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segredo-l-marie-adeline

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Vou mesmo? Ele claramente não me conhecia muito bem. Aideia de entrar em um helicóptero era ridícula, não importavam aspromessas que me aguardassem depois da viagem. A limusinechegou a um total de vinte pés de parada do heliponto. Aquilo nãoparecia nada bom. O motorista saiu e abriu a porta. Fiquei sentada,congelada em meu lugar, a palavra “não” emanando de cada poro demeu corpo.“Cassie, não há nada a temer”, o motorista gritou por cima dovento forte e do ruído da hélice ainda mais alto. “Por favor, sigaaquele jovem! Ele vai cuidar muito bem de você! Eu prometo!”Foi então que notei o piloto, que segurava seu quepe e corria emdireção à limusine. Ao se aproximar, ele penteou os cabelos douradosde sol com os dedos e colocou o quepe de volta na cabeça, dando-mea impressão de que raramente deixava de usá-lo. Ele mecumprimentou de modo simpático e desajeitado.“Cassie, eu sou o capitão Archer. Devo levá-la ao seu destino.Por favor, me acompanhe!” Ele deve ter percebido que eu estavahesitante. “Vai dar tudo certo.”Que escolha eu tinha? Acho que algumas, incluindo me mantercolada a meu assento e exigir que o motorista me levasse de voltapara casa. Em vez disso, enrolei meu lenço na cabeça e me lanceipara fora da limusine, antes que meu cérebro pudesse me convencera fazer o contrário. O capitão Archer segurou meu pulso com umagrande mão bronzeada, e corremos até o helicóptero, abaixando-nossob a hélice veloz.No helicóptero, aquela mesma mão passou por sobre meu colo,roçando minhas coxas enquanto ele me afivelava ao banco detrás. Está tudo bem, está tudo bem, está tudo bem, eu continuavarepetindo. Não há nada a temer. Senti a chicotada de alguns fios demeus cabelos batendo contra meu rosto e agradeci por ter trazidomeu lenço. Enquanto o capitão colocava cuidadosamente fonesgigantes em meus ouvidos, eu podia sentir o cheiro de chiclete dementa em seu hálito. Então, ele olhou para mim com olhos que eramde um cinza profundo e intenso.123

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