vol.02 - Secretaria de Desenvolvimento Social
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5. <strong>Desenvolvimento</strong> <strong>de</strong> referências <strong>de</strong> gestão sob a ótica<br />
<strong>de</strong> atuação em re<strong>de</strong> socioassistencial e intersetorial<br />
Parceria pela inclusão e<br />
pela proteção social<br />
Por Maria Imaculada Conceição Tenório, representante <strong>de</strong> órgão gestor da<br />
assistência social <strong>de</strong> Rio Claro<br />
Rio Claro<br />
Piracicaba<br />
DRADS: Piracicaba<br />
Município: Rio Claro<br />
Porte do município: Gran<strong>de</strong> porte<br />
Nível <strong>de</strong> gestão: Gestão plena<br />
Distante 170 quilômetros da capital paulista, com cerca<br />
<strong>de</strong> 190 mil habitantes, o município <strong>de</strong> Rio Claro tem sido<br />
beneficiário <strong>de</strong> uma importante experiência por meio da<br />
qual organismos do po<strong>de</strong>r público e organizações não<br />
governamentais atuam <strong>de</strong> forma integrada, sob a forma <strong>de</strong><br />
uma re<strong>de</strong> social <strong>de</strong> proteção, no enfrentamento da situação<br />
<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social.<br />
Tal experiência tem sido <strong>de</strong>senvolvida, particularmente em duas<br />
regiões da periferia <strong>de</strong> Rio Claro – Bonsucesso e Novo Wenzel, que abrigam<br />
uma população, em gran<strong>de</strong> parte, <strong>de</strong>sprovida do acesso a políticas públicas,<br />
inserida <strong>de</strong> forma precária no mercado <strong>de</strong> trabalho e que vive em um ambiente <strong>de</strong> risco e<br />
vulnerabilida<strong>de</strong> social.<br />
Des<strong>de</strong> 1997, esse território tem sido objeto <strong>de</strong> atenção específica do po<strong>de</strong>r público in loco<br />
(existia anteriormente um trabalho <strong>de</strong>senvolvido por organizações não governamentais),<br />
em uma articulação que visa promover o <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social das famílias<br />
locais. Em 2007, com a implantação do CRAS, esse esforço teve sua estrutura fortalecida<br />
e seus métodos aperfeiçoados, com a consolidação da parceria com o Programa Saú<strong>de</strong> da<br />
Família (PSF) Célia Maria Ceccato da Silva, que passou a atuar na região em 2000.<br />
Um plano <strong>de</strong> trabalho foi elaborado envolvendo as equipes do CRAS<br />
e do PSF e as famílias beneficiadas por serviços básicos continuados.<br />
Diversos procedimentos organizacionais foram adotados<br />
para facilitar o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s. Com base em<br />
critérios do PSF, a população local foi dividida em cinco microáreas,<br />
respectivamente cinco grupos socioeducativos, sempre<br />
respeitando-se a cultura <strong>de</strong> cada local.<br />
O foco do trabalho foi direcionado ao atendimento <strong>de</strong> beneficiários<br />
do Programa Bolsa Família, com a oferta <strong>de</strong> serviços<br />
básicos e <strong>de</strong> prevenção a situações <strong>de</strong> risco e vulnerabilida<strong>de</strong><br />
social, buscando-se a inclusão efetiva das pessoas no universo da<br />
saú<strong>de</strong>, da educação e da assistência social e o fortalecimento dos vínculos<br />
familiares e comunitários.<br />
Famílias passaram<br />
a ter atenção<br />
e atendimento<br />
socioassistencial<br />
integral<br />
A articulação <strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong> socioassistencial e dos sistemas <strong>de</strong> vigilância social só foi<br />
possível graças à plena i<strong>de</strong>ntificação existente entre as equipes do CRAS e do PSF. Os<br />
resultados positivos foram a consequência natural <strong>de</strong>sse trabalho – e eles já se fazem<br />
O CRAS no contexto dos municípios paulistas: panorama e experiências | 53