08.05.2015 Views

O PROBLEMA DO MAL

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

09/04/201209/04/2012<br />

Digitalizado : By Karmitta<br />

Exclusividade Semeadores da Palavra<br />

44 ■ O <strong>PROBLEMA</strong> <strong>DO</strong> <strong>MAL</strong> NO ANTIGO TESTAMENTO<br />

c) Escatologia Iminente. A expectativa da volta de Cristo, a<br />

esperança na ressurreição, a chegada do reino de Deus e o<br />

Apocalipse marcam o papel relevante da escatologia no cristianismo<br />

primitivo. Essa postura favoreceu uma religiosidade<br />

ascética e de negação do mundo.<br />

d) O elogio do sofrimento. O sofrimento é uma oportunidade<br />

de se imitar a Cristo (veja ICoríntios 11.1) e de crescimento<br />

espiritual (veja Romanos 5.3-5). Essa perspectiva predomina<br />

em Paulo.<br />

e) Ênfase na graça divina e o pessimismo. Ao contrário do<br />

judaísmo, o cristianismo neotestamentário, especialmente<br />

paulino, parte da ideia de que o homem é tão perverso e<br />

possui uma natureza decaída tão definida que nada pode<br />

fazer para reerguer-se perante Deus. Daí surge o conceito<br />

de que somente a graça divina pode perdoar e restaurar o<br />

homem incapaz de guardar os mandamentos divinos (veja<br />

Efésios 2.8,9). Sua salvação se dá apenas pela fé em Cristo.<br />

2.5 Agostinho<br />

Agostinho de Hipona (354-430) foi convertido ao cristianismo em<br />

386, e acabou rejeitando suas convicções inicialmente maniqueístas.<br />

Tornou-se importante para a história do pensamento cristão e uma<br />

de suas maiores contribuições foi exatamente a elaboração de uma<br />

detalhada teodiceia.<br />

A teodiceia de Agostinho desenvolveu duas concepções a<br />

respeito do mal: a privativa e a estética:<br />

a) A concepção privativa. Sob a influência do filósofo neoplatonista<br />

Plotino, Agostinho afirmava que o mal devia ser entendido<br />

como privação, corrupção ou perversão do bem. Isso significa que<br />

o mal não possui existência autônoma, mas é sempre um parasita<br />

do bem, que possui existência ontológica. Em suas próprias palavras,<br />

lemos:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!