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segredo-l-marie-adeline

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“Volto logo com o seu chá verde”, eu disse. “O cardápio está alina parede.”“Obrigada, Cassie”, disse ela enquanto eu me afastava.Senti como se meu estômago tivesse sido perfurado. Ela sabiameu nome. Como ela sabia meu nome? Eu assinava minhas contas.E Pauline era uma freguesa regular. Era isso. Com certeza.Não houve complicações no restante do meu turno. Matildatomou um gole de chá, olhando pela janela. Ela pediu um sanduíchede salada de ovos, e picles separadamente, metade dos quais comeu.Não trocamos mais palavras além das brincadeiras comuns degarçonete servindo cliente. Entreguei-lhe a conta, e ela deixou umaboa gorjeta.Foi por isso que fiquei chocada quando vi Matilda aparecer, nodia seguinte, depois do horário de pico do almoço, dessa vez sozinha.Ela acenou para mim e apontou para uma mesa. Balancei a cabeça,percebendo que minhas mãos tremiam um pouco quando caminheiaté ela. Por que eu estava tão nervosa? Ainda que ela soubesse queeu mentira, o que havia de tão ruim no que eu tinha feito? Comopoderia qualquer pessoa normal resistir à leitura de um caderninhocom conteúdo tão atraente? Além disso, era Pauline quem poderiasentir-se traída, com sua privacidade violada, não essa mulher.“Olá, Cassie”, disse ela, oferecendo um sorriso genuíno.Dessa vez notei seu rosto. Ela tinha olhos brilhantes earregalados, castanho-escuros, e uma pele impecável. Usava poucamaquiagem, o que causava um efeito adicional de tornar suaaparência mais jovem do que provavelmente ela era; agora eususpeitava que estivesse mais perto dos sessenta do que doscinquenta. Matilda tinha um rosto em formato de coração, queterminava em um ponto agudo no queixo, e ela era, francamente, deuma beleza extraordinária, à maneira como as mulheres comcaracterísticas incomuns às vezes conseguem ser. Estava de pretodos pés à cabeça — calça preta bem justa, que delineava um corpobastante em forma, e um top de malha preto que dançava em tornodela de modo atraente. E aquela pulseira de ouro, agora brilhandocontra a manga preta de seu top.“Olá de novo”, eu disse, deslizando um cardápio sobre a mesa.29

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