um estudo de caso na empresa “metais ao alcance da ... - Feevale
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GLOBALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS:<br />
UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA “METAIS AO ALCANCE DA MODA”, DOS<br />
ENTRAVES E POSSÍVEIS SOLUÇÕES.<br />
Célia Fusika Tera<strong>da</strong> Kanno 1<br />
Carlos Vagner Souza <strong>de</strong> Vasconcelos 2<br />
RESUMO<br />
Novos produtos são a alma <strong>de</strong> qualquer organização 3 . Este <strong>estudo</strong> tem o objetivo <strong>de</strong><br />
a<strong>na</strong>lisar a relação entre as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s estratégicas <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> Metais <strong>ao</strong> Alcance <strong>da</strong><br />
Mo<strong>da</strong> 4 , suas práticas <strong>de</strong> gestão e as questões relevantes para este setor <strong>de</strong> atuação, como<br />
por exemplo, a globalização, redução <strong>de</strong> custos, comunicação inter<strong>na</strong>, a sobrecarga <strong>de</strong><br />
trabalho, etc. Com pesquisa em obras já publica<strong>da</strong>s, periódicos, pági<strong>na</strong>s <strong>da</strong> web e<br />
<strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> colaboradores efetivos <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>, foi possível verificar com objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> a<br />
reali<strong>da</strong><strong>de</strong> enfrenta<strong>da</strong> por essa organização no que tange a <strong>de</strong>senvolvimento e envolvimento<br />
<strong>de</strong> setores produtivos e técnicos centrados no crescimento e inovação no mercado on<strong>de</strong><br />
está inserido o seu foco <strong>de</strong> atuação, e quais os <strong>de</strong>safios a serem enfrentados para a<br />
melhoria contínua dos processos e serviços.<br />
Palavras-chave: Desenvolvimento <strong>de</strong> produtos. Estratégia. Gestão. Inovação.<br />
Globalização.<br />
ABSTRACT<br />
It is known that new products form the core soul of any organization. The present<br />
study aims at a<strong>na</strong>lyzing the relationship between the strategic priorities of a company called<br />
Metals within the Reach of Fashion (Metais <strong>ao</strong> Alcance <strong>da</strong> Mo<strong>da</strong>) 5 , their ma<strong>na</strong>gement<br />
practices and the relevant issues concerning this industry sector, <strong>na</strong>mely, globalization, cost<br />
reduction, inter<strong>na</strong>l communication, work overload and so on. By using works published in the<br />
1 Acadêmica do Curso <strong>de</strong> Formação Específica em Gestão <strong>da</strong> Produção do Centro Universitário <strong>Feevale</strong>.<br />
2 Professor do Centro Universitário <strong>Feevale</strong>, Bacharel em Engenharia Elétrica / Administração (UFRGS).<br />
3 GRUENWALD, George. Como <strong>de</strong>senvolver e lançar <strong>um</strong> produto novo no mercado. São Paulo, SP: Makron<br />
Books, 1993. 553p. p. 25.<br />
4 O nome origi<strong>na</strong>l foi preservado a pedido <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>.<br />
5 The origi<strong>na</strong>l <strong>na</strong>me of the company has been maintained as per the company’s request.
2<br />
area as a reference, such as jour<strong>na</strong>ls, web pages as well as reports and interviews given by<br />
some of the company’s effective cooperators, it has been possible to observe carefully and<br />
objectively the reality faced by this organization. Such observation comprises the sectors of<br />
<strong>de</strong>velopment and involvement of both productive and technical sectors centered in the<br />
growth and market innovation where it finds it target public, as well as the challenges that<br />
must be faced in or<strong>de</strong>r to guarantee the continuous improvement of their processes and<br />
services.<br />
Keywords: Development of products. Strategic. Ma<strong>na</strong>gement practices. Innovation.<br />
Globalization.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Nos dias <strong>de</strong> hoje, vivemos situações em que o ambiente <strong>de</strong> atuação <strong>da</strong>s<br />
<strong>empresa</strong>s é ca<strong>da</strong> vez mais dinâmico e incerto, principalmente nos aspectos <strong>de</strong><br />
mercado e <strong>de</strong> novas tecnologias. Além disso, pressio<strong>na</strong><strong>da</strong>s por questões <strong>de</strong><br />
transformações políticas, econômicas, culturais e sociais, as <strong>empresa</strong>s são<br />
constantemente <strong>de</strong>safia<strong>da</strong>s. É o reflexo do processo <strong>de</strong> globalização e dos avanços<br />
tecnológicos por que passamos <strong>na</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s.<br />
Nessa era <strong>de</strong> globalização e vantagem competitiva 6 , as mu<strong>da</strong>nças são<br />
rápi<strong>da</strong>s, e muitas vezes, impactantes. As <strong>empresa</strong>s precisam estar prepara<strong>da</strong>s para<br />
a<strong>da</strong>ptar-se às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do cons<strong>um</strong>idor e a variação do momento. Dessa forma,<br />
a competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> por meio <strong>da</strong> inovação 7 emergiu como parâmetro fun<strong>da</strong>mental para<br />
a afirmação <strong>da</strong>s <strong>empresa</strong>s mais dinâmicas e inovadoras.<br />
Foi neste panorama que surgiram novos espaços e oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para<br />
<strong>empresa</strong>s com maior potencial <strong>de</strong> diferenciação, on<strong>de</strong> o fazer é sinônimo <strong>de</strong><br />
apren<strong>de</strong>r e inovar é sinônimo <strong>de</strong> crescer e mu<strong>da</strong>r. Mas como estabelecer <strong>um</strong><br />
<strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>dor com<strong>um</strong> neste ritmo acelerado on<strong>de</strong> os ciclos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos produtos são<br />
muito curtos, mas, <strong>ao</strong> mesmo tempo é a chave para o crescimento <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s?<br />
Po<strong>de</strong>-se dizer que é <strong>um</strong> processo em que <strong>um</strong>a organização transforma<br />
<strong>da</strong>dos sobre oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado e possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s técnicas em bens e<br />
6 DEL ROYO, Marcos. O Estado <strong>da</strong> globalização. Disponível em: .<br />
7 Lócus – O ambiente <strong>da</strong> inovação brasileira. Inovação para o Desenvolvimento. Julho <strong>de</strong> 2006, ano XI –<br />
n°46. p. 09.
3<br />
informações para a fabricação <strong>de</strong> <strong>um</strong> produto comercial. Nesta fase, po<strong>de</strong>-se dividilo<br />
em cinco etapas: conceito, planejamento <strong>de</strong> produto, engenharia do produto e<br />
testes, engenharia do processo e produção piloto. Norman Gaither 8 res<strong>um</strong>e a<br />
questão <strong>da</strong> seguinte maneira: O projeto do produto afeta diretamente sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
os custos <strong>de</strong> produção e a satisfação do cliente. O projeto <strong>de</strong> produtos e serviços é,<br />
portanto, crucial para o sucesso <strong>na</strong> competição global.<br />
Estas etapas não são <strong>de</strong>sempenha<strong>da</strong>s seqüencialmente <strong>na</strong> prática. Devido a<br />
<strong>na</strong>tureza interativa <strong>de</strong> gerar alter<strong>na</strong>tivas, construir e testar, presentes <strong>na</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
do projeto, essas etapas se sobrepõem e interagem continuamente, assim como as<br />
pessoas envolvi<strong>da</strong>s.<br />
Este trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido através <strong>de</strong> pesquisas bibliográficas, como<br />
também <strong>um</strong> <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> on<strong>de</strong> foram verificados os resultados que estão sendo<br />
atingidos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se constatar os problemas existentes no setor <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos, bem como a gran<strong>de</strong> área <strong>de</strong> produção através <strong>de</strong><br />
seus programas específicos.<br />
O universo <strong>da</strong> pesquisa pessoal <strong>da</strong> autora foram funcionários lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong><br />
to<strong>da</strong>s as áreas <strong>de</strong> produção, bem como <strong>de</strong> projetos e orçamentos. Com esse<br />
critério, admite-se que está representado todo o grupo que possa, <strong>de</strong> alg<strong>um</strong>a<br />
maneira, compor as opiniões <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> funcionários.<br />
Os <strong>da</strong>dos foram coletados através <strong>de</strong> materiais publicados em livros,<br />
revistas específicas sobre o assunto, re<strong>de</strong>s eletrônicas e as questões específicas<br />
que foram coloca<strong>da</strong>s <strong>ao</strong>s funcionários que serviram <strong>de</strong> parâmetro sobre o ambiente<br />
interno <strong>de</strong>ssa organização.<br />
Neste trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>um</strong> <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> 9 <strong>na</strong> <strong>empresa</strong> “Metais <strong>ao</strong><br />
Alcance <strong>da</strong> Mo<strong>da</strong>”, dos possíveis obstáculos e possíveis soluções.<br />
8 GAITHER, Normam. FRASIER Greg. Administração <strong>da</strong> Produção e Operações. 8e. São Paulo, SP: Editora<br />
Pioneira Thomson Learning, 2004. p. 97.<br />
9 YIN, Robert K. Estudo <strong>de</strong> Caso – Planejamento e Métodos. Trad. Daniel Grassi – 2ed – Porto Alegre:<br />
Bookman, 2001. p.19. Estudo <strong>de</strong> Caso é <strong>um</strong>a <strong>da</strong>s muitas maneiras <strong>de</strong> se fazer pesquisa em ciências sociais,<br />
contribuindo <strong>de</strong> forma inigualável para a compreensão dos fenômenos individuais, organizacio<strong>na</strong>is, sociais e<br />
políticos, sendo <strong>um</strong>a estratégia com<strong>um</strong> em pesquisas <strong>de</strong> trabalho social e <strong>de</strong> planejamento. A clara necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
pelos <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> surge do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> se compreen<strong>de</strong>r fenômenos sociais.
