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as marcas no divã

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<strong>no</strong> planeta. Mídi<strong>as</strong> globais e canais de distribuição globais estão à disposição<br />

de quem gerencia o trânsito e a evolução d<strong>as</strong> marc<strong>as</strong> e produtos<br />

em <strong>no</strong>vos mercados.<br />

• Quando você vir um garoto com boné ao contrário, camiseta<br />

com inscrição em inglês e tênis Nike, por exemplo, duvido que saiba<br />

de que país ele é. Ao lado do p<strong>as</strong>saporte de seu país, ele carrega outro:<br />

um “p<strong>as</strong>saporte” que lhe dá acesso à comunidade internacional de que<br />

ele também faz parte. Ou seja, há cada vez mais segmentos de pesso<strong>as</strong><br />

com habilidades e valores globais, sem que se anule sua personalidade<br />

nacional. Isso vale não apen<strong>as</strong> para a garotada, m<strong>as</strong> também para<br />

outros grupos sociais. Quer dizer: pesso<strong>as</strong> com perfil e valores globais<br />

são naturais consumidores globais. Pensamos até o inverso: <strong>as</strong> marc<strong>as</strong><br />

globais só se desenvolvem porque n<strong>as</strong>ceram consumidores globais.<br />

• Por mais que possamos negar, nós e vários outros povos de países<br />

em desenvolvimento, somos “malinchist<strong>as</strong>”. O “malinchismo” é a<br />

ingênua, m<strong>as</strong> poderosa, síndrome da paixão pelo que vem do Primeiro<br />

Mundo. Como explicado <strong>no</strong> capítulo 1, Malinche, uma d<strong>as</strong> amantes<br />

de Hernán Cortés, amava o que ele trazia da Espanha para ela. É incalculável<br />

quantos pontos de share o “malinchismo” já ajudou <strong>as</strong> marc<strong>as</strong><br />

globais a conquistarem!<br />

Bem, ess<strong>as</strong> são razões muito fortes para o avanço d<strong>as</strong> marc<strong>as</strong> globais.<br />

No entanto, temos observado que muitos executivos de multinacionais,<br />

que administram fortes marc<strong>as</strong> regionais, estão vivendo o<br />

seguinte drama:<br />

“Faz mesmo sentido esse processo de globalização d<strong>as</strong> marc<strong>as</strong>, <strong>no</strong> meu<br />

c<strong>as</strong>o? Será que na busca desses benefícios – como <strong>as</strong> tais eco<strong>no</strong>mi<strong>as</strong> de<br />

escala – não estou matando <strong>no</strong>ssa fonte de receit<strong>as</strong> <strong>no</strong> Br<strong>as</strong>il? Isso não<br />

é loucura?”<br />

A pergunta é boa. E <strong>no</strong>s tem sido feita de forma cada vez mais frequente.<br />

Por isso, propusemos quatro situações sobre <strong>as</strong> quais, mesmo sem<br />

contrariar o movimento globalizante, vale a pena pensar com mais<br />

calma, antes de eliminar uma determinada marca local.<br />

Situação 1<br />

Mercados que valorizam mais a “tradição” e exibem pouc<strong>as</strong> mudanç<strong>as</strong><br />

de produto ao longo do tempo (e, portanto, não são percebidos como<br />

de alta i<strong>no</strong>vação).<br />

Há mercados de alta i<strong>no</strong>vação, como eletrônicos e moda, que se beneficiam<br />

muito do “espírito global”. Por outro lado, se a empresa atuar em<br />

mercados muito tradicionais, talvez valha a pena manter a marca local.<br />

Por exemplo, <strong>as</strong> marc<strong>as</strong> de café br<strong>as</strong>ileir<strong>as</strong> que foram incorporad<strong>as</strong> a<br />

empres<strong>as</strong> internacionais foram, sabiamente, mantid<strong>as</strong>. E mais: será que<br />

alguém teria peito para matar <strong>as</strong> marc<strong>as</strong> Ar<strong>no</strong> ou ou Guaraná Antártica,<br />

ou Itaú, ou Vitarella <strong>no</strong> Nordeste, ou Panvel <strong>no</strong> Sul e substituí-l<strong>as</strong><br />

por players globais? Parece que há alguns traços de caráter que <strong>no</strong>s<br />

aproximam e <strong>no</strong>s mantêm muito mais próximos de marc<strong>as</strong> que conhecemos<br />

desde crianç<strong>as</strong>.<br />

Situação 2<br />

Mercados em que o ciclo de recompra é longo. Imagine como é difícil<br />

conduzir processos de ph<strong>as</strong>e-out em cenários como esse. Com determinada<br />

marca de tint<strong>as</strong>, por exemplo: é só pensar de quanto em quanto<br />

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