos, observando a fragili<strong>da</strong>de de um<br />

ecossistema e se ele está perto de seu limiar; isso irá<br />

refletir na escolha de uma abor<strong>da</strong>gem de avaliação,<br />

reconhecendo as limitações <strong>da</strong> análise convencional<br />

onde as mu<strong>da</strong>nças não são marginais.<br />

4. Da mesma forma, para a estimação de valores de<br />

opção <strong>dos</strong> fluxos de serviços ecossistêmicos, reconhecerá<br />

as limitações do desconto quando não<br />

considerarmos as pequenas variações em uma determina<strong>da</strong><br />

trajetória de crescimento..<br />

Finalmente, devemos afirmar aqui que a valoração não é<br />

um fim em si mesmo e deve ser orienta<strong>da</strong> para as necessi<strong>da</strong>des<br />

<strong>dos</strong> usuários finais. Isto inclui formuladores de<br />

política e tomadores de decisão em to<strong>dos</strong> os níveis do<br />

governo. Também inclui organizações corporativas e de<br />

consumidores, uma vez que os atores do setor privado<br />

são usuários significativos <strong>dos</strong> benefícios <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de<br />

e potencialmente administradores de biodiversi<strong>da</strong>de e<br />

<strong>ecossistemas</strong>.<br />

Nosso esforço na Fase II será de engajar estes usuários<br />

finais para assegurar que o resultado do trabalho, o relatório<br />

final sobre a Economia <strong>dos</strong> Ecossistemas e <strong>da</strong><br />

Biodiversi<strong>da</strong>de, seja relevante, comprometi<strong>da</strong> e efetiva<br />

em assegurar uma reflexão apropria<strong>da</strong> do valor econômico<br />

<strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de. A ênfase em usuários finais nos<br />

leva a enfocar a relevância política <strong>da</strong> avaliação econômica<br />

e parte do Capítulo 4 já é uma prévia de exemplos que<br />

apresentam boas estimativas econômicas e fun<strong>da</strong>mentos<br />

usa<strong>dos</strong> para apoiar melhores políticas para a conservação<br />

<strong>dos</strong> <strong>ecossistemas</strong> e <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

Notas finais<br />

1.O Estudo Explorando a Ciência (Scoping the Science)<br />

teve como líder científico a Universi<strong>da</strong>de de Cambridge e<br />

foi feito em colaboração com o Instituto Europeu de Política<br />

Ambiental (IEEP, na sigla em inglês), Programa <strong>da</strong>s<br />

Nações Uni<strong>da</strong>s para o Meio Ambiente e Centro de Monitoramento<br />

<strong>da</strong> Conservação Mundial <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s<br />

(UNEP-WCMC) e o Centro de Pesquisa <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />

Alterra-Wageningen.<br />

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A caminho de um marco de valoração 47

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