4<br />
1DESENVOLVIMENTO<br />
A <strong>empresa</strong>:<br />
Metais <strong>ao</strong> Alcance <strong>da</strong> Mo<strong>da</strong> foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 10/01/1968 e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então atua no<br />
mercado coureiro-calçadista, ampliando sua atuação para o mercado <strong>de</strong> confecções<br />
e para o mercado técnico. A <strong>empresa</strong> está instala<strong>da</strong> em <strong>um</strong> a área <strong>de</strong> 40 000m2 e<br />
atua no mercado <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l e inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l e conta com representantes comerciais<br />
nos pólos <strong>de</strong> atuação.<br />
Produz componentes metálicos e plásticos, com funções <strong>de</strong>corativas ou<br />
estruturais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s em sinergia com o cliente. Tem como principais processos:<br />
1.1 PCP - Planejamento e Controle <strong>da</strong> Produção:<br />
Otimização do planejamento e controle <strong>da</strong> produção, melhoria nos resultados<br />
<strong>da</strong> <strong>empresa</strong>. Trabalhar para a eficiência do ciclo produtivo com <strong>um</strong> bom<br />
planejamento, permitindo sinergia entre as diversas áreas <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>, garantindo<br />
melhores resultados no processo, a<strong>um</strong>entando a agili<strong>da</strong><strong>de</strong> e segurança <strong>na</strong> entrega<br />
do produto acabado.<br />
Dentro <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>, o PCP permite programar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />
acordo com a real capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos recursos, estabelecendo níveis a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong><br />
estoques. Prepara a <strong>empresa</strong> para as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> produtiva,<br />
minimizando imprevistos quando eles acontecem, reduzindo o tempo <strong>de</strong> reação.<br />
Também controla a entra<strong>da</strong> e a saí<strong>da</strong> dos componentes.<br />
1.2 Produção Industrial:<br />
O ajuste que vem se realizando <strong>na</strong> <strong>empresa</strong> chama a atenção para alguns<br />
pontos comuns relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> <strong>ao</strong>s seguintes aspectos: reestruturação, ganhos <strong>de</strong>
5<br />
produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a<strong>um</strong>ento do conteúdo importado, e importantes mu<strong>da</strong>nças<br />
organizacio<strong>na</strong>is no interior <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>, racio<strong>na</strong>lizando as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s,<br />
alterando o mix <strong>de</strong> produtos e <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s produtivas, <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que realiza em suas várias áreas <strong>de</strong> atuação.<br />
1.3 Marketing:<br />
O Departamento <strong>de</strong> Marketing <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> elabora estratégias <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />
produtos aproveitando as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mercado com o objetivo <strong>de</strong> satisfazer o<br />
cliente e obter retorno para <strong>um</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do produto. Ele executa ações estratégicas<br />
para alcançar os objetivos que a <strong>empresa</strong> <strong>de</strong>seja atingir, como leal<strong>da</strong><strong>de</strong> a marca,<br />
boa imagem do produto e lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
As pesquisas <strong>de</strong> mercado, projeções <strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> clientes fazem parte do planejamento avançado <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />
produto. Esse processo é implantado por equipes multifuncio<strong>na</strong>is coor<strong>de</strong><strong>na</strong><strong>da</strong>s pela<br />
equipe <strong>de</strong> Marketing 10 . O objetivo é <strong>de</strong>senvolver novos produtos e processos, validálos<br />
junto <strong>ao</strong> mercado e estabelecer a estratégia <strong>de</strong> marketing mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para<br />
assegurar seu sucesso.<br />
1.4 Logística:<br />
O <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Logística <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> se preocupa em obter, produzir e<br />
distribuir materiais e produtos a <strong>um</strong> local específico e em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s específicas<br />
para que solucione totalmente o problema do cliente, assegurando que todos os<br />
produtos e serviços funcionem e que funcionem juntos, não <strong>de</strong>sperdiçando o tempo<br />
do cliente, oferecendo exatamente aquilo que o cliente quer, e exatamente on<strong>de</strong> ele<br />
quer e quando ele quer, agregando soluções para reduzir tempo e aborrecimentos<br />
<strong>ao</strong> cliente.<br />
10 Marketing é o processo <strong>de</strong> planejamento e execução do conceito, do preço, <strong>da</strong> comunicação e <strong>da</strong> distribuição<br />
<strong>de</strong> idéias, bens ou serviços, <strong>de</strong> modo a criar trocas que satisfaçam objetivos individuais e organizacio<strong>na</strong>is.<br />
Disponível em: < http://www.dbconsult.com.br/consultoria/marketing.html> Acesso em 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2006.
6<br />
1.5 Recursos H<strong>um</strong>anos:<br />
Com <strong>um</strong>a metodologia inovadora para mapeamento <strong>de</strong> processos e avaliação<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s pessoas, esta <strong>empresa</strong>, além <strong>de</strong> propor que as informações<br />
gerenciais sejam converti<strong>da</strong>s em indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, provêm com<br />
conteúdos relevantes sobre o mercado, com dicas sobre estratégias organizacio<strong>na</strong>is<br />
<strong>de</strong> forma ágil e transparente. Desta forma os colaboradores po<strong>de</strong>m acompanhar <strong>de</strong><br />
forma mais <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> a sua vi<strong>da</strong> funcio<strong>na</strong>l, seus <strong>da</strong>dos pessoais e fi<strong>na</strong>nceiros sem<br />
nenh<strong>um</strong>a burocracia e com segurança, contribuindo para que as informações sejam<br />
consistentes e verossímeis, com credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> no gerenciamento <strong>de</strong> sua<br />
funcio<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
1.6 Assistência Técnica:<br />
Esta área técnica oferece suporte e fornece soluções para a questão <strong>de</strong><br />
alg<strong>um</strong> problema, seja <strong>na</strong> área técnica ou prática, <strong>de</strong>senvolvendo novos métodos e<br />
simplificando o uso e orientando a correta aplicação dos metais ou estampados,<br />
bem como os injetados plásticos.<br />
2 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS NA EMPRESA<br />
Desenvolvimento <strong>de</strong> produtos <strong>na</strong> <strong>empresa</strong> segue <strong>um</strong>a linha inovadora, com<br />
o objetivo <strong>de</strong> marcar presença nos seguimentos metálicos, plásticos e peças<br />
técnicas. A área <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento está subdividi<strong>da</strong> em três gran<strong>de</strong>s categorias:<br />
mo<strong>da</strong>, que envolve todo o segmento calçadista e <strong>de</strong> confecções, juntamente com a<br />
área <strong>de</strong> plásticos on<strong>de</strong> se fabrica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> miçangas estilo hyppie até <strong>um</strong> composto<br />
inteiro para <strong>um</strong> tênis; técnica, que abrange peças no segmento hidráulico e sanitário;<br />
e <strong>na</strong> terceira e valoriza<strong>da</strong> categoria, o segmento <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> bolsas, on<strong>de</strong> há <strong>um</strong><br />
tratamento diferenciado, exigindo-se <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a equipe produtos com características<br />
e alto <strong>de</strong>sempenho funcio<strong>na</strong>l, condizente com o atual nível <strong>de</strong> exigência dos<br />
cons<strong>um</strong>idores.
7<br />
Profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> área têm embasamento técnico e teórico, além <strong>de</strong><br />
trei<strong>na</strong>mentos específicos referentes <strong>ao</strong> seu setor <strong>de</strong> atuação. Conforme o produto<br />
em <strong>de</strong>senvolvimento, o contato com os clientes é diário, buscando a interação<br />
contínua e necessária para que o conjunto <strong>de</strong> processos seja transformado em<br />
conceitos <strong>de</strong> produtos.<br />
To<strong>da</strong>s as peças são cataloga<strong>da</strong>s e referencia<strong>da</strong>s, com as suas respectivas<br />
características <strong>de</strong> montagem, fabricação, <strong>de</strong>senho, componentes, etc. Não se<br />
<strong>de</strong>scarta mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> feitos os primeiros mo<strong>de</strong>los <strong>da</strong> peça, pois é<br />
justamente nesta fase que acontecem os ajustes <strong>de</strong> posição, espessura, to<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e tudo o que envolve a aprovação <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong> <strong>um</strong> produto.<br />
3 OS MAIORES OBSTÁCULOS<br />
3.1 Globalização:<br />
A globalização é <strong>um</strong> fenômeno mo<strong>de</strong>rno dos nossos dias e que surgiu com<br />
a evolução dos novos meios <strong>de</strong> comunicação ca<strong>da</strong> vez mais rápidos e mais<br />
eficazes. Há, no entanto, aspectos positivos e negativos <strong>na</strong> globalização.<br />
No que concerne <strong>ao</strong>s aspectos negativos, a facili<strong>da</strong><strong>de</strong> com que tudo<br />
circula, não havendo gran<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> <strong>na</strong><strong>da</strong>, servindo para os mais fracos se<br />
equipararem <strong>ao</strong>s mais fortes, pois tudo se consegue adquirir através <strong>da</strong> Internet.<br />
Outro dos aspectos negativos é a gran<strong>de</strong> instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica que se<br />
cria no mundo, pois qualquer fenômeno que acontece n<strong>um</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do país atinge<br />
rapi<strong>da</strong>mente outros países criando-se contágio que se alastram a todos os pontos<br />
do globo.<br />
Como aspectos positivos, sem sombra <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>, a facili<strong>da</strong><strong>de</strong> com que as<br />
inovações se propagam entre países e continentes, o acesso fácil e rápido à<br />
informação e <strong>ao</strong>s bens. Seu interesse é ensi<strong>na</strong>r as pessoas a se a<strong>da</strong>ptar e aceitar<br />
seus valores e representações como evidências inquestionáveis <strong>de</strong> <strong>um</strong>a nova forma
8<br />
<strong>de</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, on<strong>de</strong> construir e conduzir <strong>um</strong>a <strong>empresa</strong> com foco no mercado e no<br />
cliente exige estratégias <strong>empresa</strong>riais, setoriais e <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is alinha<strong>da</strong>s, que<br />
i<strong>de</strong>ntifiquem cenários <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, tor<strong>na</strong>ndo as <strong>empresa</strong>s<br />
inovadoras e criativas.<br />
3.2 Competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />
É a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> país ou <strong>de</strong> <strong>um</strong>a <strong>empresa</strong> sustentar o crescimento<br />
econômico nos anos vindouros.<br />
Neste ambiente <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> 11 , inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lização <strong>da</strong>s<br />
operações e rápi<strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças tecnológicas, exigem-se <strong>da</strong>s <strong>empresa</strong>s agili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e alta quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m necessariamente <strong>da</strong> eficiência e<br />
eficácia do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos (PDP).<br />
Um <strong>de</strong>sempenho superior <strong>de</strong>ste processo tor<strong>na</strong>-se, então condição essencial<br />
para garantir linhas <strong>de</strong> produtos atualiza<strong>da</strong>s tecnologicamente e com características<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, custo e distribuição condizentes com o atual nível <strong>de</strong> exigência dos<br />
cons<strong>um</strong>idores.<br />
A socie<strong>da</strong><strong>de</strong> vive <strong>um</strong> momento <strong>de</strong> transição do ambiente econômico e saber<br />
li<strong>da</strong>r n<strong>um</strong> mercado globalizado é <strong>um</strong> dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios para os gestores. A<br />
uniformização <strong>da</strong>s práticas comerciais no plano mundial exige <strong>um</strong>a reestruturação<br />
dos diferentes setores <strong>da</strong> economia.<br />
Investimentos em tecnologia, educação e gestão do conhecimento são<br />
fun<strong>da</strong>mentais para o processo <strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong>ndo <strong>um</strong>a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
<strong>de</strong>senvolver <strong>um</strong>a cultura organizacio<strong>na</strong>l volta<strong>da</strong> para o aprendizado. As<br />
organizações competitivas são aquelas que apren<strong>de</strong>m, que fazem do apren<strong>de</strong>r a<br />
apren<strong>de</strong>r sua roti<strong>na</strong> cotidia<strong>na</strong> 12 .<br />
11<br />
O que significa ser competitivo? Disponível<br />
em: Acesso em 25 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006.<br />
12 FARES, José Antônio. Gestão para a competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Disponível em: <br />
Acesso em 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2006.
