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Há mais de 30 anos ativando a esperança 183Meninas vendendo balas e sendo exploradas sexualmente nas esquinas e nos mercadosfazem parte da paisagem de Belém. Do mesmo modo, a atuação incessantedo Emaús está sempre presente. Localizado em um dos bairros mais pobres e violentosda capital, o Benguí, e cercado por esgoto a céu aberto, o Movimento atuaem três frentes: a socialização, que tem como foco a educação para a cidadania;a profissionalização, que objetiva a inserção no mercado de trabalho; e a linha dedefesa e garantia de direitos, representada pelo trabalho do Centro de Defesa daCriança e do Adolescente (Cedeca-Emaús).“Concentramos as atividades no Benguí, um bairro de periferia, muito pobre, parafazer um trabalho preventivo com crianças e adolescentes. O tráfico de drogas e amarginalidade não podem ser as únicas alternativas na vida dessa população”, dizo padre.Em 2007, o país assistiu à prisão de uma adolescente de 15 anos, detida por furtoe encarcerada durante 26 dias na mesma cela com 20 homens, na cidade deAbaetetuba, a 100 quilômetros da capital. Franzina, media 1,50 metro e pesava 38quilos no momento da prisão por determinação judicial. Foi estuprada e torturadaaté o caso virar notícia nacional, e ela entrar para o programa de proteção a criançase adolescentes ameaçados de morte. Foi necessário um processo de intervençãoarticulado para que a vítima não fosse transformada em algoz pelas autoridades,como apontavam os debates iniciais. O Cedeca-Emaús atuou como assistente deacusação.O embrião do Emaús surgiu em 1970, com a inquietação do padre italiano,recém-chegado a Belém, e de um grupo de jovens diante da situação de meninosque vendiam sacolas, jornais, frutas e outros produtos no Mercado Ver-o-Peso, umdos cartões postais da cidade.Esses pequenos vendedores fizeram parte de uma geração que não frequentou aescola e era perseguida pela polícia, como se o fato de serem ambulantes os tornassemarginais. A situação despertou a atenção de um grupo que se mobilizou paracriar, no centro da cidade, justamente próximo aos pontos de venda, um restauranteconhecido como República do Pequeno Vendedor. No local, esse grupo organizouos meninos em cooperativas.

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