Ed. 100 - NewsLab
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Introdução<br />
O<br />
controle de qualidade no laboratório<br />
de análises clínicas é a<br />
dem<br />
vir a acontecer. O processamento<br />
do método analítico, para ser exato e<br />
preciso, deve ser continuamente monitorizado<br />
e avaliado para assegurar<br />
a validade dos resultados do teste e<br />
estabelecer uma base de melhoria na<br />
qualidade. Apesar de vários esforços<br />
<br />
na melhora de muitos testes, os erros<br />
ainda ocorrem (1).<br />
Para que ocorra avanço no processamento<br />
dos testes, o laboratório deve<br />
<br />
erros no laboratório clínico ocorrem<br />
em três fases (pré, analítica e pósanalítica).<br />
A fase pré-analítica, onde<br />
se depende das variáveis do paciente<br />
(jejum incorreto, estresse, etc.), das<br />
variáveis do espécime (leucocitose,<br />
presença de bactérias, etc.), do modo<br />
como é feito a coleta, como o material<br />
é cuidado (temperatura, transporte) e<br />
o processamento do espécime (ex.:<br />
<br />
que depende do desempenho do teste<br />
selecionado pelo laboratório, e a fase<br />
pós-analítica, onde os resultados do<br />
<br />
<br />
<br />
Vários estudos feitos demonstraram<br />
que a maior parte de erros<br />
laboratoriais ocorre nas fases pré e<br />
pós-analítica (2-4).<br />
Em 1997, Plebani e seus associados<br />
realizaram um estudo para iden-<br />
<br />
laboratórios e foi visto que os erros<br />
<br />
(68,2%), seguidos dos pós-analíticos<br />
(18,5%) e analíticos (13,3%) (2).<br />
madas<br />
por outro estudo realizado<br />
dez anos depois por Carraro e Plebani<br />
em 2007, onde a taxa de porcenta-<br />
gem dos erros permaneceu quase a<br />
mesma, sendo as fases pré-analítica<br />
(61,9%) e pós-analítica (23,1%) com<br />
maior a frequência de erros, comparadas<br />
com a fase analítica (15%).<br />
Porém, os tipos de erros, particularmente<br />
na fase pré-analítica, mudaram<br />
com o tempo (4).<br />
Outro importante achado foi a alta<br />
<br />
como controláveis (73%). Esse aspecto<br />
é ainda mais importante quando<br />
considerado que 24,6% dos erros<br />
resultaram em repetições desnecessárias<br />
de testes, além disso, investigações<br />
inapropriadas e episódios com<br />
resultados clínicos negativos para o<br />
paciente (4).<br />
A demora no processamento da<br />
amostra é um dos erros pré-analíticos<br />
mais frequentes, onde, em hospitais,<br />
ambulatórios e postos de coletas o<br />
transporte do local da coleta até o<br />
laboratório às vezes pode demorar<br />
mais de duas horas (5).<br />
nea<br />
constitui um dos ensaios mais<br />
frequentes no laboratório clínico (6). A<br />
<br />
está intimamente correlacionada com<br />
os cuidados tomados na fase pré-analítica,<br />
principalmente com o seu tempo<br />
de processamento. Após a coleta da<br />
amostra, células presentes no sangue<br />
como eritrócitos, leucócitos e plaquetas,<br />
continuam a degradar a glicose<br />
(glicólise) para atender suas necessidades<br />
energéticas, onde a velocidade<br />
de consumo da glicose é dependente<br />
<br />
presentes, da eventual presença de<br />
bactérias e da temperatura em que a<br />
amostra se encontra (7).<br />
Durante o transporte e processamento<br />
do material coletado, o maior<br />
tempo de contato do soro com esses<br />
elementos faz com que ocorra um au-<br />
<br />
diminuindo a glicemia (6).<br />
Alguns estudos mostram a magnitude<br />
do consumo da glicose, relacionando<br />
características da amostra<br />
à temperatura e tempo de processa-<br />
tivos<br />
para inibir e estabilizar a glicólise<br />
vem sendo usada em longa data (8).<br />
Recentemente, esse fenômeno tem<br />
se mostrado mais evidente, pois os laboratórios<br />
visando maior lucratividade<br />
criam postos de coleta, aumentando<br />
seus serviços e, consequentemente,<br />
uma quantidade maior de material é<br />
transportada para o laboratório, onde<br />
muitas vezes é distante (6).<br />
Várias formas de evitar o consumo<br />
da glicose in vitro-<br />
<br />
plasma imediatamente depois que o<br />
<br />
congelamento durante o transporte,<br />
<br />
<br />
tubos de coleta, e o uso de aparelhos<br />
portáteis que aproximam mais o paciente<br />
do processamento do teste (6).<br />
Outra técnica vem sendo usada<br />
-<br />
<br />
<br />
Esse tubo possui um gel separador e<br />
<br />
de centrifugada a amostra, é separada<br />
entre soro e o restante dos elementos<br />
do sangue, evitando qualquer tipo<br />
de contato, pois mesmo in vitro, as<br />
células sanguíneas consomem glicose<br />
para se manterem.<br />
O tubo com gel separador apresenta<br />
pelo menos quatro vantagens na<br />
<br />
<br />
amostra em ensaios potencialmente<br />
reto<br />
e menor volume de sangue a ser<br />
<br />
coleta; (3) aumento da produtividade<br />
<br />
<br />
espaço para as amostras em analisadores<br />
automáticos (8).<br />
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<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>100</strong> - 2010