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Medicina

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4 ) Os mais baixos índices de mortalidade infantil são<br />

registrados na Região Norte, em consequência do<br />

isolamento dessa região, que impede a proliferação de<br />

epidemias.<br />

5 ) A atividade terciária, na última década, passou a ser a<br />

principal atividade econômica da região Centro-Oeste, o<br />

que explica o fato de essa região ser, atualmente, a de<br />

maior desenvolvimento econômico do país.<br />

Q u es t õ es de 6 a 1 4<br />

TEXTO I<br />

O mundo acompanhou recentemente a batalha<br />

travada pelo governo norte-americano para promover uma<br />

profunda reforma de seu sistema de saúde, que irá atender<br />

mais de 46 milhões de Americanos, atualmente sem<br />

cobertura médica garantida. A ideia é estender o direito de<br />

assistência médica a esses cidadãos, como aquele<br />

garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a todos os<br />

brasileiros.<br />

No Brasil, a assistência médica é um direito<br />

universal há mais de duas décadas. De um sistema<br />

centralizado na atenção hospitalar e restrito aos que<br />

contribuem com a previdência social, o país passou, a<br />

partir da Constituição Federal de 1988, a ter um modelo<br />

de saúde descentralizado, com forte participação social,<br />

foco na atenção primária, promoção da saúde e acesso<br />

universal e gratuito a todos os brasileiros. Uma revolução<br />

social apaixonante.<br />

Os resultados alcançados pelo trabalho solidário<br />

realizado por União, estados e municípios em prol da<br />

universalidade e da integralidade no atendimento em<br />

saúde são de domínio público.<br />

Passadas duas décadas, está mais do que na hora de<br />

promover novo salto, qualitativo e quantitativo, na<br />

assistência em saúde oferecida pelo SUS aos brasileiros.<br />

E, para isso, algumas medidas são imperativas e urgentes.<br />

Faz dez anos que a Emenda Constitucional 29, que<br />

determina o quanto cada governo deve destinar de seu<br />

orçamento para saúde, vigora sem ser regulamentada, o<br />

que seria essencial para estabelecer o que pode ser ou não<br />

considerado gasto com saúde, assegurando que os<br />

recursos sejam, de fato, aplicados na área. Do mesmo<br />

modo, faz-se necessário o reajuste substancial dos valores<br />

pagos pelo SUS aos hospitais públicos e privados que<br />

prestam serviços ao sistema, dentre outras.<br />

BARATA, Luiz Alberto Barradas. Paixão pelo SUS. Folha de S. Paulo, São<br />

Paulo, 2 fev. 2010. Opinião, p. 4, Tendências/Debates. Adaptado.<br />

TEXTO II<br />

Nada impede a regulamentação da já aprovada<br />

Emenda Constitucional 29 — que disciplinará os gastos a<br />

serem computados como investimentos em saúde. O<br />

aporte de recursos é fundamental diante de uma rede à<br />

beira do caos.<br />

Sem a regulamentação, muitos bilhões de reais<br />

deixaram de ser investidos na rede de saúde pública nos<br />

últimos anos, pela União, estados e municípios desde a<br />

aprovação da Emenda 29.<br />

O SUS completou 21 anos em 2009. A saúde é uma<br />

área extremamente dinâmica, envolvendo inovações<br />

tecnológicas, evolução do conhecimento, avanços da<br />

indústria de medicamentos, modificações constantes no<br />

perfil das patologias mais prevalentes, etc. O sistema<br />

público necessita, portanto, acompanhar tais<br />

transformações. Paralelamente, as atuais distorções<br />

existentes precisam ser corrigidas, algumas com a máxima<br />

urgência.<br />

Esse é o caso específico do financiamento do SUS,<br />

do qual dependem exclusivamente cerca de 80% dos<br />

cidadãos brasileiros. E para que o sistema receba um<br />

volume de recursos condizente com as suas necessidades<br />

de ampliação e modernização dos serviços, é fundamental<br />

regulamentar a Emenda 29.<br />

ABRAHAO, Marco Antônio. Saúde pública: a muleta, uma eterna desculpa.<br />

N ew s L ab a : revista do laboratório moderno, São Paulo: Eskalab, ano XVII, n.<br />

100, p. 96, jun./jul. 2010. Opinião. Adaptado.<br />

6 . Os dois textos, embora escritos por diferentes pessoas,<br />

apresentam em comum:<br />

0 1) Um enfoque crítico da situação vivenciada pelo SUS,<br />

após seus vinte e um anos de funcionamento.<br />

0 2 ) o reconhecimento dos serviços que o SUS, não<br />

obstante os entraves enfrentados em seu dia a dia, vem<br />

prestando a população do Brasil.<br />

0 3 ) a lentidão com que se processam os atendimentos pelo<br />

Sistema Único de Saúde em virtude dos parcos valores<br />

pagos aos seus prestadores de serviço.<br />

0 4 ) a defesa do Sistema Único de Saúde em face de que<br />

outros países, como os Estados Unidos, vêm sofrendo por<br />

não dispor de uma cobertura médica garantida para toda a<br />

sua população.<br />

0 5) a sinalização da falta de vontade política em investir<br />

na saúde da população brasileira, o que inviabiliza a<br />

correção de distorções existentes no sistema e,<br />

consequentemente, a melhoria do atendimento ao público.<br />

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