Atrofia <strong>de</strong> íris após tratamento estético facial com luz intensa pulsada193Figura 1: Atrofia no setor temporal da íris do olho esquerdo, comsinéquias, irregularida<strong>de</strong> da borda e limitação da dilatação pupilar,na área correspon<strong>de</strong>nte à atrofiaFigura 2: Estroma superficial da íris do olho esquerdo, sem alteraçõesevi<strong>de</strong>ntes à biomicroscopiasão iriana em consequência <strong>de</strong> tratamento<strong>de</strong>rmatológico pelo IPL, sendo um <strong>de</strong>les unilateral (3) e ooutro bilateral. (1) No presente caso, como nos outros doisencontrados, houve lesão setorial da íris, com <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>pupilar e redução localizada da dilatação pupilar,por sinéquias e atrofia iriana, mais evi<strong>de</strong>nte no epitéliopigmentário, mas po<strong>de</strong>ndo também ter ocorrido lesãomuscular. Também, como nos outros casos relatados, nãoforam observadas outras alterações oculares, como cataratae glaucoma, que po<strong>de</strong>riam ter ocorrido, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndodo grau <strong>de</strong> queimadura e inflamação intraocular.No presente caso, a íris era clara, com forte tonalida<strong>de</strong>azul, e, portanto, com menos pigmento no estroma,fato que po<strong>de</strong> ter minimizado a lesão <strong>de</strong>ssa camada. Apaciente era acompanhada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1992, por um dos autoresdo presente relato (AFP), e antes da constataçãoda referida lesão, em abril <strong>de</strong> 2010, havia sido examinadaem abril <strong>de</strong> 2008. Nesse intervalo, além do episódiorelacionado com o citado tratamento, nega qualquer tipo<strong>de</strong> evento ocular, assim como alterações sistêmicas ouoculares, ou antece<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> qualquer natureza que pu<strong>de</strong>ssemjustificar a lesão iriana.A ocorrência <strong>de</strong> mais esse caso <strong>de</strong> complicaçãoocular pelo uso da IPL confirma a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> queesse tipo <strong>de</strong> tratamento seja realizado não apenas porpessoal treinado e habilitado (6) , mas consciente dos riscos.Para prevenção <strong>de</strong> complicações oculares, <strong>de</strong>vemser utilizados óculos opacos, bem ajustados e com proteçãolateral quando o tratamento com IPL for realizadona região do pescoço, face e couro cabeludo. Quando oprocedimento for realizado nas pálpebras, <strong>de</strong>vem serutilizadas lentes opacas esclerais, para completa proteçãodo globo ocular. (3) Javey et al. (3) recomendam queesses dispositivos <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong>vem ser feitos <strong>de</strong> açoinoxidável para que dispersem a energia do IPL.REFERÊNCIAS1. Pang AL, Wells K. Bilateral anterior uveitis after intensepulsed light therapy for pigmented eyelid lesions. DermatolSurg. 2008;34(9):1276-9.2. Uebelhoer NS, Dover JS. Photodynamic therapy for cosmeticapplications. Dermatol Ther. 2005;18(3):242-52.3. Javey G, Schwartz SG, Albini TA. Ocular complication of intensepulsed light therapy: iris photoablation. Dermatol Surg.2010;36(9):1466-8.4. Moreno-Arias GA, Castelo-Branco C, Ferrando J. Si<strong>de</strong>-effectsafter IPL photo<strong>de</strong>pilation. Dermatol Surg.2002;28(12):1131-4.5. Trelles MA, Allones I, Velez M. Non-ablative facial skinphotorejuvenation with an intense pulsed light system and adjunctiveepi<strong>de</strong>rmal care. Lasers Med Sci. 2003;18(2):104-11.6. Greve B, Raulin C. Professional errors caused by lasers andintense pulsed light technology in <strong>de</strong>rmatology and aestheticmedicine: preventive strategies and case studies. DermatolSurg. 2002;28(2):156-61.En<strong>de</strong>reço para Correspondência:Daniele Fioroti BorgesRua Affonso Claudio, nº 59 apto 1102 - Praia do CantoCEP 29055-570 Vitória - (ES), BrasilE-mail: danielefioroti@hotmail.comRev Bras Oftalmol. 2012; 71 (3): 191-3