9<br />
3.3 Comunicação Inter<strong>na</strong>:<br />
Não são raros os <strong>caso</strong>s <strong>na</strong>s <strong>empresa</strong>s em que a mensagem não consegue<br />
ser eficazmente compreendi<strong>da</strong> pelo receptor, <strong>de</strong>vido a problemas <strong>na</strong> emissão, ou<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong> a escolha i<strong>na</strong><strong>de</strong>qua<strong>da</strong> do ca<strong>na</strong>l <strong>de</strong> comunicação.<br />
Para muitas <strong>empresa</strong>s, as informações <strong>de</strong>sor<strong>de</strong><strong>na</strong><strong>da</strong>s que circulam entre<br />
<strong>de</strong>partamentos ou corredores, e até mesmo fora do ambiente corporativo, po<strong>de</strong>m<br />
resultar em dor <strong>de</strong> cabeça para a alta direção. Isso é facilmente compreensível, já<br />
que nem to<strong>da</strong> a divulgação <strong>de</strong>sse tipo correspon<strong>de</strong> à reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Resultado: a<br />
credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> organização po<strong>de</strong> ficar abala<strong>da</strong> tanto junto <strong>ao</strong>s funcionários quanto<br />
<strong>ao</strong> cliente externo, gerando certa instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> corporativa 13 .<br />
Este é <strong>um</strong> sério problema <strong>na</strong>s organizações. A condução <strong>de</strong> <strong>um</strong>a política<br />
inter<strong>na</strong> <strong>de</strong> comunicação e o papel que as li<strong>de</strong>ranças <strong>de</strong>sempenham neste processo<br />
para que <strong>na</strong> cultura organizacio<strong>na</strong>l <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>, o ruído 14 <strong>na</strong> comunicação não<br />
<strong>de</strong>sestruture a economia <strong>da</strong> organização, fazendo parte <strong>de</strong> <strong>um</strong> programa <strong>de</strong><br />
comunicação <strong>empresa</strong>rial.<br />
A falta <strong>de</strong> cultura do diálogo, <strong>de</strong> abertura à conversação e a troca <strong>de</strong> idéias,<br />
opiniões e sentimentos, é sem dúvi<strong>da</strong> alg<strong>um</strong>a, o gran<strong>de</strong> problema que prejudica o<br />
funcio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> organizações. A falha <strong>na</strong> comunicação é responsável por vários<br />
problemas organizacio<strong>na</strong>is que resultam em erros operacio<strong>na</strong>is, <strong>de</strong>sacertos <strong>de</strong><br />
gestão e conflitos interpessoais no trabalho.<br />
A eficácia <strong>na</strong> comunicação inter<strong>na</strong> 15 está diretamente relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> <strong>ao</strong><br />
comprometimento <strong>da</strong>s li<strong>de</strong>ranças <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> com a efetiva abertura à negociação e<br />
à troca <strong>de</strong> idéias. A cultura do diálogo é eficaz para solucio<strong>na</strong>r praticamente todos os<br />
problemas organizacio<strong>na</strong>is que, <strong>na</strong> gran<strong>de</strong> maioria <strong>da</strong>s vezes, estão relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s a<br />
questões liga<strong>da</strong>s à falta <strong>de</strong> comunicação e diálogo. O maior problema no mundo<br />
<strong>empresa</strong>rial é a falta do exercício <strong>da</strong> comunicação e <strong>da</strong> convivência <strong>da</strong>s diferenças.<br />
13 FREITAS, Henrique M.R. A informação como ferramenta gerencial. Porto Alegre: Ortiz, 1993. p.125.<br />
14 EPSTEIN Isaac. Teoria <strong>da</strong> Informação. São Paulo, SP: Ática, 1986. 77p. Ruído é todo fenômeno que é<br />
produzido n<strong>um</strong>a comunicação e não pertence à mensagem intencio<strong>na</strong>lmente emiti<strong>da</strong>, perturbando a recepção fiel<br />
<strong>da</strong> mensagem, alterando-a. Po<strong>de</strong> ser <strong>um</strong> som que não se quer escutar, <strong>um</strong>a imagem que não se quer ver, ou <strong>um</strong><br />
texto que não se quer ler, mas que se impõem à nossa atenção.<br />
15<br />
BISPO, Patrícia. Comunicação inter<strong>na</strong> é estratégia. Disponível em:<br />
Acesso em 12 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006.
10<br />
Pessoas com opiniões diferentes po<strong>de</strong>m trabalhar juntas por objetivos comuns. Isso<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> ape<strong>na</strong>s <strong>de</strong> <strong>um</strong>a estratégia <strong>de</strong> <strong>empresa</strong> interativa.<br />
A improdutivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> clientes, o <strong>de</strong>feito <strong>de</strong> máqui<strong>na</strong>s e<br />
equipamentos, os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho e o não c<strong>um</strong>primento <strong>de</strong> prazos e metas<br />
são alg<strong>um</strong>as <strong>da</strong>s conseqüências gera<strong>da</strong>s pela falta <strong>de</strong> diálogo e a <strong>de</strong>svalorização do<br />
relacio<strong>na</strong>mento h<strong>um</strong>ano <strong>na</strong>s <strong>empresa</strong>s.<br />
Nestes <strong>caso</strong>s, os profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> RH são ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros agentes promotores<br />
<strong>da</strong> cultura <strong>da</strong> comunicação e do diálogo. Dificilmente <strong>um</strong>a <strong>empresa</strong> conseguirá<br />
<strong>de</strong>senvolver e consoli<strong>da</strong>r <strong>um</strong> ambiente <strong>de</strong> comunicação e entendimento sem a<br />
atuação motivadora e entusiasta <strong>de</strong> profissio<strong>na</strong>is ligados à área <strong>de</strong> RH ou <strong>da</strong><br />
comunicação corporativas.<br />
De acordo com a gerente <strong>de</strong> Recursos H<strong>um</strong>anos 16 <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> Metais <strong>ao</strong><br />
Alcance <strong>da</strong> Mo<strong>da</strong>, a organização acredita que somente com <strong>um</strong>a política foca<strong>da</strong> <strong>na</strong>s<br />
pessoas apoia<strong>da</strong> por <strong>um</strong>a estratégia <strong>de</strong> comunicação clara e <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>, é possível<br />
sustentar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão, <strong>da</strong>í a razão <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> ter criado o setor <strong>de</strong><br />
Comunicação.<br />
Com este investimento, <strong>um</strong>a <strong>da</strong>s principais mu<strong>da</strong>nças percebi<strong>da</strong>s foi a maior<br />
facili<strong>da</strong><strong>de</strong> que a <strong>empresa</strong> conquistou para comunicar <strong>de</strong>cisões e outras informações<br />
<strong>de</strong> interesse coletivo a todos os funcionários.<br />
3.4 Redução <strong>de</strong> custos:<br />
Nas últimas déca<strong>da</strong>s, redução <strong>de</strong> custos 17 virou sinônimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>missões em<br />
massa, encolhimento <strong>de</strong> negócios e algo muito longe <strong>de</strong> qualquer coisa que lembre<br />
crescimento.<br />
Se as organizações não controlarem as <strong>de</strong>spesas, nem operarem <strong>de</strong> forma<br />
mais eficiente possível, mesmo quando a <strong>empresa</strong> estiver a todo vapor, os<br />
resultados certamente serão mais baixos do que po<strong>de</strong>riam ser.<br />
16 SILVA, Lucila. Gerente <strong>de</strong> Recursos H<strong>um</strong>anos. Depoimento coletado em 11 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2006.<br />
17 FONSECA, Adria<strong>na</strong> Monteiro. Peque<strong>na</strong>s Empresas & Gran<strong>de</strong>s Negócios – Formas <strong>de</strong> Cortar Seus Custos<br />
sem Parar <strong>de</strong> Crescer. Editora Globo. Fevereiro <strong>de</strong> 2006. N°205. p.44.
