renato russo em dose dupla na telona: somos tão ... - Roteiro Brasília

arranha-céus e calçadões tumultuados.
Nos bairros mais residenciais, a tranquilidade
é ainda maior. Dá para conhecer
quase todos os pontos turísticos a pé.
Quando não dá, o metrô é o meio de
transporte mais eficiente.
Gamla Stan, o centro velho de Estocolmo,
é a parte mais charmosa da cidade.
Vale uma tarde de fotos da arquitetura
peculiar e o percurso às lojas de souvenirs.
O Museu Nobel fica numa praça
movimentada, mas é uma decepção: só
paineis com explicações sobre todos os
ganhadores do prêmio. Se você não for
preconceituoso, entre numa chocolateria
gay que tem na praça e que, segundo os
guias turísticos, serve o melhor chocolate
quente da cidade. O melhor não sei, mas
um dos maiores, com certeza.
Entrar e sair de igrejas é um esporte
muito saudável em Estocolmo. Na Escandinávia,
a religião predominante é a luterana.
As igrejas são maravilhosas e cada
uma tem pelo menos um órgão de tubo
– muitas têm dois, um menor, na frente
e um gigantesco, no fundo. São joias da
arquitetura no meio da cidade moderna.
Alguns passeios merecem preferência.
O Museu Skansen é a céu aberto e retrata
a vida na Suécia em várias épocas. O
Vasamuseet é impressionante: um museu
que abriga um barco do Século XVII. O
transporte público pode levar ao Drottningholm
Palace and Theater, um palácio
de arquitetura inigualável e um jardim
gigante – que, fora do inverno, deve
ter seus encantos mais bem revelados.
Procure não ficar só nas capitais: o interior
da Suécia, da Noruega e da Finlândia
guarda tesouros atraentes. Uppsala,
por exemplo, é uma cidade universitária
a 40 minutos de trem de Estocolmo. A
viagem é linda e a cidade muito interessante,
porque, além da universidade, tem
uma casa-museu dedicada ao Linneu.
Não, não se trata do patriarca do seriado
A grande família, mas do zoólogo e botânico
que se destacou por criar um sistema
de classificação científica dos seres vivos.
Noruega
O povo sueco é amistoso, mas reservado.
Já os noruegueses são mais barulhentos,
falam alto, dão gargalhadas. Aqui há
também várias cidades bonitas para se conhecer,
além da capital, Oslo. Bergen, a
capital dos fiordes, é um destino tentador,
mesmo que os passeios aos maiores fiordes
sejam interditados no inverno.
Mercado de peixe em Bergen.
Vigeland's Park, em Oslo.
A combinação mar recortado + frio
parece incomum a um brasileiro. Mar e
sol nos lembram muito mais o verão.
Aos europeus também, e eles lotam Bergen
nos meses mais quentes. Os turistas
se admiram com as casas geminadas em
cores vibrantes, com os calçadões à beiramar
e com o Fløibanen, o teleférico de
onde se pode ver todo o relevo montanhoso
do local.
Em Bergen, os amantes da música erudita
têm a chance de conhecer a terra de
Edward Grieg, o mais importante compositor
norueguês (1843-1907), e o enorme
espaço cultural dedicado a ele. Os amantes
da comida do mar têm um mercado à
disposição, com peixes e crustáceos de
aparência atraente e tamanhos variados.
Foi nesse mercado que derrapei no politicamente
correto, ao aceitar um triângulo
pequeno de uma carne escura, que era
baleia defumada. Não valeu a pena.
Passeios de barco são uma boa pedida
para aproveitar as belas paisagens. Se
você quiser esquecer o mundo globalizado,
vá a uma cidadezinha pequena como
Rosendal, onde não há pressa para nada
e todo mundo é gentil, como acontece
frequentemente nas nossas cidades do
interior. De quebra, pão feito na hora e
camarões frescos.
A capital norueguesa do país é menor
do que Estocolmo, mas igualmente charmosa.
Da área central, vale a pena descer
a Avenida Karl Johans, que é um calçadão
de pedestres até certo ponto e uma
rua larga depois. De dia e à noite, é o
ponto de encontro da cidade. A pé, dá
para chegar até o porto, passear, parar
nos cafés e ver o prédio onde é entregue
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