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enaitece a abundância do amor de Deus, a saber, que Ele fez Cristo
nosso irmão não apenas segundo o espírito, mas também segundo
a carne~ de tal forn1â que ao iTlesrno tenlpO o 111eSi110Cristo
é rnalor do que os anjos~ conlO nós, e está Dlais cerca de nós do
que dos anjos. Portanto ele tambérn ChalTIa a si 1l'leSn10 nosso próvin-JO
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Lutero continua falando do dupio significaào de carne. ft~pós a queda
do hornelTi~ a BíbJia uso os tern10S ··carne e sangue~' para descre\"er o homem.
Os apóstolos sÜo referidos por esta expressão em GI 1.16. Algumas
vezes a expressão é usada para descrever a natüreza depravada do hornen1.
p~seguiL explica a razüo da distinção:
O hornern é designado
pelo que ele é e tarnbél11 pelo que ele ama;
pois realrnente é carne e sangue; e tarnbénl arna carne e sangue .
Pois deste 1110do lfu11bénl é chanlado justo ... quando alTIf.1 a justiça,
sabedoria e bondade. Portanto aqui o apóstolo não quer expressar
senl ênfase que os filhos sào carne e sangue, e que Htênl
cornunhão enl carne e sangue", a fi1n de demonstrar que eles não
sÜo simplesmente carne e sangue, mas que apenas compartilham
carne e sangue ern Cristo~ que tarnbénl tern cOll1unhão C0111 eles
ern carne e sangue.
.i4.qui lanlbénl Lutero segue o pensa.nlento de Santo i\gostinho. O
texto reflete a distinção entre o arnor inferior e o alTIOr superior (clfjJiditas et
('{{ritos).
O h0l11ern agora está unido com Cristo. Por causa desta união corn
Cristo. ou por causa da cOlTIunhão C0111 ele, o hornern tern agora Ui11a nova
oportunidade.
Deus fez Cristo nosso irmão não apenas segundo o espírito (seclIndum
spirirwJ!), mas também segundo a carne (seciflldllíll comem). Agora
Cristo estÚ mais perto de nós. Cristo, nosso irmão (frutrem nostrum), é i­
dentificado CO!ll o próxlrno (pro).:inllfln) da parábola do BOlTI Sanlaritano de
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unl f-ornla exclusl"/(l (unde et se SOlUl71 CljJpelLot prOXl!JiUIJ1).-- j:,sta e a resposta
ao intérprete da lei no texto. Segundo a cOl11preensÜo de Lutero nessa
época. as obras do cristão são oirecionadas a Cristo~ a grande ll1eta do que
.'! }f"j,U'\\S (lSI7115IS). L\V . .A.E. 29:13-+,
.'.' Hclm'\iS i j 5 171151 Si. L W, AE. 29: 134.
.',;lh Merl/II Llllhl'!:\' Werkc (Kritische Gesammtausgabe). Weimm: Herman BÜhlalls,
I !-:!-:Ó. V. 42: 126
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