renato russo em dose dupla na telona: somos tão ... - Roteiro Brasília

avenida das nações
Celebração em azul e branco
Eventos culturais apresentam ao brasiliense um pouco da cultura
da Argentina no mês em que o país celebra sua data nacional
A
proximidade entre Brasil e Argentina
é inversamente proporcional
à intensidade do intercâmbio
cultural entre as duas nações.
Mas o interessado em conhecer mais sobre
o país vizinho terá a oportunidade,
até o começo de junho, de conferir uma
vasta programação gratuita que mostrará
ao brasiliense parte da produção argentina
de artes plásticas, cinema, fotografia e
literatura.
Realizada pela Embaixada da Argentina
como parte da comemoração da data
nacional do país (25 de maio), a série de
eventos Cultura azul e branca estreou em
10 de abril com as exposições Tondos (gravuras
de Carlos Pamparana), no foyer da
Sala Villa-Lobos, e Brasil/Argentina/Gráfica
(140 gravuras de artistas brasileiros e
argentinos), na Sala Rubens Valentin do
Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul).
Conceituada artista plástica argentina,
reconhecida por combinar arte e memória,
Viviana Poneiman esteve em Brasília
especialmente para montar a instalação
Brasília: Ponte da memória – Escrito nas
águas, que ocupa a fachada da Embaixada
da Argentina desde 30 de abril. Essa
intervenção artística é uma releitura dos
siluetazos, protesto artístico e político
ocorrido em 1983, no final da ditadura
militar, na qual milhares de silhuetas, representando
os desaparecidos políticos,
Daniel Garcia
Suando frio, de Adriano Garcia Bogliano, está na mostra cinematográfica Argentina Shock-Vermelho.
de Carlos Hugo Christensen, e longas
contemporâneos, caso de Perdido por perdido
(1993), de Alberto Lecchi, e Suando
frio (2011), de Adrián García Bogliano, a
mostra será exibida na Sala Multimídia
da Caixa Cultural (Setor Bancário Sul)
entre 28 de maio e 9 de junho. Os filmes
têm classificação indicativa 18 anos.
A programação completa da série Cultura
azul e branca pode ser conferida em
www.facebook.com/embaixadaargentina.
foram espalhadas por Buenos Aires.
Também na embaixada o visitante
poderá conferir uma exposição fotográfica
que comemora os 35 anos das Avós da
Praça de Maio, grupo de mulheres argentinas
que lutam para encontrar seus netos,
sequestrados na última ditadura militar
do país. Os eventos na embaixada
seguem até 19 de maio.
As primeiras décadas do século 20 foram
profícuas no avanço das linguagens e
do fazer artístico em diversas áreas. A Argentina
não ficou longe dessa influência.
O reflexo disso na produção literária do
país é o tema da exposição Vanguardas literárias
argentinas: 1920-1940, que apresenta
fotos de época, documentos, primeiras
edições de livros, gravuras e outros itens
que ajudam a apresentar esse rico período
criativo. A exposição ocupa o Museu
Nacional da República até 29 de maio.
Pouco conhecida no Brasil, a produção
argentina de filmes policiais é o tema
da mostra Argentina Shock-Vermelho.
Com clássicos do cinema noir rio-platense,
como Captura recomendada (1950), de
Clara Jurado, uma das avós da Praça de Maio. Don Napy, Nunca abras essa porta (1952), A famosa Calle Florida, de Buenos Aires, em 1925.
Divulgação
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