11<br />
E se cortar a mão <strong>de</strong>mais, abafando o crescimento, po<strong>de</strong> afetar a<br />
produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e reduzir a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto ou serviço. O faturamento e a<br />
lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> também po<strong>de</strong>m cair levando-o a per<strong>de</strong>r o mercado para concorrentes<br />
mais agressivos.<br />
Uma ênfase excessiva <strong>na</strong> redução <strong>de</strong> custos po<strong>de</strong> se mostrar prejudicial<br />
para muitas <strong>empresa</strong>s e po<strong>de</strong>m provocar o efeito in<strong>de</strong>sejado <strong>de</strong> inibir as suas<br />
receitas. Encontrar a combi<strong>na</strong>ção certa entre a redução e o crescimento é a chave<br />
para o sucesso <strong>de</strong> seu negócio no longo prazo.<br />
Reduzir custos não é fácil. É preciso muita <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção para fazê-lo.<br />
Também é necessário i<strong>de</strong>ntificar com precisão o que se po<strong>de</strong> efetivamente cortar<br />
sem <strong>de</strong>ixar o baixo astral tomar conta do ambiente. O <strong>de</strong>safio está em distinguir os<br />
bons custos, que dão vantagem competitiva para a <strong>empresa</strong>, dos custos ruins, que<br />
po<strong>de</strong>m ser elimi<strong>na</strong>dos sem reduzir os lucros.<br />
Ganhar eficiência é <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> cortar custos. A<strong>na</strong>lisar em profundi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
os processos que reduzem a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seus funcionários. Quanto menos<br />
eles produzem por hora, maiores serão os seus custos com ca<strong>da</strong> produto ou serviço<br />
que a <strong>empresa</strong> oferece.<br />
Conhecer <strong>de</strong> perto ca<strong>da</strong> etapa <strong>da</strong> produção e os processos utilizados em<br />
ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> sua <strong>empresa</strong>. Saber exatamente on<strong>de</strong> estão os gastos que<br />
po<strong>de</strong>m ser reduzidos sem prejudicar o crescimento e o <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />
negócios. Com esta análise é possível i<strong>de</strong>ntificar a existência <strong>de</strong> eventuais <strong>de</strong>spesas<br />
redun<strong>da</strong>ntes.<br />
A introdução <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças exige estratégias com comprometimento <strong>da</strong> alta<br />
gerência. Assim sendo, a chave do sucesso no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos<br />
consiste em investir mais tempo e talento nos recursos h<strong>um</strong>anos envolvidos nesta<br />
área, porque é muito importante começar certo para produzir sucessos.<br />
Este fator também é <strong>um</strong>a <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta <strong>empresa</strong>. Com<br />
aplicação <strong>de</strong> métodos, conceitos e diagnósticos e melhoria <strong>de</strong> processos, buscando<br />
a integração e todos os seus elementos e elimi<strong>na</strong>ção dos <strong>de</strong>sperdícios.
12<br />
3.5 Terceirização:<br />
Uma <strong>de</strong>cisão estratégica. É a transferência <strong>da</strong> execução <strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>da</strong>s<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e/ou serviços a pessoas ou organizações alheias <strong>ao</strong>s quadros <strong>da</strong><br />
instituição diretamente responsável pelos resultados <strong>de</strong>ste.<br />
Terceirizar é estabelecer <strong>um</strong> tipo <strong>de</strong> relação <strong>na</strong> qual não se po<strong>de</strong> distinguir<br />
on<strong>de</strong> começa a <strong>empresa</strong> terceiriza<strong>da</strong> nem on<strong>de</strong> termi<strong>na</strong> a terceirizadora, e assim<br />
reciprocamente. A terceirização só ocorre quando a <strong>empresa</strong> trabalha centralizando<br />
sua concepção e <strong>de</strong>scentralizando a execução, e isto vale para todos os aspectos<br />
operacio<strong>na</strong>is <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> 18 .<br />
Nesta <strong>empresa</strong>, a terceirização vem sendo parte <strong>de</strong> <strong>um</strong> processo que<br />
envolve <strong>um</strong>a nova concepção <strong>de</strong> organização, assegurando vantagens competitivas<br />
significativas. Significa centrar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> no que ela <strong>de</strong>ve fazer. É<br />
<strong>um</strong>a ótima política administrativa, pois ela estabeleceu <strong>um</strong>a relação <strong>de</strong> parceria com<br />
os terceirizados, ficando a <strong>empresa</strong> concentra<strong>da</strong> ape<strong>na</strong>s em tarefas essencialmente<br />
liga<strong>da</strong>s <strong>ao</strong> negócio em que atua.<br />
3.6 Qualificações profissio<strong>na</strong>is:<br />
Metais <strong>ao</strong> Alcance <strong>da</strong> Mo<strong>da</strong> enten<strong>de</strong> que <strong>um</strong>a pessoa i<strong>de</strong>al para trabalhar no<br />
projeto <strong>de</strong> novos produtos <strong>de</strong>ve ser criativa, capaz <strong>de</strong> conceber, <strong>de</strong>senhar e<br />
construir mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> produtos que fasci<strong>na</strong>m pela forma visual. Mas essa pessoa<br />
não po<strong>de</strong> trabalhar sozinha. Deve trabalhar em equipe com o pessoal <strong>de</strong> marketing,<br />
ven<strong>da</strong>s, distribuição e fabricação 19 .<br />
Essa tarefa multidiscipli<strong>na</strong>r requer profundos conhecimentos técnicos e<br />
relacio<strong>na</strong>mento interpessoal. Ou seja, <strong>um</strong> profissio<strong>na</strong>l qualificado atualmente é <strong>um</strong>a<br />
pessoa especialista em diversos métodos tecnológicos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong>a mesma área,<br />
para transformar o mundo em volta <strong>de</strong>le, sob condições <strong>de</strong> contínuo<br />
aperfeiçoamento dos conhecimentos técnicos e dos recursos <strong>de</strong> informação. O<br />
18 EMÍLIA, Andreza. Terceirizar: O que é isso? Disponível em: . Acesso em<br />
12 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006.<br />
19 DESENVOLVIMENTO Industrial. OTIMIZA CONSULTORIA. NH, Novo Hamburgo, p.06, 25 <strong>de</strong><br />
setembro <strong>de</strong> 2006. Consultoria ocorri<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> nesta <strong>da</strong>ta
13<br />
profissio<strong>na</strong>l padrão é então, o indivíduo capaz <strong>de</strong> trabalhar interfuncio<strong>na</strong>lmente <strong>na</strong><br />
<strong>empresa</strong> para i<strong>de</strong>ntificar e escolher as tecnologias apropria<strong>da</strong>s que proverão a<br />
melhor solução para <strong>um</strong> problema específico 20 .<br />
Consi<strong>de</strong>rando-se estes aspectos, a síntese dos principais requisitos para se<br />
tor<strong>na</strong>r <strong>um</strong> profissio<strong>na</strong>l qualificado para o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produto<br />
nesta organização, <strong>de</strong>ve ter <strong>um</strong> escopo generalista, com conhecimentos específicos<br />
<strong>de</strong> <strong>um</strong>a ou mais áreas, a fim <strong>de</strong> participar eficientemente <strong>de</strong> <strong>um</strong> time multifuncio<strong>na</strong>l.<br />
Também <strong>de</strong>ve ser <strong>um</strong> comunicador eficaz, atuando como <strong>um</strong>a ponte entre<br />
<strong>de</strong>sentendimentos que po<strong>de</strong>m surgir entre membros <strong>de</strong> <strong>um</strong>a equipe, com o objetivo<br />
que ca<strong>da</strong> <strong>um</strong> enten<strong>da</strong> sua responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e papel particular <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> visão geral<br />
do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>um</strong> produto, garantindo <strong>um</strong> ambiente propício<br />
para troca e criação <strong>de</strong> idéias. Ter li<strong>de</strong>rança e ambições <strong>de</strong> <strong>um</strong> empreen<strong>de</strong>dor é<br />
importante, e além <strong>de</strong> tudo, ter conhecimentos gerenciais 21 .<br />
Para qualquer <strong>empresa</strong>, o problema é encontrar indivíduos que possuam as<br />
competências correspon<strong>de</strong>ntes a esses atributos. Deste modo, o <strong>de</strong>sempenho do<br />
indivíduo será avaliado <strong>de</strong> acordo com a manifestação <strong>de</strong>ste <strong>da</strong>do conjunto <strong>de</strong><br />
competências <strong>na</strong> prática cotidia<strong>na</strong>. Tal conceito constitui o alicerce do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
gestão <strong>de</strong> pessoas por competências tão necessárias, e n<strong>um</strong> novo ambiente<br />
<strong>empresa</strong>rial caracterizado por profun<strong>da</strong>s e freqüentes mu<strong>da</strong>nças e agili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
respostas para garantir sobrevivência <strong>da</strong> organização 22 .<br />
Desta forma, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver as competências dos colaboradores <strong>de</strong><br />
<strong>um</strong>a <strong>empresa</strong>, faz-se necessário capacitá-los em termos <strong>de</strong> conhecimentos,<br />
habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s. Mas, a globalização requer que as organizações sejam ca<strong>da</strong><br />
vez mais ágeis, atuem em mais lugares do globo e apresentem ca<strong>da</strong> vez mais<br />
soluções a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do mercado, exigindo do trabalhador maior<br />
flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>dicação à organização, levando-o muitas vezes <strong>ao</strong> stress por<br />
sobrecarga <strong>de</strong> trabalho.<br />
20 Desenvolvimento. Op.cit, p 7.<br />
21 Ibid. p 9.<br />
22 BIRLEY, Sue; MUZYKA Daniel F. Domi<strong>na</strong>ndo os Desafios do Empreen<strong>de</strong>dor. Tradução: Cláudio Ribeiro<br />
<strong>de</strong> Lucin<strong>da</strong>; revisão técnica David Felipe Hastings. São Paulo, Makron Books, 2001. p56.
