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190Criança Esperança: 30 anos, 30 históriasEssa associação é a RS Paradesporto.“Seguimos o caminho inverso do assistencialismo, que explora o queeu chamo de ‘imagem triste da deficiência’”, diz Cíntia Florit Moura,que desde 2000 coordena os projetos e organiza a parte administrativa.Ela é, essencialmente, a alma da ONG.Localizada em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a AssociaçãoRS Paradesporto mantém a Escola Paralímpica, que ofereceaulas de informática, esportes, natação e dança. A ideia é estimulara autonomia de crianças e jovens com deficiências físicas, para quepossam se locomover com independência, lutar por seus direitos e seinserir no mercado de trabalho. É a única instituição no Rio Grande doSul – e uma das poucas no país – que alia atividades de formação àluta pelos direitos de pessoas com deficiências.À medida que os atletas da RS Paradesporto conquistam medalhas,aumenta a visibilidade do tema e, assim, a Associação prosseguea divulgação de sua bandeira, no Brasil e no mundo. Atletas comoAltemir Luis de Oliveira, recordista brasileiro de atletismo em cadeirade rodas, Aser Mateus de Almeida Ramos, vice-campeão brasileiro desalto em distância, e Giácomo Braga, atleta de basquete em cadeirade rodas e campeão pan-americano da seleção oficial, são partedessa missão.O desafio é grande. Cíntia relata ter sido procurada por algumas empresasque tinham apenas o objetivo de preencher as cotas trabalhistaspara deficientes exigidas por lei. “Já ouvi que ninguém precisariair trabalhar, só dar o nome. A nossa luta é mudar esse paradigma”,afirma.Muitas vezes, essa mudança exige a revisão das relações familiares,para que os pais deixem os filhos mais independentes e estes consigam,assim, desenvolver seu potencial. “Ajudamos a cortar o cordãoumbilical entre as famílias e as crianças e adolescentes com deficiência.A superproteção, muitas vezes, é um empecilho para que elesse tornem autônomos”, diz Cíntia. No início do atendimento, muitas

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