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Caderno 0.p65 - Ministério do Esporte

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Victor Andrade de Melo & Maurício Drumond<br />

Portugal, desvendan<strong>do</strong> sua presença por entre as teias e redes<br />

sociais, no diálogo com outras linguagens; ou, como temos denomina<strong>do</strong><br />

no âmbito <strong>do</strong> projeto “<strong>Esporte</strong> e Arte: diálogos” (http:/<br />

/www.anima.eefd.ufrj.br/esportearte/), para promover uma “arqueologia<br />

social” <strong>do</strong> fenômeno esportivo.<br />

Há ainda outra motivação: a perspectiva de futuramente estabelecer<br />

uma análise comparada entre Brasil e Portugal. Uma das<br />

chaves para entender a constituição de uma cultura lusofônica,<br />

algo fundamental no cenário geopolítico atual, no senti<strong>do</strong> de<br />

estabelecimento de alianças estratégicas mais eficazes, é ampliar<br />

nossa compreensão sobre nossas semelhanças e dessemelhanças.<br />

Parece interessante, assim, empreender esforços não só de justaposição<br />

de olhares, mas também de implemento de comparações<br />

mais profundas. No decorrer deste artigo, faço alguns apontamentos<br />

comparativos, ainda que fique para uma próxima oportunidade<br />

o aprofundamento dessa perspectiva meto<strong>do</strong>lógica. 3<br />

PRIMEIRAS CENAS: O CARÁTER DOCUMENTAL<br />

Aurélio de Paz Reis, pioneiro <strong>do</strong> cinema português, era um<br />

homem da modernidade. Inicialmente comerciante de flores, logo<br />

também se tornou empresário <strong>do</strong> ramo fotográfico (antes era<br />

fotógrafo ama<strong>do</strong>r) e proprietário de um comércio de automóveis:<br />

<strong>do</strong>is produtos símbolos <strong>do</strong> progresso, sinais <strong>do</strong>s novos<br />

tempos. Liberal, democrata, Reis esteve envolvi<strong>do</strong> com o movimento<br />

republicano de 31 de janeiro de 1891 (desencadea<strong>do</strong> na<br />

cidade <strong>do</strong> Porto). Era um <strong>do</strong>s quadros da burguesia lusitana,<br />

3<br />

Para uma compreensão mais aprofundada sobre as potencialidades <strong>do</strong> méto<strong>do</strong><br />

compara<strong>do</strong>, ver o estu<strong>do</strong> de Melo (2008).<br />

63<br />

Miolo.p65 63<br />

8/2/2009, 19:48

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