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2.8.1 Evapotranspiração potencial (ETP)<br />
A evapotranspiração potencial corresponde à água utilizada por uma extensa superfície<br />
vegetada, em crescimento ativo e cobrindo totalmente o terreno, estando este bem<br />
suprido de umidade, ou seja, em nenhum instante a demanda atmosférica é restringida<br />
por falta d’água no solo. Para Pennam (1948), a vegetação deve ser baixa e de altura<br />
uniforme. A grama foi prontamente tomada como padrão, pois esta é a cobertura<br />
utilizada nas estações meteorológicas. Assim definida, a ETP é um elemento climático<br />
fundamental que corresponde ao processo oposto à chuva (Thornthwaite, 1946), sendo<br />
expressa na mesma unidade de medida (mm).<br />
Um ponto que causa incompreensão e confusão no conceito de ETP é aquele referente<br />
ao tamanho da área vegetada, e a definição de Thornthwaite diz apenas que esta deve<br />
ser “extensa”. Não houve, na época, preocupação em definir as condições de contorno<br />
para que a evapotranspiração seja realmente potencial. O sentido de “área extensa”<br />
implica em área tampão suficiente grande para que a evapotranspiração seja resultante<br />
apenas das trocas verticais de energia e limitada apenas pela disponibilidade de radiação<br />
solar. Condições realmente potenciais ocorrem 1 a 2 dias após uma chuva generalizada,<br />
em que toda a região está umedecida e as contribuições advectivas são minimizadas,<br />
independentemente do tamanho da área vegetada (Pereira et al., 1997).<br />
Medir a ETP diretamente é difícil porque exige instalações e equipamentos especiais.<br />
Além disso, estas estruturas são de alto custo, justificando-se apenas em condições<br />
experimentais. No entanto, a ETP pode ser estimada usando métodos empíricos (Tanque<br />
Classe A, Thonrthwaite e Radiação solar), balanço de energia (Razão de Bowen),<br />
aerodinâmicos ou combinados (Método de Priestley-Taylor).<br />
2.8.2 Método de Priestley e Taylor<br />
Este método pode ser interpretado tanto como uma versão do método do balanço de<br />
energia como uma simplificação do método de Penman, em que se retém apenas o<br />
termo radiativo (diabático) corrigido por um coeficiente. Analisando dados de<br />
observações lisimétricas obtidas na ausência de advecção e com superfície úmida após<br />
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