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I Congresso de Iniciação Científica e Pós-Graduação –Florianópolis (SC) –setembro 2010
PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL APLICADO À INDÚSTRIA DE
REVESTIMENTOS CERÂMICOS 1
Planejamento experimental aplicado à modelagem de propriedades de formulações de
massas cerâmicas multicomponentes
Sivaldo Leite Correia 2 , Murilo Esser de Araújo 3 , Dachamir Hotza 4 , Ana Maria Segadães 5
Palavras-chave: Massas cerâmicas multicomponentes; Experimentos com misturas; Propriedades cerâmicas.
Este trabalho apresenta os resultados do estudo do efeito de matérias-primas cerâmicas nas
propriedades tecnológicas de massas cerâmicas multicomponentes, para aplicação em produtos de
revestimentos cerâmicos. A investigação foi realizada utilizando a metodologia de experimentos com
misturas, para o projeto e análise experimental. As matérias-primas, constituídas por duas argilas A e
B, um caulim C e dois filitos D e E, foram caracterizadas através de análises de fluorescência e
difração de raios X. Vinte e uma composições de massas cerâmicas foram obtidas e processadas em
condições semelhantes às utilizadas nas indústrias cerâmicas: moagem a úmido, secagem,
umidificação, compactação e queima a 1200 °C. As principais propriedades de corpos-de-prova no
estado seco e sinterizado a 1200 °C foram medidas: módulo de ruptura a seco, módulo de ruptura após
queima a 1200 °C e a absorção de água após queima. Técnicas estatísticas de análise de variância
foram usadas para avaliar a adequação do modelo matemático obtido para cada propriedade via análise
de regressão. Os resultados permitiram identificar uma região de composições ótimas para exigências
tecnológicas que fornecem os melhores resultados nas etapas de processamento a cru. Do ponto de
vista das características de resistência mecânica e absorção de água após queima, foi possível obter
uma gama muito grande de composições contendo as cinco matérias-primas das categorias de
revestimento IIB (semi-poroso) e III (poroso). As composições estudadas neste trabalho apresentaram
comportamento refratário, tendo em vista os limites de composição e as frações de cada componente
utilizado como limite.
1 Projeto de Pesquisa - N o 457/2009 – CCT-UDESC
2 Orientador, Professor do Departamento de Química – DQMC-CCT-UDESC – dqm2slc@joinville.udesc.br
3 Acadêmico do Curso de Engenharia de Produção CCT-UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq.
4 Professor Participante do EQA-UFSC
5 Professor Participante do DECV-UA/Portugal.