14<br />
Esta <strong>empresa</strong> procura buscar e manter os seus melhores talentos. A<br />
percepção <strong>de</strong> que os melhores profissio<strong>na</strong>is são vitais para a prosperi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />
negócios não é exatamente nova. Mas a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> que agora se impõe soa<br />
assustadora, porque ela não ape<strong>na</strong>s precisa <strong>de</strong> profissio<strong>na</strong>is brilhantes – aqueles<br />
capazes <strong>de</strong> inovar e criar valor com essas inovações – mas necessita <strong>de</strong> <strong>um</strong> número<br />
ca<strong>da</strong> vez maior <strong>de</strong>les. Muitas vezes os talentos são garimpados <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> própria<br />
<strong>empresa</strong>, promovendo <strong>um</strong> equilíbrio <strong>de</strong> forças vin<strong>da</strong>s <strong>de</strong> fora e <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />
carreiras postas em ação <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> própria organização.<br />
3.7 Sobrecarga <strong>de</strong> Trabalho:<br />
É muito <strong>na</strong>tural ocorrer com qualquer <strong>um</strong> <strong>de</strong> nós o fenômeno <strong>da</strong> sobrecarga<br />
<strong>de</strong> trabalho 23 . Sem percebermos vamos ass<strong>um</strong>indo tarefas e mais tarefas e, quando<br />
nos <strong>da</strong>mos conta, há mais para fazer do que somos capazes fisicamente <strong>de</strong><br />
processar.<br />
Este é <strong>um</strong> aspecto que relegamos e, involuntariamente, acabamo-nos<br />
“afogando” em afazeres. A pior conseqüência <strong>de</strong>sta situação é que, sem notar<br />
substituímos a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> pela quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho, prejudicando nós mesmos e a<br />
<strong>empresa</strong>.<br />
Esta corriqueira situação nos leva <strong>ao</strong> stress, os subordi<strong>na</strong>dos <strong>ao</strong> c<strong>ao</strong>s e as<br />
<strong>empresa</strong>s, <strong>ao</strong> prejuízo. A sobrecarga vai-se instalando <strong>de</strong> maneira sutil <strong>ao</strong><br />
aceitarmos mais <strong>um</strong> <strong>de</strong>safio que, aparentemente é <strong>de</strong> peque<strong>na</strong> monta e que<br />
enten<strong>de</strong>mos que nos tomará alguns minutos; ou então, <strong>ao</strong> passarmos a fazer parte<br />
<strong>de</strong> mais <strong>um</strong> grupo <strong>de</strong> trabalho que, no início terá <strong>um</strong>a fácil e rápi<strong>da</strong> tarefa a<br />
<strong>de</strong>sempenhar; ou ain<strong>da</strong> <strong>ao</strong> nos prontificarmos a resolver <strong>um</strong> pequeno conflito que,<br />
<strong>de</strong>pois se revela <strong>um</strong>a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira batalha <strong>de</strong> interesses e po<strong>de</strong>r.<br />
A sobrecarga <strong>de</strong> trabalho termi<strong>na</strong> por nos arrastar para <strong>um</strong> círculo vicioso,<br />
pois <strong>um</strong> gerente sobrecarregado não tem tempo nem disposição para trei<strong>na</strong>r<br />
subordi<strong>na</strong>dos; estes serão sempre ineficazes e por não serem trei<strong>na</strong>dos o gerente<br />
23 CORELLI, Geraldo. Problemas <strong>da</strong> Sobrecarga <strong>de</strong> Trabalho. Disponível em: . Acesso em 11 novembro <strong>de</strong><br />
2006.
15<br />
não tem a quem <strong>de</strong>legar; por não po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>legar, ele estará sempre sobrecarregado,<br />
e por isso não trei<strong>na</strong> e o círculo está instalado, acabando com a vi<strong>da</strong> e a eficácia do<br />
gerente <strong>de</strong> produção.<br />
Uma vez instala<strong>da</strong> a sobrecarga, ela ten<strong>de</strong> a permanecer a <strong>um</strong> nível<br />
constante e crescente e, como conseqüência, mais trabalho e menos administração.<br />
Os funcionários ten<strong>de</strong>m para a acomo<strong>da</strong>ção a níveis ca<strong>da</strong> vez maiores, tor<strong>na</strong>ndo-os<br />
mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e sem iniciativas, e com as repetições <strong>de</strong> soluções, instala-se a<br />
roti<strong>na</strong> sem criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, gerando insatisfação e <strong>de</strong>smotivação.<br />
O gerente tem o seu crescimento profissio<strong>na</strong>l estag<strong>na</strong>do, pois está sempre<br />
irritado, com muitas críticas e sem tempo para trei<strong>na</strong>mentos, centralizando as<br />
<strong>de</strong>cisões e como resultado vê menos acertos, menos <strong>de</strong>senvolvimento, mais<br />
morosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e menos oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Promover mu<strong>da</strong>nças, novas estruturas organizacio<strong>na</strong>is, as relações no<br />
ambiente do trabalho, a comunicação, a confiança e o conhecimento <strong>da</strong>s suas<br />
limitações possibilitam o mu<strong>da</strong>r, o alterar, e principalmente transformar situações e<br />
melhorar a organização.<br />
Nesta <strong>empresa</strong> trabalha-se com alta quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, utiliza-se racio<strong>na</strong>lmente <strong>de</strong><br />
seus recursos e por isso suas per<strong>da</strong>s são baixas. Ninguém <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> quando <strong>um</strong>a falha<br />
vai se <strong>da</strong>r em <strong>um</strong>a <strong>empresa</strong>. A prevenção, por seu lado <strong>de</strong>ve ser <strong>um</strong>a ação antes do<br />
evento, não <strong>um</strong> exercício após <strong>um</strong> fato.<br />
Este é <strong>um</strong> conceito seguido pela <strong>empresa</strong> Metais <strong>ao</strong> Alcance <strong>da</strong> Mo<strong>da</strong> para<br />
que haja <strong>um</strong> equilíbrio entre to<strong>da</strong>s as fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> qualquer novo<br />
produto, porque eles são essenciais para o crescimento <strong>de</strong> qualquer <strong>empresa</strong> e o<br />
sucesso é <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do pelo <strong>alcance</strong> <strong>da</strong>s metas.
16<br />
4 PERCEPÇÃO INTERNA<br />
Com <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> colaboradores efetivos 24 <strong>de</strong> diferentes setores <strong>da</strong><br />
<strong>empresa</strong>, responsável por julgamento <strong>de</strong> processos, é possível verificar com<br />
objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> enfrenta<strong>da</strong> por essa organização, no que tange a<br />
<strong>de</strong>senvolvimento e envolvimento <strong>de</strong> setores produtivos e técnicos centrados no<br />
executivo <strong>de</strong> crescimento e inovação.<br />
Questio<strong>na</strong>mentos a respeito dos impactos, mu<strong>da</strong>nças e problemas trazidos<br />
pela globalização e pela competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> no seu setor, os aspectos positivos e<br />
negativos para a <strong>empresa</strong>, quais as soluções, que tipo <strong>de</strong> atritos provoca e quais os<br />
problemas que isto acarreta, foram colocados <strong>ao</strong>s entrevistados.<br />
Em discussão com Marcos 25 , mencionou-se que o aspecto competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
reflete <strong>na</strong>s organizações tanto exter<strong>na</strong>s quanto inter<strong>na</strong>mente e que as distâncias se<br />
encurtam ca<strong>da</strong> vez mais, seja através dos recursos tecnológicos ou dos meios <strong>de</strong><br />
transportes, aproximando e viabilizando a integração <strong>de</strong> processos que antes não<br />
eram nem visl<strong>um</strong>brados pelas <strong>empresa</strong>s <strong>de</strong>vido às restrições físicas e fi<strong>na</strong>nceiras<br />
existentes.<br />
E to<strong>da</strong> essa transição acaba gerando <strong>um</strong>a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transformação<br />
nos processos <strong>da</strong>s <strong>empresa</strong>s <strong>de</strong> modo a aperfeiçoar seus processos, agregando<br />
ca<strong>da</strong> vez mais a ca<strong>de</strong>ia produtiva. Por isso, os maiores impactos <strong>de</strong>ste novo cenário<br />
estão relacio<strong>na</strong>dos às reduções <strong>de</strong> prazos, acuraci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos e pré-disposição<br />
em fazer sempre algo “a mais” para surpreen<strong>de</strong>r positivamente o cliente.<br />
Como ponto positivo, Marcos <strong>de</strong>staca a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça, mesmo<br />
que muitas vezes esse processo seja <strong>um</strong>a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> e não <strong>um</strong> ato pró-ativo. Mas,<br />
como todo o lado positivo tem o lado negativo, se esse processo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça for<br />
mal conduzido, <strong>de</strong>ixa margens para <strong>de</strong>sentendimentos e divergências <strong>de</strong> opiniões,<br />
muitas <strong>de</strong>sses frutos <strong>de</strong> diferentes formações ou do próprio <strong>de</strong>sconhecimento do<br />
processo em questão.<br />
24 Entrevistas entregues em forma <strong>de</strong> questionário em que os colaboradores respon<strong>de</strong>ram em formato <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>poimento, escrito à mão e <strong>de</strong>volvido diretamente <strong>ao</strong> entrevistador.<br />
25 MEYER Marcos. Supervisor <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Processos <strong>de</strong> Peças Técnicas. O nome origi<strong>na</strong>l foi<br />
preservado a pedido do entrevistado.
