O efeito da rupturamuscular em atletasMarta Rodrigues, ColunistaDesporto&<strong>Esport</strong>Contato@desportoeesport.comOs avanços na medicina fariam prever que as lesões no desportoacontecessem mais espaçadas no tempo; no entanto, tem-se verificadoo oposto, as lesões são cada vez mais frequentes, mais gravese inclusive podem ser prognosticadas com uma precisão matemática.E, isto acontece, pelo aumento significativo da performance e doesforço constante dos atletas, em competições cada vez mais exigentesque levam o corpo dos atletas para bem próximo dos limites docorpo humano.As lesões são inevitáveis. Tem-se ainda, que a ciência tem conseguidoampliar o número de anos dos profissionais, o que por sua vez,é um fator a acrescentar à ao atual crescimento exponencial de lesõesdesportivas.O QUÊ É? SINTOMAS?PORQUE É TÃOINCAPACITANTE?COMO TRATAR?Estatisticamente, no futebol, verificou-se que em desportos deequipa, a grande maioria das lesões ocorre em contacto com outrosatletas – 73%, enquanto apenas 27% das lesões acontece na ausênciade contacto. Em alguns estudos, estes números diferem ligeiramente,para este texto usamos os valores presentes de J. Ekstrand “The riskand injury distibution”.Uma das mais frequentes lesões é a rotura muscular; consequência deação de esforço continuado, ultrapassando os limites da resistênciaelástica, das fibras musculares.As rupturas localizam-se com maior frequência nas pernas (gémeos),coxas (quadrícipede, isquio-tibiais, adutores), nos braços (bícipede,tricípede) e nas costas (rombóides, serrado anterior, por exemplo).92 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
A lesão pode ocorrer tanto no arranque de movimento, como a noarranque na corrida, mudança brusca de velocidade, ou por exemplono futebol, pelo remate; ou por interrupção de movimento. Apesar daspequenas roturas musculares poderem ser ignoradas e não alterarem emnada, ruturas mais graves pode causar imensa dor e ser totalmente incapacitantespara a pratica do desporto.Os sintomas são descritos normalmente, como uma picadela no músculoou um estalo, e também é uma dor localizada; Associado a este tipode lesão, podemos encontrar um derrame e um aumento significativodo músculo afectado, é possível que se sinta muita dor ao toque, e aomovimento ou qualquer contração do músculo, se o caso for rotura totalo músculo perde toda a sua função.Grau I - é o estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares(lesão em menos de 5% do músculo). A dor é localizada em um pontoespecífico, surge durante a contração muscular contra resistência e podedesaparecer no repouso. O edema pode estar presente, mas, geralmente,não é notado no exame físico. Ocorrem danos mínimos, a hemorragia épequena, a resolução é rápida e a limitação funcional é leve. Apresentabom prognóstico e a restauração das fibras é relativamente rápida.Grau II - O número de fibras lesionadas e a gravidade da lesão são maiores(a lesão atinge entre 5% e 50% do músculo). São encontrados os mesmosachados da lesão de primeiro grau, porém com maior intensidade.Acompanha-se de: dor, moderada hemorragia, processo inflamatóriolocal mais exuberante e diminuição maior da função. O tratamento doproblema é mais lento.Grau III - Esta lesão geralmente ocorre desencadeando uma rupturacompleta do músculo ou de grande parte dele (lesão atinge mais de 50%do músculo), resultando em uma grave perda da função com a presençade um defeito palpável. A dor pode variar de moderada a muito intensa,provocada pela contração muscular passiva. O edema e a hemorragiasão grandes. Dependendo da localização do músculo lesionado emrelação à pele adjacente, o edema, a equimose e o hematoma podemser visíveis, localizando-se geralmente em uma posição distal à lesãodevido à força da gravidade que desloca o volume de sangue produzidoem