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pecador nunca tem plena certeza da sua salvação. Deus está fazendo a sua<br />

obra. mas o processo termina somente no final desta vida.<br />

Na exposição do Si j 04.16, soma-se um novo componente ao quadro:<br />

"'(O homem semimorto) está agora de forma apropriada predisposto a<br />

Deus e ao seu próximo por meio da palavra de Deus. Então o Samaritano<br />

aplicou óleo e vinho no seu próximo. Deveríamos proceder da mesma forma<br />

(Lc ]0.34)".-+<br />

O processo de justificação foi iniciado por Deus. Agora o homem é<br />

capaz de cooperar com a obra de Deus. Óleo e vinho foram derramados<br />

(infÚndit) como uma primeira graça. Agora ele é capaz de amar (caritas).<br />

Agora terá que esforçar-se muito para assemelhar-se a Cristo (collfonnitas).)<br />

Nesses primeiros textos, o uso da parábola do Bom Samaritano reflete<br />

o quanto Lutero era ainda filho do seu tempo, o quanto refletia o contexto<br />

teológico daquele momento. Há sinais de mudança, mas ele ainda está<br />

longe da "nova" teologia que surgiria apenas alguns anos depois. JustificaçÜo<br />

era ainda um processo que envolvia toda a vida do ser humano. Embora<br />

obn de Deus, o ser participa ativamente em todo o processo.<br />

Preleções sobre Romanos (1515-1516)<br />

Nessas preleções, a parábola do Bom Samaritano é usada pela primeira<br />

vez em Rm 4.7, onde Lutem faz referência a Lc 10.27. Esta citação é<br />

especialmente importante por revelar a forma de pensar de Lutem naqueles<br />

anos.<br />

o ser humano somente pode cumprir a lei depois que Deus derramou<br />

sua graça nele. A partir daí o ser humano pode amar a Deus com todo o seu<br />

coração<br />

(caritas).<br />

Quando a pessoa deseja e ama alguma outra coisa, pode realmente<br />

amar a Deus? Mas esta concupiscência está sempre em nós e,<br />

portanto, o amor de Deus nunca está ern nós, li menos que seja i­<br />

niciado pela graça, e até que a concupiscência que ainda permanece<br />

e que nos impede de "amar a Deus de todo o nosso coração"<br />

4 Fin'l LeCI/lres 011 lhe Psul/llS ( 1513/] 5] 5), in Luther's W OIks, Am. Ed. (lI, Ps 76-] 26), ed.<br />

Hilton C. Os\vald (St. Louis: CPH. 1976), V. 11, p. 335.<br />

.i HAGGLUND. Bcngt. Hilton 0/ Tlzeology. Trad. Gene j, Lund (St. Louis/London: CPH,<br />

!96í\).pp. ]]4-140.<br />

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