17<br />
Existem falhas <strong>na</strong> comunicação? Sim, mas quando são i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, são<br />
trata<strong>da</strong>s em <strong>um</strong> esquema montado <strong>de</strong> modo que todos têm abertura para propor<br />
idéias e alterar suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não haja impacto para a organização.<br />
Mas, como é <strong>um</strong> grupo pequeno <strong>de</strong>ntro do seu setor, é possível manter <strong>um</strong> alto nível<br />
<strong>de</strong> comunicação, contando com a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os funcionários, pois todos têm<br />
o nível técnico e cursando nível superior.<br />
Divergências <strong>de</strong> prazos sempre existiram e sempre existirão. Estão sendo<br />
realiza<strong>da</strong>s várias ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> modo a reduzir os prazos, como o implemento do<br />
sistema <strong>de</strong> monitoramento dos indicadores pelas melhores <strong>da</strong>tas, mas como o<br />
mercado nunca está satisfeito então essa é <strong>um</strong>a corri<strong>da</strong> que não termi<strong>na</strong> nunca. Os<br />
processos são formatados <strong>de</strong> acordo com as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s do mercado. Se em alg<strong>um</strong><br />
momento for percebido que algo não está do agrado do cliente, todos têm a<br />
obrigação <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar o processo visando a eficiência dos mesmos.<br />
A cobrança por resultados é encara<strong>da</strong> como <strong>um</strong> ponto positivo, pois ela<br />
impulsio<strong>na</strong> as buscas por melhores processos. Mas só cobrança não apresenta<br />
soluções. É preciso que haja <strong>um</strong> suporte tanto informativo quanto capacitivo para<br />
que a cobrança não resulte em sobrecarga.<br />
Em <strong>um</strong>a conversa com Aldo 26 , a questão competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> faz com que<br />
tenhamos que nos a<strong>da</strong>ptar <strong>ao</strong> mercado no qual estamos inseridos, e que as<br />
respostas precisam ser mais rápi<strong>da</strong>s, os custos controlados, além <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação às exigências dos clientes. Precisamos trabalhar <strong>de</strong> forma<br />
padroniza<strong>da</strong> por exigência <strong>da</strong> Organização Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l para Normalização (ISO) 27<br />
e também porque o mercado exige mais rapi<strong>de</strong>z e menos burocracia.<br />
A globalização, para a <strong>empresa</strong>, é <strong>um</strong> ponto positivo, pois assim ela precisa<br />
investir mais em profissio<strong>na</strong>is com perfis a<strong>da</strong>ptados <strong>ao</strong> novo mercado, investir em<br />
tecnologia para aperfeiçoar os processos, indo <strong>ao</strong> encontro <strong>da</strong> agili<strong>da</strong><strong>de</strong> e integração<br />
com os seus clientes.<br />
26 FRANZ Aldo. Auxiliar do Setor <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Produtos. O nome origi<strong>na</strong>l foi preservado a pedido<br />
do entrevistado.<br />
27 ISO – Organização Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l para Normalização. É <strong>um</strong>a fe<strong>de</strong>ração mundial <strong>de</strong> órgãos <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is <strong>de</strong><br />
normalização que tem por objetivo preparar e emitir normas técnicas.
18<br />
Um dos pontos negativos é que se a <strong>empresa</strong> não conseguir a<strong>da</strong>ptar a sua<br />
estrutura po<strong>de</strong> ser excluí<strong>da</strong> do mercado, os seus custos com tecnologia, pesquisa e<br />
<strong>de</strong>senvolvimento são maiores a<strong>um</strong>entando o <strong>de</strong>sgaste entre seus colaboradores.<br />
Todo o processo é muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> ação h<strong>um</strong>a<strong>na</strong> e por isso é preciso<br />
ter <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> senso <strong>de</strong> persuasão, controlar e ter conhecimento <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as etapas<br />
dos processos. Ser <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> todos os setores <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> é a parte mais<br />
complexa do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos, pois é fun<strong>da</strong>mental<br />
ter a colaboração <strong>de</strong> todos os envolvidos, e às vezes, isto não acontece, gerando<br />
atrasos <strong>na</strong> entrega e conseqüentemente, a insatisfação do cliente.<br />
Aldo complementa que a falha <strong>na</strong> comunicação existe, e muito. Como as<br />
informações passam por muitos interlocutores, quando ela chega <strong>ao</strong> <strong>de</strong>stino, chega<br />
muitas vezes distorci<strong>da</strong> e, o mal entendido só é percebido quando o cliente reclama<br />
do produto fi<strong>na</strong>l, pois o setor comercial enten<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a maneira e o setor industrial<br />
enten<strong>de</strong> <strong>de</strong> outra.<br />
Quanto <strong>ao</strong> prazo <strong>de</strong> entrega, normalmente são negociados por pessoas que<br />
não tem pleno conhecimento do processo, tor<strong>na</strong>ndo impossível aten<strong>de</strong>r <strong>na</strong>quele<br />
prazo tão curto seguindo os processos normais, e para aten<strong>de</strong>r o cliente, muitas<br />
vezes temos que abreviar alg<strong>um</strong>as etapas.<br />
Po<strong>de</strong>mos tomar como exemplo o produto retratado <strong>na</strong> figura 1, a seguir.<br />
Trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a fivela <strong>de</strong> cinto <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> a pedido do cliente, mas pela sua<br />
dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> confecção, foi impossível a entrega <strong>na</strong> <strong>da</strong>ta prevista, pois <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
solicitação até a entrega do produto, a área <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tem <strong>de</strong> três a cinco<br />
dias. Esta peça <strong>de</strong>man<strong>da</strong> muitos processos, pois além <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> confecção<br />
<strong>da</strong> peça matriz ela implica a colocação <strong>de</strong> argola para fixação (que foi necessário<br />
também <strong>de</strong>senvolver em pouco tempo), <strong>de</strong> resi<strong>na</strong> e <strong>de</strong> strass, o que dificultou o<br />
processo, pois ela precisa ir muitas vezes <strong>ao</strong> setor terceirizado para o término do<br />
produto.
19<br />
Figura 1: Fivela <strong>de</strong> Cinto<br />
Fonte: O autor<br />
A cobrança por resultados, quando estes são possíveis e não atrapalham no<br />
funcio<strong>na</strong>mento dos <strong>de</strong>mais setores, po<strong>de</strong> ser <strong>um</strong> ponto positivo, pois ensi<strong>na</strong> a<br />
negociar, controlar os processos. Mas a cobrança excessiva atrapalha o an<strong>da</strong>mento<br />
do trabalho, atrasando ain<strong>da</strong> mais a entrega.<br />
Em <strong>de</strong>poimento coletado com Jaciara 28 , discutiu-se que para a <strong>empresa</strong>, a<br />
globalização traz a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> maior agili<strong>da</strong><strong>de</strong> no processo como <strong>um</strong> todo,<br />
automatizar alg<strong>um</strong>as tarefas para otimizar o processo e também para a redução <strong>de</strong><br />
custo ser mais efetivo. Há ain<strong>da</strong>, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra mais qualifica<strong>da</strong>,<br />
maiores investimentos em quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e capacitação <strong>da</strong>s pessoas, e ter mais<br />
habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>na</strong>s negociações quanto a prazos, quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>voluções e<br />
preços.<br />
Como em outros setores, no seu também se percebe falhas <strong>de</strong><br />
comunicação. Isto ocorre principalmente, porque há <strong>um</strong> coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dor em ca<strong>da</strong> setor<br />
e este não repassa para os outros coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dores as informações pertinentes a<br />
todos. Todos apontam necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias nos seus respectivos<br />
<strong>de</strong>partamentos, mas <strong>de</strong>sconhecem a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>de</strong>mais e alg<strong>um</strong>as vezes<br />
28 LOPES Jaciara. Lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> produção. O nome origi<strong>na</strong>l foi preservado a pedido <strong>da</strong> entrevista<strong>da</strong>.
