13.07.2015 Views

segredo-l-marie-adeline

segredo-l-marie-adeline

segredo-l-marie-adeline

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

seriam completamente inconcebíveis um ano antes. Não era só sexocom estranhos, mas me oferecer como voluntária no Baile, começar acorrer, me vestir de modo um pouco mais sensual, ser maisextrovertida com as pessoas, ser capaz de defender meus pontos devista e vir até aqui, sozinha, com pouca ideia de como sedesdobrariam meus quatro dias de férias. Eu nunca teria feito essascoisas antes de aceitar o presente do S.E.G.R.E.D.O.Quando aquele jovem com esquis sobre o ombro se aproximoude mim na praça, em vez de recuar depois do avanço, ou desconfiardele, tentei aceitar que aquilo era possível, que eu poderia ser dignadas atenções daquele homem. Uma hora mais tarde, literalmente notopo do mundo, comecei a me sentir transformada. No entanto, aindahavia uma parte de mim que duvidava da espontaneidade. Parte demim esperava que atingíssemos uma crista e compartilhássemos umdemorado olhar, e então Theo me perguntaria se eu aceitava o Passo.“Maravilha”, murmurou Theo, parando ao meu lado,observando o que eu admirava.“Eu sei. E acho que jamais vi uma coisa tão espetacular emtoda a minha vida.”“Eu quis dizer você”, disse ele, e vislumbrei seu sorriso casual,antes que ele desse um impulso, saltando sobre a borda da bacia.Não pude deixar de segui-lo, e por alguns segundos terríveis memantive suspensa no ar. Depois de um pouso vacilante, eu meacertei e deslizei pelo sulco que Theo havia esculpido na minhafrente. Ele ia habilmente tecendo curvas através de clareiras,olhando para trás de vez em quando, para ter certeza de que eu oacompanhava. Depois de uma curva difícil para a direita numcaminho sem marcação, logo nos juntamos a um grupo deesquiadores que apostavam corrida contra o anoitecer até a cidadeacolhedora, que agora cintilava em amarelo e rosa sob o sol poente.Na base, esquiamos até que um encontrasse o outro, e elelevantou a mão para bater a palma contra a minha.“Garota corajosa!”, disse.“Que coragem foi essa?”, perguntei, enquanto nossas mãosenluvadas faziam contato. Senti meu rosto enrubescer, e tive certavertigem por causa da rápida descida.181

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!