renato russo em dose dupla na telona: somos tão ... - Roteiro Brasília

diário de viagem
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o Prêmio Nobel da Paz (o único que não
é em Estocolmo). Também à beira-mar
fica o prédio da Ópera, uma construção
intrigante que vale ser vista nem que seja
só por fora.
Gosta de museus? O dedicado ao
pintor expressionista Edward Munch
(1863-1944), autor do famoso O grito, é
visita obrigatória. Mas obras importantes
do artista também ocupam uma sala do
Museu Nacional. Gosta de arte ao ar livre?
O Vigeland’s Park é impressionante.
As esculturas de Gustav Vigeland (1869-
1943)estão espalhadas por esse parque,
nus masculinos e femininos, de crianças,
jovens e velhos.
No inverno, uma dica é conhecer
Holmenkollen, uma pista de esqui gigante.
A viagem de metrô (nessa área é na
superfície) já vale o passeio. O lugar impressiona
pelas dimensões da rampa, a
altura da pista e a visão das arquibancadas,
que enchem em dias de competição.
E a qualquer momento quem gosta de
teatro deve passar pelo museu do dramaturgo
Henrik Ibsen (1828-1906), autor
de Casa de bonecas: além de um acervo
muito bem cuidado, tem o apartamento
do teatrólogo, cuja decoração reproduz
fielmente a original.
O segredo é não se deixar limitar somente
pelos pontos turísticos. Cada esquina
tem um prédio diferente, um restaurante
atraente – eu, por exemplo, provei
comida indiana em Oslo. Escolha entre
ônibus, metrô e bonde para percorrer
a cidade: é possível esquecer, por alguns
dias, nossa dependência do carro.
Finlândia
À primeira vista, parece o mais exótico
dos três países, mas o exotismo para
no idioma cheio de vogais repetidas e que
não se parece com o sueco ou o norueguês.
A capital, Helsinque, repete o binômio
frio-mar com muito charme. O porto
é também um ponto turístico a se conhecer,
com feirinhas de artesanato e
prédios antigos.
Atenção especial deve ser dada às igrejas.
Em épocas como a Semana Santa, a
programação musical – corais, orquestras
de câmara etc. – é de dar inveja. A catedral
luterana é majestosa. A catedral ortodoxa,
plantada em cima de uma grande
pedra, impressiona. Outra igreja luterana
fica dentro de uma pedra, com um teto
que aproveita a luz solar e folhetos de boas
vindas em mais de 40 línguas.
Área central de Helsinque.
Pista de patinação no centro de Helsinque.
Comércio movimentado e o trinômio
metrô-ônibus-bonde tornam tudo
mais agradável. Renas e o Papai Noel estão
sempre presentes nas lojas de lembrancinhas.
Quer provar um pouco da
cultura viking, mesmo que seja fake? O
restaurante Harald, no centro da cidade,
tem garçons e garçonetes vestidos a caráter
e a comida é servida em pratos de ferro
(com a bebida em canecas).
A comida, aliás, é outro fator que
une os três países. Destaque para o que
vem do mar: salmão e camarão em dezenas
de modalidades. As cervejas locais
também merecem ser degustadas. Há
itens para paladares exóticos: além da baleia,
também a rena está nos cardápios,
mas a imagem do trenó de Papai Noel
me é mais forte do que qualquer apetite
para exotismos.
Para sair da cidade grande, uma das
alternativas é Turku, uma antiga capital
do país que já foi território da Suécia e
da Rússia. Rua comercial com vitrines
tentadoras e cafés com bebida quente
são atrações garantidas. É em Turku que
o visitante vai encontrar um museu
curioso, dedicado ao compositor clássico
Jean Sibelius (1865-1957), um patrimônio
da Finlândia. Além da ala dedicada à
vida do músico, há uma exposição permanente
de instrumentos do mundo todo,
que guarda, inclusive, uma cuíca.
Enfim, esqueça os estereótipos que
nos distanciam dos nórdicos. Frio, na Escandinávia,
é só o clima. Os finlandeses,
por exemplo, são muito prestativos: não
abri um mapa na viagem sem que alguém
viesse, espontaneamente, oferecer ajuda.
E a palavra mágica, nos três países, é brasileiro:
basta revelar nossa origem e ganhamos
um sorriso, perguntas pertinentes
(sem os estereótipos) e um convite para
explorar melhor esse paraíso nevado.