13.07.2015 Views

segredo-l-marie-adeline

segredo-l-marie-adeline

segredo-l-marie-adeline

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Constatei que Anna abrira a caixa, mas não o cartão colado noexterior, graças a Deus!“É um presente, Anna”, eu disse, tentando esconder minhaangústia em relação a sua bisbilhotice. Aquilo não tinha sido umacidente. Ela estava cada vez mais curiosa sobre minhas idas evindas; a presença da limusine era um motivo de preocupação cadavez que parava ali para me buscar. Ao lado do casaco e dos sapatoshavia ainda uma pequena bolsinha de veludo preto amarrada comuma cordinha. Anna a notou ao mesmo tempo que eu.“O que tem aí dentro?”, perguntou ela, apontando.“Luvas”, eu disse. Inventei uma mentira sobre um sujeitoousado que eu conhecera no trabalho e com quem saíra umas duasvezes e que estava tentando me conquistar. Acrescentei, ainda, umfalso protesto: “Eu gostaria que ele parasse de me comprar essascoisas. É muito cedo”.“Bobagem!”, disse ela. “Pegue tudo enquanto puder.”De volta aos limites seguros de meu próprio apartamento, abri ocartão anexado à caixa. Sétimo Passo: Curiosidade. Que conveniente,pensei. Anna teria passado por este com mérito. Em seguida, abri abolsinha de veludo. Se ela tivesse visto o que havia dentro, poderiater desmaiado.No dia seguinte, logo após o pôr do sol, a limusine parou nacalçada em forma de U e me deixou bem em frente à Mansão. Naúltima vez em que estivera ali, a limusine estacionara na entradalateral. Agora, o carro parou em frente à entrada principal. Eu tinhame habituado a esperar que o motorista abrisse a porta da limusine,algo que uma garota de Michigan nunca poderia ter imaginado, enovamente ele o fez. Pisei sobre os paralelepípedos com aquelessaltos, que eram, para minha surpresa, bastante confortáveis. Talvezporque tivessem custado uma pequena fortuna. Ao olhar para a casanaquela noite, percebi que cada quarto parecia estar em chamas,com aquele mesmo brilho ocre, como se estivessem esperando pormim antes que pudessem ganhar vida novamente. Um frio árticobeliscou meus tornozelos nus, e eu estava feliz por usar o casacocomprido, que cobria tudo.165

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!