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água na boca
Cuccina ítalo-caipira
Assim foi batizada a mais recente invenção do
chef Jefferson Rueda, do Attimo, uma das boas
novidades do mercado gastronômico paulistano.
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Por Mariza de Macedo-Soares
Inaugurado em meados do ano passado,
o paulistano Attimo é a prova de
que, para dar certo desde o primeiro
dia de funcionamento, um restaurante
precisa ter no comando da cozinha alguém
que tenha talento e intimidade
com algumas das mais ricas culinárias
existentes por aí, como a francesa e a italiana.
Se, além dessas, tal ‘comandante’
dominar a fascinante e rica cozinha caipira,
aquela do velho e bom fogão à lenha,
então, nem se fala – é sucesso garantido.
Muito bem. Jefferson Rueda (ex-Pomodori)
é o chef que inventou a “cuccina
ítalo-caipira” do Attimo, restaurante que
abriu em sociedade com os irmãos Fernandes,
Marcelo e Ernesto Carlos, na
Vila Nova Conceição, em São Paulo, numa
casa da década de 50, um belo projeto
assinado por David Libeskind, na Rua
Diogo Giacomi, 341.
Para fazer funcionar numa casa um
restaurante, adaptações na sua arquitetura
se fazem necessárias. Com a casa da
Diogo Giacomi não foi diferente, mas o
fantástico é que, na adaptação, as características
foram mantidas, como a lareira
com espelho de época do salão principal
e o cobogó de cerâmica branca que assegura
ao bar um aconchegante e envidraçado
espaço só seu que deixa ver, na lateral
do prédio, uma ‘calçada’ com um jardim
sem grama ou flores, mas repleta de
pés de tomilho, manjericão, pimenteiras,
tomateiros , erva-doce, berinjela, beterraba,
carqueja e boldo
É a “horta” de que Jefferson cuida
com carinho, usa para compor os pratos
do cardápio e, generoso, permite que a vizinhança
nela se esbalde em colheitas diárias.
Coisas de um rapaz que tem profundo
respeito pela culinária que chama
de caipira, da qual tomou conhecimento
aos sete anos de idade, no interior de São
Paulo, em São José do Rio Pardo, ajudando
o pai, que cozinhava por hobby, vez