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segredo-l-marie-adeline

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O prazer veio até a superfície, tirando meu eu do caminho, paraque somente o prazer pudesse assumir. “Meu bem, você vai me fazergozar.” As palavras escaparam da minha boca.Ele empurrou o pênis para dentro, atingindo aquele pontodentro de mim, até que eu não tivesse outra escolha senão meabandonar. Foi como uma onda, por dentro e por fora. Eu o monteicom força e, no momento em que o senti tenso, soltei um gemidobaixo e profundo. Eu não me importava mais com a queda, com operigo, com o lugar onde eu estava, com o que acontecia lá fora nomar. Só me importava com o que estava acontecendo ali naquelacama, naquele barco, com aquele deus grego que me arrancou daágua e sobre quem eu estava sentada de pernas abertas, em umacama alta e macia.Momentos depois, caí sobre seu peito. Senti-o recuar, até queele gentilmente saiu de mim. E ali estava ele, preguiçosamenteacariciando minhas costas, correndo os dedos por meus cabelosúmidos e resmungando de vez em quando “Incrível!”.Naquela noite, deitada em minha cama, com meu diário no coloe Dixie no travesseiro a meu lado, eu ainda sentia alguma vertigemdo barco. O Hotel das Solteironas parecia balançar suavemente deum lado para o outro.Tentei colocar em palavras por que aquela aventura no marhavia sido tão transformadora. Teria sido o passeio emocionante atéo iate, o fato de ter sobrevivido à queda no mar ou o sexo no barco deresgate com um homem que fizera tudo tão lindamente? Teria sido irao convés com ele para saborear chocolate quente e assistir ao pôrdo sol, tão vívido depois da tempestade? Teria sido quando eledepositou o talismã do Quinto Passo em minha mão,com Destemor gravado na parte de trás? Sim, eram todos essesmomentos e muito mais. Lembrei-me de Matilda me dizendo que omedo não pode ser liberado sem nossa permissão. Como nós mesmoso geramos, apenas nós podemos abandoná-lo. E foi exatamente issoo que eu havia feito. Havia medo. Eu senti medo. E o deixei irembora.136

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