decorrência da lesão. O defeito muscular pode ser palpável e visível .O diagnóstico deve abranger uma história e exames clínicos adequados,baseados em queixas de dores localizadas, dores à contração isométricae à palpação. O exame da ultra-sonografia complementa o diagnóstico.O médico sempre deve observar o condicionamento físico do atleta,se sofreu a lesão no início ou no final da competição, como foi feito oaquecimento, condições climáticas e o estado de equilíbrio emocional,se o atleta lesionado foi muito exigido na competição.A primeira coisa a fazer quando se está perante estes sintomas de roturamuscular, é passar imediatamente gelo no músculo, o gelo provocaa contracção dos vasos sanguíneos fazendo com que o derrame e oinchaço diminua, colocar gelo dentro de um saco plástico e coloque osaco dentro de uma toalha. Não se deve colocar o gelo directamente napele, colocar gelo apenas durante 15 minutos e com intervalos de 1 hora,não exagerar se não podem apanhar queimaduras graves devido ao frio.Se possível tomar um anti-inflamatório, o repouso do músculo é fundamentalpara uma melhor evolução da lesão, e para a diminuição doinchaço, se os sintomas persistirem, fazer examesDesporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 93
- Page 1 and 2:
Revista Digital de Estratégia e Ge
- Page 3 and 4:
64Ciclismo - Froome, Volta a Franç
- Page 5 and 6:
EDITORIALUma vez mais o debate est
- Page 7 and 8:
Quando a pressão do jogo aumenta,
- Page 9 and 10:
TÉNISComeçamos com o desporto imp
- Page 11 and 12:
Desporto&Esport • www.desportoees
- Page 13 and 14:
DÊ-NOSUM LIKEDesporto&Esport • w
- Page 15 and 16:
Conheça os resultadods de um dos m
- Page 17 and 18:
A f1 beneficia por ter carrosprepar
- Page 19 and 20:
PUBLICITECOM AS NOSSAS REVISTASUSE
- Page 21 and 22:
Desporto&EsportO melhor de sempre?L
- Page 23 and 24:
Desporto&Esport • www.desportoees
- Page 25 and 26:
O médico de Messi, relembra como u
- Page 27 and 28:
Desporto&Esport • www.desportoees
- Page 29 and 30:
etc… acentuam fortemente a carga
- Page 31 and 32:
esforços, a velocidade do jogo - s
- Page 33 and 34:
Messi vs. MitosMaradona e PeléOpta
- Page 35 and 36:
Treino MentalPrimeiro aprenda como
- Page 37 and 38:
Coloque estas perguntas a si própr
- Page 39 and 40:
Luís da Cunha Massuça , professor
- Page 41 and 42: Para finalizar, importa destacar qu
- Page 43 and 44: Desporto&Esport • www.desportoees
- Page 45 and 46: No final do século XIX, já haviam
- Page 47 and 48: As motivaçõesdo apoio dos adeptos
- Page 49 and 50: Filiação do grupo.Assistir e part
- Page 51 and 52: O PERFILMUSCULAR DOSOMBROSem atleta
- Page 53 and 54: Publique conoscoAs páginas das nos
- Page 55 and 56: Desporto&Esport • www.desportoees
- Page 57 and 58: A ciência mostra:NOS PENÁLTIS OS
- Page 59 and 60: MBIADesporto&Esport • www.desport
- Page 61 and 62: Fredy Montero, jogador do sporting,
- Page 63 and 64: A aposta em jogadorescolombianos re
- Page 65 and 66: eO melhorciclista daatualidadeganho
- Page 67 and 68: doenças que sofreu poderia ter sid
- Page 69 and 70: Valverde conseguiufinalmente um lug
- Page 71 and 72: Atécnica de pedalada no ciclismo t
- Page 73 and 74: A economiade movimentonociclismo es
- Page 75 and 76: Desporto&Esport • www.desportoees
- Page 77 and 78: Leite materno - Uma moda comganhos
- Page 79 and 80: Categoria B: Os suplementos deste g
- Page 81 and 82: Bom Senso FC e a luta pormudanças
- Page 83 and 84: Desporto&EsportWWW. DESPORTOEESPORT
- Page 85 and 86: A ATIVIDADE CEREBRAL DENEYMAR AODRI
- Page 87 and 88: Está na moda,faz bem à saúde mas
- Page 89 and 90: As Curiosidades no desporto profiss
- Page 91: Antes de mais, o invernoé a estaç
- Page 95 and 96: LONAO MaiorclubedefuteboldoséculoX
- Page 97 and 98: Na sua trajetória rumo ao topo da
- Page 99 and 100: JULES BIANCHIFUTEBOL PORTUGUÊS NAS