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Ed. 100 - NewsLab

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Introdução<br />

A<br />

i nfecção hospitalar alcança<br />

uma problemática de grande<br />

importância para a saúde<br />

ciência<br />

da assistência médica, repercutindo<br />

em grandes custos, elevado<br />

número de internações e acentuada<br />

taxa de mortalidade (1).<br />

A frequência de Staphylococcus<br />

aureus nos quadros de infecções hospitalares<br />

e comunitárias é reforçada<br />

por aspectos referentes ao próprio<br />

micro-organismo como, por exemplo,<br />

a sua elevada virulência associada a<br />

uma acentuada taxa de morbidade.<br />

Assim, evidencia-se uma diversidade<br />

de infecções como infecções cutâneas,<br />

muito comuns na comunidade e no ambiente<br />

hospitalar e outras infecções de<br />

extrema gravidade como pneumonia,<br />

endocardite, osteomielites, meningites.<br />

Estudos também têm constatado<br />

que S. aureus possui uma capacidade<br />

de adaptação e multirresistência aos<br />

antimicrobianos (2). A sua transmissão<br />

ocorre através do contato com outros<br />

portadores ou através do manuseio<br />

de objetos colonizados. Desta forma,<br />

portadores constituídos principalmente<br />

<br />

possuem papel de destaque na patogênese<br />

e epidemiologia dessas infecções,<br />

pois funcionam como veículos de<br />

transmissão (3).<br />

Além disso, outros fatores do ambiente<br />

hospitalar facilitam o desencadeamento<br />

de infecções que estão<br />

relacionadas com a inexistência de<br />

medidas de controle e prevenção,<br />

como a esterilização e desinfecção<br />

inadequadas de instrumentos, o uso<br />

indiscriminado de antimicrobianos, a<br />

disseminação da bactéria em equipamentos<br />

hospitalares, em alimentos e<br />

na água (4).<br />

Pode-se ressaltar a participação<br />

dos pacientes hospitalizados na propagação<br />

desse micro-organismo, pelo<br />

maior risco para colonização e subsequente<br />

infecção, devido às doenças de<br />

base, imunodepressão, exposição à<br />

antibioticoterapia e ou procedimentos<br />

invasivos (3).<br />

A magnitude do papel que o Staphylococcus<br />

aureus exerce nas infecções<br />

hospitalares e comunitárias,<br />

aliada à morbimortalidade causada<br />

por este agente faz com que estudos<br />

epidemiológicos sejam cada vez mais<br />

nhecimento<br />

da dinâmica da presença<br />

de S. aureus em instituições de saúde<br />

no Brasil. Este estudo teve como objetivo<br />

avaliar a frequência do S. aureus<br />

em diferentes espécimes clínicos e<br />

nas diferentes unidades do HC/UFG<br />

<br />

sensibilidade e resistência à oxacilina<br />

e multirresistência.<br />

Casuística e Métodos<br />

Local e desenho do estudo<br />

O Hospital das Clínicas da Universidade<br />

Federal de Goiás - HC/UFG é um<br />

hospital de cuidados terciários, com<br />

cerca de 12.000 admissões por ano e<br />

aproximadamente 300 leitos.<br />

Foi realizada uma vigilância baseada<br />

na demanda espontânea do<br />

laboratório de microbiologia do HC/<br />

UFG no período de janeiro de 2005 a<br />

dezembro de 2007 para as culturas<br />

que positivaram para amostras de<br />

Staphylococcus aureus.<br />

Isolamento e identificação das<br />

amostras<br />

Inicialmente, as hemoculturas<br />

foram caracterizadas como positivas<br />

ou negativas para micro-organismos,<br />

através do processamento em sistema<br />

automatizado Bactec 9120 (Becton<br />

Dickinson).<br />

Staphylococcus<br />

aureus isolados de diferentes<br />

espécimes clínicos (secreções,<br />

líquidos peritoneal e pleural, ponta de<br />

cateter, secreção traqueal, escarro,<br />

lavado brônquico, escara, fragmento<br />

de tecido/ósseo, secreção de ferida<br />

operatória, swab nasal, urina, outros)<br />

e hemoculturas positivas, foi empregado<br />

o sistema semiautomatizado<br />

MicroScan-4 (Dade Berhing), sendo<br />

utilizado como controle a cepa de<br />

Staphylococcus aureus ATCC 29213.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

empregado o sistema de automação<br />

MicroScan-4. A suscetibilidade antimicrobiana<br />

das amostras isoladas<br />

foi determinada de acordo com as<br />

diretrizes do CLSI, documento M7-A6<br />

(5), suplementado pelo M<strong>100</strong>-S17 (6).<br />

Foram testados os seguintes antimicrobianos:<br />

ampicilina, ceftriaxona,<br />

cefazolina, clindamicina, eritromicina,<br />

-<br />

micina,<br />

linezolida, oxacilina, penicilina,<br />

rifampicina e as associações da amoxacilina/ácido<br />

clavulânico, ampicilina/<br />

sulbactam, dalfopristina/quinupristina<br />

e trimetoprim/sulfametoxazol. A cepa<br />

de Staphylococcus aureus ATCC 29213<br />

foi utilizada como controle.<br />

Análise estatística<br />

A análise estatística descritiva foi<br />

realizada através da tabulação dos<br />

terminação<br />

das taxas de infecção por<br />

S. aureus nos diferentes espécimes<br />

clínicos e unidades do HC/UFG.<br />

Os resultados microbiológicos, bem<br />

como os dados de suscetibilidade, foram<br />

avaliados utilizando-se o teste do χ 2<br />

para comparação entre os valores per-<br />

120<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010

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