11.07.2015 Views

Revista n.° 31 - APPOA - Associação Psicanalítica de Porto Alegre

Revista n.° 31 - APPOA - Associação Psicanalítica de Porto Alegre

Revista n.° 31 - APPOA - Associação Psicanalítica de Porto Alegre

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A AGRESSIVIDADE NOS LIMITES...Seguimos, a partir <strong>de</strong>sse texto, a hipótese <strong>de</strong> que a agressivida<strong>de</strong> própria dalinguagem <strong>de</strong> Eros e do eu, mediante a qual se constituem as unida<strong>de</strong>s que setravam como opostos, apóia-se nessa reversibilida<strong>de</strong>. Trata-se, evi<strong>de</strong>ntemente,<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações que aguardam <strong>de</strong>senvolvimentos ulteriores. Elas nos interessamna medida em que colaboram para o estudo da agressivida<strong>de</strong> e para distinçãoque perseguimos entre linguagem e língua. Situando alguns princípios dalinguagem, portanto, esperamos encontrar os limites da agressivida<strong>de</strong> e dispensara conotação <strong>de</strong> virtu<strong>de</strong> com a qual já se procurou justificá-la na predaçãohumana.Enfim, esse conjunto <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações sobre a agressivida<strong>de</strong> leva a questõesdiversas, que igualmente carecem <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentos. Dentre elas situaríamosalgumas sobre o masoquismo, perguntando-nos: a essência do masoquismoestá na erótica da posição do objeto da agressão? Essa erótica tem aver com a encarnação da negativida<strong>de</strong> na linguagem ou com a experiência doslimites do eu? E, noutra direção, o que o flerte adolescente com a <strong>de</strong>linqüênciateria a ver com a latência pulsional ou com a suspensão da dialética do eu?Quanto à agressivida<strong>de</strong>, ainda em discussão, mantemos o questionamento:po<strong>de</strong>-se pensar uma agressivida<strong>de</strong> fora dos limites da linguagem? Até aqui somoslevados a pensar que não.REFERÊNCIAS:FREUD, S. Lo inconsciente (1915). In: ______. Obras completas. Buenos Aires:Amorrortu, 1994. v. 14.FREUD, S. Más allá <strong>de</strong>l principio <strong>de</strong> placer (1920). In: ______. Obras completas.Buenos Aires: Amorrortu, 1994. v. 18.FREUD, S. Pue<strong>de</strong>n los legos ejercer el análisis? Diálogos com um juez imparcial(1926). In: Obras completas. Buenos Aires: Amorrortu, 1994. v. 20.FREUD, S. La negación (1925). In: Obras completas. Buenos Aires: Amorrortu, 1994.v. 19.FREUD, S. El malestar em la cultura (1930). In: Obras completas. Buenos Aires:Amorrortu, 1994. v. 21.LACAN, J. A agressivida<strong>de</strong> em psicanálise (1948). In: Escritos. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge-Zahar, 1998.LACAN, J. O estádio do espelho como formador da função do eu (1949). In:______.Escritos. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge-Zahar, 1998.LACAN, J. Introdução teórica às funções da psicanálise em criminologia (1950). In:______. Escritos. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge-Zahar, 1998.LACAN, J. Seminário sobre “A carta roubada” (1955). In: ______. Escritos. Rio <strong>de</strong>Janeiro: Jorge-Zahar, 1998.Novo Aurélio. Dicionário Eletrônico, versão 3.0, Nova Fronteira.105

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!