renato russo em dose dupla na telona: somos tão ... - Roteiro Brasília

DOIS ESPRESSOS E A CONTA
cláudio ferreira
claudioferreira_64@hotmail.com
Ceilândia ferve dia e noite!
Descobrir lugares novos para comer é sempre
agradável. A partir de dicas de amigos que trabalham em
Ceilândia, desvendei, nas últimas semanas, uma área da
Avenida Hélio Prates, no centro da cidade, que poderia ser
chamada “quadrilátero da fast food”. Além dos já
conhecidos Subway e Giraffas, encontrei dois achados: o
Rhelk’s e o QG. Os concorrentes são separados por apenas
dois blocos de loja e oferecem combinações para quem
está apressado, mas não quer necessariamente trocar o
almoço por um sanduíche.
A avenida tem movimento intenso e barulho –
inclusive dos carros de som que anunciam as iguarias dos
fast food. Habitantes de outras cidades podem usar o
metrô para chegar ao local: o quadrilátero fica bem perto
da estação Ceilândia Centro. Para quem for de carro, tem
estacionamento na porta.
O logotipo com um simpático avião me atraiu para o
Rhelk’s. É um fast food temático. O avião está presente,
por exemplo, no uniforme dos atendentes, que se vestem
de pilotos de aeronaves. O cardápio está recheado de
alusões ao mundo “aéreo”. Os sanduíches se chamam
Turbina, Hércules, 14 Bis, Galeão e por aí vai. A
criatividade atrai um público diversificado: dos alunos e
professores do campus da UnB na Ceilândia aos
comerciantes e comerciários das redondezas, todos com
os uniformes das lojas em que trabalham.
O texto de apresentação do Rhelk’s no cardápio se
gaba do binômio qualidade + quantidade. E a comida é
farta mesmo. Conheço mulheres adultas que preferem o
menu kids do local com medo de desperdiçar comida. O
restaurante inova ao investir também na comunidade
nordestina da Ceilândia. Tem uma página dedicada à
carne seca, que pode virar recheio de crepe ou de pizza.
Boa estratégia de marketing!
O QG (que tem o subtítulo Jeitinho Caseiro colado à
sigla) nasceu há mais de 30 anos em Goiás, primeiro
como Quitanda Goiana (daí as duas letras), depois
especializado em pastéis, até apostar no fast food variado.
Ambiente com ar condicionado e várias TVs de tela grande
ligadas (graças a Deus com a legenda oculta no lugar do
volume alto de outros estabelecimentos) competem de
igual para igual com o Rhelk’s.
O diferencial? A comida. A quantidade não é
gigantesca como a do concorrente, mas a qualidade é
muito boa e a diversidade também. Os pastéis da origem
do QG continuam no cardápio – uma porção de três mini
pastéis doces é uma sobremesa irresistível. O bom
atendimento fideliza os clientes e o público não para de
entrar na hora do almoço.
Não são somente os estabelecimentos de grande porte
que fazem sucesso nas redondezas. Um morador vizinho
da área comercial dá a dica: a pedida da noite é chegar
em frente ao Relk’s e procurar uma barraquinha de
cachorro-quente. A pièce de résistance é um cachorroquente
de estrogonofe que, dizem as boas línguas, é uma
bomba alimentar. Quem tiver disposição e estômago que
se habilite!
Ceilândia é um mundo, 400 mil habitantes que
demandam muitos bares e restaurantes. Meus amigos
moradores do pedaço são cheios de sugestões: do Beer
House, bar que fica a poucos metros do QG, até a Feira da
Ceilândia, para quem curte as comidas nordestinas. Ainda
tenho muito chão para desvendar e, com certeza, vale
outras incursões por lá!
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