706.10.3 Panorama do setor supermercadista brasileiroA evolução dos supermercados imprimiu forte ritmo de desenvolvimento do setor e,particularmente nos últimos anos, percebeu-se uma crescente competitividade entre as lojas,fato que vem exigindo alternativas criativas e eficientes para a sobrevivência e a diferenciaçãodos negócios (ROJO, 1998).De acordo com o Ranking ABRAS 2004, desenvolvido pela ACNielsen desde 1990,consolidando informações de 500 supermercados (4221 lojas), o setor apresenta uma retração,registrando o pior resultado desde 1991. Os dados desse estudo mostram que, em 2003, ossupermercados atingiram um faturamento nominal de R$ 87,2 bilhões, contra R$ 79,8 bilhõesem 2002. Embora o resultado apresente um aumento nominal de 9,2%, o volume de negóciosrecuou em 4,7%, descontada a inflação de 14,71% medida pelo IPCA médio. Os principaisfatores que explicam tal resultado referem-se à perda de renda do consumidor, de 12,6%,associada ao desemprego e ao aumento real de preços (LUKIANOCENKO, 2004).As empresas de médio porte, classificadas no grupo das 280 no Ranking da ABRAS2004, destacaram-se, apresentando crescimento em vendas na ordem de 0,4%, somando R$13,5 bilhões de faturamento, representando 15,5% do total do auto-serviço(LUKIANOCENKO, 2004). Esse resultado pode de certa forma, ser atribuído ao fato de essasempresas terem implantado mudanças em seus sistemas de gestão e operação, investindo emnichos específicos, adequando e ampliando o sortimento (incluindo os não-alimentos),adaptando o chão de loja, melhorando e estendendo ofertas e serviços aos clientes, assimcomo devido à tendência do consumidor para comprar mais perto de casa, nas lojas menores.O ranking da Abras 2004 (LUKIANOCENKO, 2004) ainda traz informações sobre ofaturamento das redes atuantes no país, no qual o grupo Pão de Açúcar (Companhia Brasileirade Distribuição) registrou a primeira posição em 2004, com R$ 12,7 bilhões, responsável por14,7% do mercado, seguido pela rede Carrefour, com vendas brutas de R$ 11 bilhões e 12,6%de participação. Em terceiro lugar aparece o grupo Sonae, com R$ 3,7 bilhões, seguido pelosgrupos BomPreço, com R$ 3,4 bilhões, e Sendas, com R$ 2,2 bilhões. Juntos, os cincomaiores grupos supermercadistas atuantes no Brasil detêm uma participação deaproximadamente 38,1% no setor, observando-se urna pequena retração em relação ao ano de2002, quando possuíam 39%. Vale também ressaltar que, em 2002, o Carrefour perdeu, pelaprimeira vez em 13 anos, a liderança no ranking, ano em que a rede enfrentou problemas desortimento e logística. Atualmente, a empresa vem buscando reduzir suas áreas de vendas,
71operando com lojas menores, na tentativa de recuperar sua posição de líder do setor (OESTADO DE SÃO PAULO, 2003).Outra importante informação, que reafirma a representatividade dos supermercados naeconomia nacional, refere-se ao PIB brasileiro, no qual são responsáveis por 5,8%. Em 2004,o setor detinha 89,1% das vendas de auto-serviço no país, totalizando 71.372 lojas eempregando 740 mil pessoas. A tabela 2 traz alguns dados quantitativos sobre esse segmento,organizados cronologicamente, para uma melhor compreensão das mudanças.Tabela 2 – Radiografia do setor supermercadista brasileiroAnoFaturamento% deParticipação doN° de lojas (total% deNº de% deanual (em R$aumento nofaturamento doauto-serviço)aumentoempregosaumentobilhões a preçosfaturamentosetor sobre oCenso Nielsenno nº dediretosno nº dede 2003*)PIB* (em %)lojasempregos96 77,0 - 6,2 43.763 - 625.000 -97 76,8 -0,3% 6,0 47.787 9,2% 655.000 4,8%98 81,4 6,0% 6,1 51.502 7,8% 666.752 1,8%99 79,2 -2,7% 6,0 55.313 7,4% 670.086 0,5%00 78,3 -1,1% 6,2 61.259 10,7% 701.622 4,7%01 78,6 0,4% 6,2 69.396 13,3% 710.743 1,3%02 79,8 1,5% 6,1 68.907 -0,7% 718.631 1,1%03 87,2 9,3% 5,8 71.372 3,6% 739.846 3,0%Fonte: Lukianocenko (2004)* Os valores foram trazidos para 31/12/2003.O crescimento expressivo no número de empregos, segundo Lukianocenko (2004),deve-se, em parte a ampliação dos serviços ofertados aos clientes como alternativacompetitiva, além da expansão física dos pontos-de-venda.6.11 ESTRATÉGIAS DAS GRANDES REDES SUPERMERCADISTAS E SEUSIMPACTOS NAS REDES DE PEQUENO E MÉDIO PORTEAs grandes redes varejistas desenvolvem estratégias para viabilizar a expansão dosnegócios. Para Senhoras (2003), a aquisição ou fusão representam processos vantajosos para oprocesso de expansão, pois estes aceleram o conhecimento do mercado e dos hábitos dosconsumidores da região. Em 2002, segundo Lukianocenko (2003), as aquisições seamenizaram, retratando maior acomodação por parte das grandes redes.
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