Piscina? Minha respiração parou quando me inclinei em tornoda proa e vi a piscina em formato oval, circundando o convés àfrente. Cadeiras brancas estavam alinhadas em ambos os lados, etoalhas listradas de vermelho e branco haviam sido cruzadascasualmente no encosto das cadeiras. Tudo isso era paramim? Acontecesse o que acontecesse, não importava, pensei, desdeque eu pudesse nadar em uma piscina, em um iate! Não pareciahaver empregados por perto. E, ainda que as águas estivessemcomeçando a se agitar, o barco era enorme, e eu me senti segura,mesmo com um pequeno helicóptero empoleirado no topo dele.Ocorreu-me que não havia roupa de banho entre os trajes fornecidos,mas o piloto, já a caminho da piscina, deixou cair peças de suaroupa antes de dobrar uma curva e desaparecer de vista.Esperei um instante e depois o segui. Não parecia haver maisninguém a bordo do barco; as janelas da ala onde fica o piloto eramde uma tonalidade tão escura que seria impossível ver a tripulação,se é que ela estava ali. Quando consegui alcançá-lo na piscina, opiloto estava submerso e, pelo modo como deixara para trás a pilhade roupas, estava nu.“Entre. Está quentinha.”“Você vai ter problemas por conta disso?”, perguntei, sentindoum pouco de timidez.“Não, a menos que você se queixe de eu estar aqui.”“Não vou fazer isso”, eu disse. “Mas... você se importaria em sevirar para o outro lado?”“Eu não me importo”, disse ele, voltando-se para o outro lado.Ele era bronzeado, embora eu pudesse ver abaixo da superfície daágua que sua bunda era de um branco reluzente. Hesitei por ummomento, e então me livrei dos últimos resquícios de medo. Eu eraresponsável por essa fantasia, ao que parece, e ninguém estava meimpedindo de nada. Tirei a roupa e coloquei tudo cuidadosamentesobre uma cadeira de praia. Deslizei para dentro da água, queparecia ainda mais quente, porque não havia sequer um leve ventofrio no ar, o tipo de frio que as tempestades trazem. O sol aindabrilhava quente, mas nuvens escuras assombravam o horizonte, euma sensação de eletricidade pairava na atmosfera.126
“Tudo bem, você pode se virar agora”, eu disse, mantendo osbraços sobre os seios, que estavam embaixo da água. Por que eu mesentia tão tímida? Percebi que ele não me pedira para aceitar oPasso, coisa que havia se tornado quase pavloviana para mim.Depois de murmurar aquelas palavras, entrei em uma espécie detranse que permitiu que eu me deixasse levar por uma fantasia.Dessa vez, eu era a única que impulsionava as coisas com umhomem que não parecia predeterminado para mim, embora devesseser. Eu nunca tivera uma queda por louros, mas ele era tãomasculino, seus braços lançavam-se em minha direção, me puxavampara ele através da resistência da água.“A sensação de sua pele na água é incrível”, disse ele, passandoas mãos pelas minhas costas, levantando-me no colo. Senti que eleestava duro. Inclinou-se para levar audaciosamente um de meusmamilos à boca, e sua mão apertava minha bunda nua. Nossoscorpos espirravam água um contra o outro, enquanto a piscinaondulava cada vez mais com nossos movimentos. Pelo menos eraisso que eu imaginava estar provocando as ondas. Voltei a abrir osolhos em direção ao céu, e, dessa vez, ele lançou um brilho muitodiferente, mais malévolo. O sol estava encoberto por nuvens escuras,do tipo que fizeram o capitão Archer parar de mordiscar meu ombro.“Ai, meu Deus, é um céu muito, muito ruim”, disse ele,colocando-se em pé, me derrubando de seu colo. “Eu tenho que tiraraquele helicóptero do barco, ou ele vai cair no golfo. Você, minhaquerida, vá para debaixo do convés e não se mova até que alguémvenha buscá-la, está me ouvindo? Isso realmente não estava nosplanos. Sinto muito por isso. Vou pedir ajuda pelo rádio.”Em um segundo, ele estava fora da piscina. Não houve tempopara vaidades. Ele me estendeu uma toalha, que me engoliu porinteira, e colocou as roupas em minha mão. O vento soprava emfrenesi, quase nos levando para o lado. Ele me agarrou e mepressionou contra a parede da proa, arrancando um colete salvavidasde um gancho que estava acima de mim.“Vá para baixo, vista-se e coloque este colete!”“Não posso ir com você?”, perguntei, o medo voltando a seacumular em meu estômago. Apertei a toalha sob o queixo ecaminhei atrás dele, pingando por todo o caminho até o heliponto.127
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Eu quero ficar com alguém famoso.
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Fiz isso e comecei a relaxar com a
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“Cassie, eu amo o seu gosto.”S
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como antes de ele chegar, exceto po
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precisava enfrentar qualquer coisa.
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Meu coração batia mais rápido en
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“Estou bem”, disse. A bateria e
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Minha cabeça girava. Como aquilo p
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“Você está dizendo adeus a nós