194ARTIGO DE REVISÃOImportance of genetic polymorphismsin the response to age-related macular<strong>de</strong>generation treatmentImportância dos polimorfismos genéticos na respostaterapêutica da <strong>de</strong>generação macular relacionada à ida<strong>de</strong>Carlos Eduardo dos Reis Veloso 1 , Luciana Negrão Frota <strong>de</strong> Almeida 1 , Luiz Armando De Marco 2 , Raul NunesGalvarro Vianna 3 , Márcio Bittar Nehemy 4ABSTRACTAge-related macular <strong>de</strong>generation (AMD) is a <strong>de</strong>generative disor<strong>de</strong>r that affects the central retina and involvesthe Bruch’s membrane, the retinal pigment epithelium and the photoreceptors. Recent studies have shown thatpolymorphisms of the CFH, LOC387715 and VEGF genes are associated with AMD. Herein, we review the literatureto analyze the association between the main genetic polymorphisms and the response to the existing therapeuticmodalities. Patients with CFH high-risk alleles show a poorer response to preventive treatment of AMD withantioxidants and zinc. The association between genetic polymorphisms and response to photodynamic therapy andantiangiogenic drugs, however, is controversial until now.Keywords: Macular <strong>de</strong>generation/genetics; Antioxidants; Polymorphism, genetic; Treatment outcomeRESUMOA <strong>de</strong>generação macular relacionada à ida<strong>de</strong> (DMRI) é uma doença <strong>de</strong>generativa que afeta a retina central eenvolve a membrana <strong>de</strong> Bruch, o epitélio pigmentar da retina e os fotorreceptores. Estudos recentes têm mostradoque polimorfismos dos genes CFH, LOC387715 e VEGF estão associados com a DMRI. Neste trabalho, é feita umarevisão da literatura para análise da associação entre os principais polimorfismos genéticos e a resposta às diferentesmodalida<strong>de</strong>s terapêuticas existentes. Observa-se que os pacientes portadores dos alelos <strong>de</strong> risco do gene CFHapresentam uma pior resposta ao tratamento preventivo da DMRI com antioxidantes e zinco. Já a associação entreo polimorfismo genético e a resposta à terapia fotodinâmica e às drogas antiangiogênicas é, até o momento, controversa.Descritores: Degeneração macular/genética; Antioxidantes; Polimorfismo genético; Resultado <strong>de</strong> tratamento1Pós-graduando (Doutorado), Departamento <strong>de</strong> <strong>Oftalmologia</strong>, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais –UFMG – Belo Horizonte (MG), Brasil;2Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais (UFMG) – Belo Horizonte (MG), Brasil;3Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense (UFF) – Rio <strong>de</strong> Janeiro (RJ), Brasil;4Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais - UFMG – Belo Horizonte (MG), Brasil.Os autores <strong>de</strong>claram inexistir conflitos <strong>de</strong> interesseRecebido para publicação em 16/2/2011 - Aceito para publicação em 30/6/2011Rev Bras Oftalmol. 2012; 71 (3): 194-8
- Page 1 and 2: vol. 71 - nº 3 - Maio/Junho 2012RB
- Page 3 and 4: 144Revista Brasileira de Oftalmolog
- Page 5 and 6: 146173 Características e deficiên
- Page 7 and 8: 148Rezende F, Bisol RAR, Tiago Biso
- Page 9 and 10: 150Ventura BV, Ventura M, Lira W, V
- Page 11 and 12: 152Ventura BV, Ventura M, Lira W, V
- Page 13 and 14: 154Ventura BV, Ventura M, Lira W, V
- Page 15 and 16: 156Moura EM, Volpini M, Moura GAGIN
- Page 17 and 18: 158Moura EM, Volpini M, Moura GAGco
- Page 19 and 20: 160ARTIGO ORIGINALEficácia da comb
- Page 21 and 22: 162Almodin J, Buhler Junior C, Almo
- Page 23 and 24: 164ARTIGO ORIGINALHipermetropia ap
- Page 25 and 26: 166Ambrósio Jr R, Silva RS; Lopes
- Page 27 and 28: 168Ambrósio Jr R, Silva RS; Lopes
- Page 29 and 30: 170Ambrósio Jr R, Silva RS; Lopes
- Page 31 and 32: 172Ambrósio Jr R, Silva RS; Lopes
- Page 33 and 34: 174Ventura CVOC, Gomes MLS, Ventura
- Page 35 and 36: 176Ventura CVOC, Gomes MLS, Ventura
- Page 37 and 38: 178Ventura CVOC, Gomes MLS, Ventura
- Page 39 and 40: 180ARTIGO ORIGINALPeriocular basal
- Page 41 and 42: 182Macedo EMS, Carneiro RC, Carrico
- Page 43 and 44: 184RELATO DE CASODiplopia após inj
- Page 45 and 46: 186Rassi MMO, Santos LHBTABELA 1Per
- Page 47 and 48: 188RELATO DE CASOSíndrome de Down:
- Page 49 and 50: 190Lorena SHTachados de blefarite e
- Page 51: 192Passos AF, Borges DFINTRODUÇÃO
- Page 55 and 56: 196Veloso CER, Almeida LNF, De Marc
- Page 57 and 58: 198Veloso CER, Almeida LNF, De Marc
- Page 59 and 60: 200Schellini SA, Sousa RLFINTRODUÇ
- Page 61 and 62: 202Schellini SA, Sousa RLFduzidos m
- Page 63 and 64: 204Schellini SA, Sousa RLF18. Ferra
- Page 65 and 66: 206Instruções aos autoresA Revist
- Page 67: 208RevistaBrasileira deOftalmologia