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192Criança Esperança: 30 anos, 30 histórias“Sempre fui apaixonada por esportes, mas, ao praticá-los, sofria muitaslesões. Há cinco anos, tive o diagnóstico de uma síndrome dotecido conjuntivo, a síndrome de Ehlers-Danlos. Só então fui entendero porquê das lesões tão frequentes. Acabei tendo que operar os pés,e me afastar das quadras e das aulas de educação física.Em função da minha própria trajetória, comecei a perceber que seriabom associar o esporte à fisioterapia. Levar alegria ao tratamento depessoas com deficiências, em um ambiente que não fosse monótono.Hoje, realizo esse sonho na Escola Paralímpica Gaúcha. O trabalhocom pessoas que têm algum tipo de deficiência é apaixonante.A Associação RS Paradesporto foi criada em 2005, por Luiz Portinho,hoje meu marido, para garantir, por meio de uma figura jurídica, aparticipação de jogadores adultos nos torneios oficiais de basqueteem cadeira de rodas. Quando fui convidada para integrar a diretoria,em 2010, já trabalhava como voluntária no basquete adulto e noProjeto Piá Basqueteiro, dando aulas para crianças e jovens em cadeirade rodas. Esse projeto foi reformulado e passou a se chamar EscolaParalímpica Gaúcha.Com o apoio do Criança Esperança, foi possível formalizar a Escola,contratando profissionais como fisioterapeuta, assistente social,psicopedagoga, professor de educação física, estagiário e técnica deenfermagem. Compramos 30 cadeiras de rodas apropriadas paracrianças e alugamos duas vans para o transporte. Hoje, eu coordenoseis projetos que atuam de forma integrada.Na área de educação para os direitos, o trabalho tem início no momentoem que os nossos alunos vão para a rua, pegam ônibus e entram nafila prioritária, até a defesa dos seus direitos por meio do nosso corpojurídico. Temos uma demanda de cerca de 50 ações judiciais por diae priorizamos os casos mais graves de violações.A evolução dos direitos da criança e do adolescente com deficiênciaé muito lenta, fruto de muitas batalhas no Ministério Público. Graças

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