20<br />
acabam por burocratizar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s mais simples, gerando mais entraves <strong>na</strong>s<br />
roti<strong>na</strong>s <strong>de</strong> trabalho.<br />
Há muitas divergências quanto <strong>ao</strong> prazo <strong>de</strong> entrega do produto, porque<br />
muitas vezes é impossível aten<strong>de</strong>r no prazo estimado pelo cliente, e quando a área<br />
industrial reprograma para outra <strong>da</strong>ta, o representante não toma medi<strong>da</strong>s práticas<br />
para informar e explicar a razão <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça, às vezes por acomo<strong>da</strong>ção, outras para<br />
pressio<strong>na</strong>r a área <strong>de</strong> produção, e aí acontece o que chamamos <strong>de</strong> “estouro” <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta,<br />
dificultando ain<strong>da</strong> mais todo o processo.<br />
Jaciara consi<strong>de</strong>ra que a cobrança por resultados é <strong>um</strong> ponto forte, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que os colaboradores tenham condições apropria<strong>da</strong>s para o c<strong>um</strong>primento <strong>da</strong>s metas<br />
e que estas sejam possíveis <strong>de</strong> serem atendi<strong>da</strong>s. Não adianta estabelecer metas<br />
impossíveis, faltando tecnologia (máqui<strong>na</strong>s, processos) para a realização <strong>da</strong>s<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Isto contribui para a <strong>de</strong>scrença, falta <strong>de</strong> credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> organização<br />
perante os colaboradores, incentivando a não participação nos programas <strong>de</strong><br />
melhorias, quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, idéias e outros. Deveria ser <strong>um</strong>a gran<strong>de</strong> troca, com<br />
intercâmbio <strong>de</strong> idéias e colaborações.<br />
Quando questio<strong>na</strong>do, Daniel 29 avaliou positivamente o processo <strong>de</strong><br />
globalização como <strong>um</strong> todo no seu setor e <strong>na</strong> sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois está trazendo <strong>um</strong>a<br />
facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> informações entre as <strong>empresa</strong>s envolvi<strong>da</strong>s no processo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos e processos, fazendo com que o tempo para <strong>um</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento e produção <strong>de</strong> <strong>um</strong> produto reduza significativamente. Como ponto<br />
negativo, cita a facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>na</strong> troca <strong>de</strong> informações havendo também maior agili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
no ato <strong>de</strong> copiar, gerando assim <strong>um</strong>a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> imitações.<br />
Para evitar que <strong>um</strong> produto genuíno seja copiado, às vezes até mesmo<br />
antes <strong>de</strong> ser lançado no mercado, é necessário <strong>um</strong> maior sigilo no processo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento, sendo necessário <strong>um</strong> setor a parte, somente envolvido no<br />
processo <strong>de</strong> pesquisar e <strong>de</strong>senvolver novos produtos e processos (P&D), separados<br />
do resto <strong>da</strong> produção. Pois isto po<strong>de</strong> provocar a insatisfação do cliente, que pe<strong>de</strong><br />
<strong>um</strong> produto exclusivo, mas que em pouco tempo, já existem cópias no mercado.<br />
29 LIND Daniel. Desenvolvimento <strong>de</strong> Processos e Quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. O nome origi<strong>na</strong>l foi preservado a pedido do<br />
entrevistado.
21<br />
Com base no conhecimento <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos clientes, do projeto,<br />
aplicação do produto e análises técnicas, são <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as características<br />
importantes relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s <strong>ao</strong> projeto e o controle do processo, tais como: dimensões,<br />
forma, aspecto, características especiais e itens <strong>de</strong> segurança, quando <strong>de</strong>finidos<br />
pelos clientes.<br />
Exemplificando essa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o projeto do produto mostrado <strong>na</strong> figura 2<br />
foi <strong>de</strong>senvolvido em total sinergia com o cliente, obtendo alto grau <strong>de</strong> satisfação por<br />
parte <strong>de</strong>ste, pela combi<strong>na</strong>ção perfeita entre a pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento até a<br />
produção do produto, e que a sua utilização se encaixa perfeitamente <strong>na</strong> idéia inicial<br />
do cliente, ou seja, será usado <strong>na</strong> lateral superior <strong>de</strong> <strong>um</strong>a bota femini<strong>na</strong> cano longo.<br />
No momento do <strong>de</strong>senvolvimento, foi solicita<strong>da</strong> a exclusivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
lançamento <strong>de</strong>ste produto por parte do cliente, sendo prontamente atendido pela<br />
<strong>empresa</strong>.<br />
Figura 2: Fivela <strong>de</strong> bota<br />
Fonte: O autor<br />
Discutiu-se com Márcia 30 , as mu<strong>da</strong>nças e problemas trazidos pela<br />
competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, como afetam o setor, principalmente pela agili<strong>da</strong><strong>de</strong> com que as<br />
30 PLECHT, Márcia. Assistente <strong>de</strong> Custos e Orçamentos. O nome origi<strong>na</strong>l foi preservado a pedido <strong>da</strong><br />
entrevista<strong>da</strong>.
22<br />
coisas precisam acontecer, pois em muitos <strong>caso</strong>s o setor não tem estrutura para tais<br />
mu<strong>da</strong>nças. Mas, se a <strong>empresa</strong> se mo<strong>de</strong>rnizar, conseguir acompanhar o ritmo<br />
intenso com que as coisas acontecem, ela se tor<strong>na</strong>rá mais forte e<br />
conseqüentemente mais competitiva no seu ambiente. Para isso é necessária <strong>um</strong>a<br />
melhoria contínua nos processos, <strong>caso</strong> contrário estará <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>do a enfrentar <strong>um</strong>a<br />
fase ruim.<br />
A solução, para Márcia, significa ter <strong>um</strong> processo bem <strong>de</strong>finido e bem<br />
controlado. Os atritos acontecem principalmente por sobrecarga <strong>de</strong> serviço e pela<br />
<strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> ferramentas usa<strong>da</strong> para a realização dos mesmos. As falhas <strong>na</strong><br />
comunicação existem, mas para o setor não é o fato mais relevante. As divergências<br />
nos prazos <strong>de</strong> entrega são <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> má <strong>de</strong>finição do processo e,<br />
principalmente, pela utilização <strong>de</strong> ferramentas i<strong>na</strong><strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s, gastas, sem<br />
manutenção preventiva e sem perspectiva <strong>de</strong> melhoria em curto prazo.<br />
5 DESAFIOS A SEREM SUPERADOS NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO<br />
DE PRODUTOS<br />
5.1 Planejamento estratégico para o setor:<br />
Informar a todos os funcionários do setor <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento as <strong>de</strong>cisões<br />
estratégicas <strong>da</strong> diretoria, permitindo a todos <strong>um</strong>a participação mais efetiva <strong>na</strong><br />
elaboração <strong>de</strong>ssa estratégia. Reconsi<strong>de</strong>rar seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão para evitar crises<br />
e garantir sua atuação no futuro e avaliar a estratégia e a operação com <strong>um</strong> novo<br />
olhar. É preciso compreen<strong>de</strong>r os <strong>de</strong>safios do setor e i<strong>de</strong>ntificar as expectativas mais<br />
relevantes dos clientes.<br />
5.2 Busca contínua por novos processos e soluções:<br />
Para obter o crescimento com sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, são imprescindíveis novas<br />
pesquisas <strong>na</strong>s áreas <strong>de</strong> processos, tanto para redução <strong>de</strong> custos quanto a melhoria<br />
<strong>na</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos produtos. Buscar continuamente novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> processos,<br />
pesquisar novos acabamentos, capacitar novos fornecedores, envolver to<strong>da</strong> a
23<br />
ca<strong>de</strong>ia <strong>na</strong> busca <strong>de</strong> soluções, visualizar os futuros problemas e antecipar a<br />
resolução <strong>de</strong>stes.<br />
5.3 Melhorar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação inter<strong>na</strong>:<br />
Conhecer o processo <strong>de</strong> comunicação, i<strong>de</strong>ntificar problemas e preveni-los,<br />
transmitindo <strong>ao</strong>s clientes a mensagem e a imagem <strong>de</strong> <strong>um</strong>a <strong>empresa</strong> confiável e<br />
sóli<strong>da</strong>.<br />
5.4 Combater o <strong>de</strong>sperdício, mo<strong>de</strong>rnizando as técnicas utiliza<strong>da</strong>s:<br />
Desenvolver ações <strong>de</strong> modo a buscar e i<strong>de</strong>ntificar as práticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios,<br />
com iniciativas que visem controle a<strong>de</strong>quado <strong>ao</strong> ambiente a<strong>de</strong>quado, <strong>de</strong>senvolvendo<br />
novos instr<strong>um</strong>entos e metodologias <strong>de</strong> trabalho <strong>na</strong>s áreas <strong>de</strong> controle, elimi<strong>na</strong>ndo<br />
gastos supérfluos.<br />
5.5 Elimi<strong>na</strong>r gargalos físicos e operacio<strong>na</strong>is:<br />
Alguns gargalos físicos e operacio<strong>na</strong>is ain<strong>da</strong> precisam ser superados. A falta <strong>de</strong><br />
investimentos em infra-estrutura converte-se n<strong>um</strong> obstáculo que po<strong>de</strong> prejudicar o<br />
processo <strong>de</strong> produção e prejudicar o crescimento <strong>de</strong>sta organização. A infraestrutura<br />
envolvi<strong>da</strong> para o setor ain<strong>da</strong> não condiz com a expectativa do<br />
planejamento estratégico <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>. Há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria nos setores<br />
envolvidos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a engenharia <strong>de</strong> projetos até a escolha e separação dos produtos.<br />
5.6 Incentivar a capacitação profissio<strong>na</strong>l:<br />
Avaliação segura e justa do <strong>de</strong>sempenho, aplicando os conceitos <strong>da</strong><br />
meritocracia, incentivando a formação profissio<strong>na</strong>l com pesquisas junto <strong>ao</strong>s<br />
funcionários, gerar recursos <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>dos <strong>ao</strong> programa <strong>de</strong> incentivo a educação e <strong>de</strong><br />
capacitação profissio<strong>na</strong>l.
