Plano Estratégico de Desenvolvimento Timor-Leste - Governo de ...
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PED - 2011 - 2030 - CAPITAL SOCIAL<br />
As <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> exemplos <strong>de</strong> cultura timorense, provenientes <strong>de</strong> todas as regiões <strong>de</strong><br />
<strong>Timor</strong>-<strong>Leste</strong>, já compilados na base <strong>de</strong> dados da cultura nacional, irão suportar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do Museu e Centro Cultural e da Biblioteca Nacional e Centro <strong>de</strong> Arquivo. Serão <strong>de</strong>senvolvidos<br />
Centros Regionais Culturais em cada distrito, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar a música, arte e dança timorenses<br />
e <strong>de</strong> servir como focos culturais <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada região, exibindo não só a cultura regional como<br />
também expressões culturais inter-regionais. Cada centro regional terá uma biblioteca, um<br />
pequeno centro <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> comunicação e novas tecnologias, com acesso à internet, e salas <strong>de</strong><br />
reuniões e espaços <strong>de</strong> trabalho. Os centros serão <strong>de</strong>senvolvidos em edifícios <strong>de</strong>gradados com valor<br />
patrimonial relativo ao período português, <strong>de</strong> forma a garantir que o património arquitectónico é<br />
preservado juntamente com o património cultural.<br />
O primeiro centro será <strong>de</strong>senvolvido em Baucau, no sítio on<strong>de</strong> foi construído o antigo Mercado<br />
Municipal em 1933, o qual se encontra actualmente muito <strong>de</strong>gradado. Na Região Especial <strong>de</strong> Oecusse<br />
Ambeno o centro será localizado no antigo edifício da Administração do Concelho.<br />
Até 2015, serão estabelecidos cinco Centros Regionais <strong>de</strong> Cultura, <strong>de</strong>vendo haver pelo menos um<br />
centro por distrito até 2030.<br />
Pintura rupestre em <strong>Timor</strong>-<strong>Leste</strong><br />
<strong>Timor</strong>-<strong>Leste</strong> é uma das mais ricas regiões com pinturas rupestres em todo<br />
o Su<strong>de</strong>ste Asiático insular, com mais <strong>de</strong> 30 sítios e centenas <strong>de</strong> imagens<br />
conhecidas até à data. A maior parte da arte rupestre ocorre no Parque<br />
Nacional Konis Santana e data <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2.000 a 3.000 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>,<br />
sendo possível que alguma da arte tenha 12.000 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. As<br />
imagens incluem pessoas, animais e barcos. Há uma rica representação<br />
<strong>de</strong> barcos que têm <strong>de</strong>sempenhado um papel importante na mitologia e ritual em <strong>Timor</strong>-<strong>Leste</strong>,<br />
bem como representam a migração <strong>de</strong> pessoas e disseminação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias entre a Ásia, Austrália,<br />
Nova Guiné e as regiões do Pacífico. Na caverna <strong>de</strong> Lene Hara, foram escavados, crustáceos, ossos<br />
<strong>de</strong> animais e ferramentas em osso, que datam <strong>de</strong> 35 mil anos atrás.<br />
A técnica utilizada foi a soprar pigmento (geralmente feito <strong>de</strong> ocre vermelho) através <strong>de</strong> bambu,<br />
ou directamente da boca, sobre a mão, ou parte do corpo, ou ainda um objecto colocado contra<br />
rocha.<br />
As imagens em exposição representam uma amostra <strong>de</strong> quase 10 anos <strong>de</strong> investigação conduzida<br />
pela Professora Doutora Sue O’Connor, da Australian National University. Esta arte é uma parte<br />
importante <strong>de</strong> nossa cultura e através duma boa gestão e li<strong>de</strong>rança comunitária po<strong>de</strong> tornar-se<br />
vector importante no turismo cultural.<br />
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