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156Criança Esperança: 30 anos, 30 históriasEnquanto passam o dia cruzando as plantações de milho em tratores,os filhos de muitas dessas trabalhadoras têm aulas de artesanato,culinária, jogam futebol, tocam na orquestra, fazem aulas de dançaou atividades na piscina. No cardápio, há quatro refeições por dia,atendimento médico e odontológico, e um kit de higiene pessoal emque não falta sequer condicionador de cabelo para as meninas.Há 30 anos, a comunidade de Trajanópolis se uniu em torno de umprojeto bastante ambicioso: oferecer às crianças e adolescentes umaeducação capaz de quebrar o ciclo de exclusão das famílias. “Oferecemosoportunidades”, resume Rodrigo dos Santos Simões, presidenteda Ação Social Comunitária (AFMA), que atende, nesta unidade, criançasa partir dos 2 anos de idade. O sonho de desafiar a realidade se fazpresente desde a porta de entrada da instituição: todo o terreno éverde, em contraste com a paisagem ao redor. O conjunto de casas, ondefunciona a creche e as outras atividades, é circundado por flores. E omais evidente: é um projeto levado adiante por muitas mãos, muitasdelas calejadas pela lida no campo.“Cheguei aqui há 30 anos, com o meu marido, para trabalhar comocaseira, mas resolvi caminhar junto com a AFMA. Estudei pedagogiana Universidade Estadual de Goiás (UEG), fiz pós-graduação emeducação infantil e em psicopedagogia. Criei aqui meus três filhos, quehoje estão na universidade”, diz Marta Alves Cassiano, a coordenadorapedagógica do Projeto. O marido, Ademar Martins, é responsávelpela parte administrativa – ele cuida das plantações, do curral, ajudaos idosos da comunidade a obter a aposentadoria. Resolve o queaparecer, enfim. A AFMA nasceu da iniciativa da irmã Maria de Limada Silva, que tinha forte relação com a comunidade, e foi abraçadapelas famílias. Maria de Lima dedicou sua vida à Igreja evangélica etambém às obras sociais que cuidava com grande dedicação. O tio deAdemar, por exemplo, doou o terreno inicial.Essa corrente de adesões foi se fortalecendo com o tempo. Desse círculovirtuoso, emergiram histórias como as de Maria Lúcia de Oliveira, queentrou na AFMA para cuidar da limpeza. Motivada, foi estudar pedagogia.Como ela, há outras. Não por acaso, a palavra afma, em árabelibanês, significa “lugar de portas abertas”.

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