24<br />
Estimular o funcionário a exercitar suas competências básicas, que trata <strong>de</strong> sua<br />
apresentação pessoal, aparência, auto-estima, comunicação, relacio<strong>na</strong>mentos<br />
interpessoais, e sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se auto gerir, tomar <strong>de</strong>cisões, participar <strong>de</strong><br />
trabalho em equipe, bem como no seu processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento no trabalho.<br />
Estar ciente <strong>de</strong> como a <strong>de</strong>ficiência <strong>na</strong> educação afeta a ren<strong>da</strong> e o crescimento<br />
pessoal dos indivíduos, provocando a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> em<br />
relação <strong>ao</strong>s seus concorrentes. Alexa Salomão 31 <strong>de</strong>fine <strong>de</strong>ssa maneira: Em ple<strong>na</strong><br />
era do conhecimento, a baixa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do ensino tornou-se <strong>um</strong>a ameaça à<br />
competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>empresa</strong>s e <strong>um</strong>a trava <strong>ao</strong> conhecimento do país.<br />
Nesse mercado, ca<strong>da</strong> vez mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> conhecimento e <strong>de</strong> inovação<br />
e neste jogo <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> mundial, a má quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do ensino e sua<br />
incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> formar profissio<strong>na</strong>is transforma-se n<strong>um</strong> veneno mortal. A<br />
dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>empresa</strong>s em recrutar seu bem mais precioso – capital h<strong>um</strong>ano <strong>de</strong><br />
boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Este é <strong>um</strong> dos maiores <strong>de</strong>safios <strong>da</strong>s <strong>empresa</strong>s que perseguem o<br />
crescimento sustentável.<br />
6 MEDIDAS PRÁTICAS ADOTADAS PARA A POSSÍVEL SUPERAÇÃO<br />
DOS OBSTÁCULOS<br />
Os problemas apontados não admitem soluções simples. No entanto, <strong>um</strong><br />
esforço sistemático no sentido <strong>de</strong> conferir <strong>um</strong> mínimo <strong>de</strong> eficiência parece<br />
indispensável para a retoma<strong>da</strong> do crescimento.<br />
Com a globalização, veio o acesso a informação, o a<strong>um</strong>ento <strong>da</strong> competição,<br />
a evolução <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos clientes, evolução <strong>da</strong> estrutura <strong>empresa</strong>rial e a<br />
inovação tecnológica. Metais <strong>ao</strong> Alcance <strong>da</strong> Mo<strong>da</strong> está sempre atenta as novi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
e tendências <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>, fazendo uso constante <strong>da</strong> tecnologia digital, permitindo<br />
acesso imediato <strong>ao</strong>s acontecimentos em tempo real, transformando a <strong>de</strong>svantagem<br />
inicial em <strong>um</strong> aliado <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor.<br />
A <strong>empresa</strong> em <strong>estudo</strong> busca oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>na</strong> globalização i<strong>de</strong>ntificando no<br />
mercado a área que <strong>de</strong>ve ser explora<strong>da</strong>. Conhecer o vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s, a<br />
31 SALOMÃO, Alexa. Revista Exame. O preço <strong>da</strong> ignorância. Edição 877. N° 19. p. 21.
25<br />
tendência, a tecnologia básica, o cons<strong>um</strong>idor-alvo, a concorrência – fatores que<br />
aju<strong>da</strong>m a <strong>de</strong>linear o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>um</strong> plano.<br />
Conhecendo isso, a missão é reunir fatos aceitáveis para a primeira seleção<br />
<strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e buscas exploratórias para a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> novo produto, a<br />
fabricação <strong>de</strong> <strong>um</strong> produto-piloto, análise dos fatores necessários para fabricação em<br />
larga escala, testes controlados e <strong>estudo</strong>s <strong>de</strong> viabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Para esta <strong>empresa</strong>, a abertura <strong>da</strong> economia possibilitou o intercâmbio em<br />
diversos países, com mu<strong>da</strong>nças positivas e negativas para o cotidiano. Trouxe a<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e a<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> que produziu <strong>um</strong> efeito<br />
negativo, que foi o <strong>de</strong>semprego. Para reduzir custos e po<strong>de</strong>r baixar os preços, a<br />
<strong>empresa</strong> teve que apren<strong>de</strong>r a produzir mais com menos gente, incorporando novas<br />
tecnologias e máqui<strong>na</strong>s.<br />
Como a competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> requer a formalização <strong>de</strong> metas, <strong>na</strong> <strong>empresa</strong> em<br />
análise, a diretriz corporativa reconhece as forças e <strong>de</strong>ficiências <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> em<br />
termos mensuráveis. Ela <strong>de</strong>fine o propósito <strong>da</strong> <strong>empresa</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a maneira que<br />
proporcio<strong>na</strong>rá direcio<strong>na</strong>mento à meta <strong>de</strong> crescimento e, assim, resultará em<br />
objetivos <strong>de</strong> curto e <strong>de</strong> longo prazo, provendo o palco para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
novos produtos, novos empreendimentos e programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos<br />
negócios.<br />
Ela vê a competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> como <strong>um</strong>a ferramenta estratégica <strong>de</strong> gestão,<br />
integrando as três dimensões: <strong>empresa</strong>rial, estrutural, e a sistêmica, consi<strong>de</strong>rando<br />
to<strong>da</strong>s as variáveis macroeconômicas. Essas três dimensões exigem <strong>da</strong> <strong>empresa</strong><br />
ca<strong>da</strong> vez mais competência, conhecimento e tecnologia <strong>de</strong> gestão.<br />
Quanto a questão comunicação, o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Recursos H<strong>um</strong>anos vem<br />
fazendo <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> esforço para ter todos informados, as ferramentas <strong>de</strong><br />
comunicação utiliza<strong>da</strong>s são: quadros <strong>de</strong> avisos (atualizados sema<strong>na</strong>lmente), Intranet<br />
(site interno) e encontros mensais com todos os funcionários e direção corporativa<br />
para a avaliação conjunta <strong>de</strong> tudo o que aconteceu no mês anterior. O objetivo<br />
<strong>de</strong>ssa ação é fortalecer a política <strong>de</strong> transparência, a comunicação inter<strong>na</strong> e a<br />
cultura <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>.
26<br />
Foram adota<strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s no sentido <strong>de</strong> fortalecer a comunicação entre seus<br />
representantes comerciais e todos os setores que abrangem o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos como: ligação direta com qualquer <strong>um</strong> dos envolvidos<br />
em qualquer horário (horário comercial) atualização constante <strong>da</strong>s etapas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> qualquer produto, negociação direta com qualquer <strong>um</strong> dos<br />
<strong>de</strong>partamentos (engenharia, projetos, matrizaria, usi<strong>na</strong>gem, injetoras <strong>de</strong> centrífugas<br />
e injetoras <strong>de</strong> matrizes <strong>de</strong> aço).<br />
Com avaliações criteriosas, inter<strong>na</strong> e exter<strong>na</strong>, to<strong>da</strong> a cúpula gerencial<br />
prioriza <strong>ao</strong> máximo a redução dos custos do processo. Todo e qualquer adicio<strong>na</strong>l<br />
extra <strong>ao</strong> processo implica em a<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> custo do produto, portanto, a revisão dos<br />
caminhos percorridos é feito a ca<strong>da</strong> novo produto, discutido e revisado por todo o<br />
corpo técnico, avaliando e se necessário, mu<strong>da</strong>ndo o processo para garantir a<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto com o preço negociado com o cliente.<br />
A <strong>empresa</strong> adotou a terceirização como estratégia organizacio<strong>na</strong>l para<br />
realizar serviços <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, não relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s à suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s-fim, buscando<br />
competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica, melhor quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e eficiência nos serviços rotineiros,<br />
possibilitando maior concentração <strong>de</strong> esforços nos negócios principais <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>.<br />
Metais <strong>ao</strong> Alcance <strong>da</strong> Mo<strong>da</strong> compreen<strong>de</strong> a intrínseca relação entre trabalho<br />
e saú<strong>de</strong>, e foca a atenção <strong>na</strong> análise <strong>de</strong> fatores que contribuem para a sobrecarga<br />
<strong>de</strong> trabalho. Ela sabe que tudo está liga<strong>da</strong> às dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s enfrenta<strong>da</strong>s diante <strong>da</strong>s<br />
diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e variabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s associa<strong>da</strong>s à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntro e fora <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>,<br />
frente <strong>ao</strong> quadro atual do mercado.<br />
Uma vez percebido os sintomas <strong>de</strong> sofrimento relacio<strong>na</strong>dos <strong>ao</strong> trabalho,<br />
estão sendo implantados melhorias que produzem redução <strong>na</strong> sobrecarga, como<br />
contratação <strong>de</strong> mais funcionários on<strong>de</strong> existem hoje os gargalos, tanto físicos como<br />
operacio<strong>na</strong>is, implicando em impacto benéfico à saú<strong>de</strong> mental e a repercussão disso<br />
<strong>na</strong> saú<strong>de</strong> <strong>na</strong> forma geral.
27<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
O processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos consiste n<strong>um</strong> fluxo <strong>de</strong> tarefas<br />
que, juntos são capazes <strong>de</strong> transformar <strong>um</strong>a idéia em <strong>um</strong> produto fi<strong>na</strong>l. O processo<br />
começa com a criação do conceito, <strong>da</strong> idéia inicial do que se quer produzir, <strong>de</strong>pois o<br />
plano do produto, i<strong>de</strong>ntificando to<strong>da</strong>s as funções e pré-requisitos que o novo produto<br />
<strong>de</strong>ve apresentar. É o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio e oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para a <strong>empresa</strong>, para através<br />
<strong>da</strong> inovação, a<strong>um</strong>entar substancialmente a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> competição no cenário<br />
comercial.<br />
É <strong>de</strong> absoluta relevância para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>, que a<br />
ausência <strong>de</strong> investimento nesta área fará com que perca a sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
exportar, <strong>de</strong> crescer e, consequentemente, <strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolver. Investimentos nesta<br />
área precisam ser planejados, não exigem altas somas, mas o envolvimento direto<br />
<strong>da</strong> diretoria.<br />
A ausência <strong>de</strong> regras claras, estáveis e harmônicas, são fatores que inibem a<br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> criação e consequentemente, o bom <strong>de</strong>sempenho. A flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>na</strong>s<br />
negociações, a agili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>na</strong>s informações, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> injetar novo fôlego <strong>na</strong><br />
gestão <strong>de</strong> serviços e assistência técnica, são alguns fatores importantes a ser<br />
consi<strong>de</strong>rados para o bom <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>sta área no cenário interno <strong>da</strong> <strong>empresa</strong>.<br />
Embora o processo <strong>de</strong> projetos no setor esteja longe dos i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos, a potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> novos produtos são<br />
significativos e <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados <strong>na</strong> busca <strong>de</strong> novas metodologias e<br />
experiências, porque o <strong>de</strong>senvolvimento e a inovação <strong>de</strong> novos produtos é a chave<br />
do sucesso <strong>da</strong>s organizações.
28<br />
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