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as marcas no divã

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filho não tem nada a ver com o outro, e mesmo que <strong>no</strong>s esforcemos,<br />

não conseguimos ver uma conexão sequer. É o que definimos<br />

como uso do poder. Por que este <strong>no</strong>me? Porque são <strong>as</strong> marc<strong>as</strong><br />

que acreditam que apen<strong>as</strong> o seu <strong>no</strong>me irá garantir o sucesso dos<br />

herdeiros. O melhor <strong>no</strong>me talvez fosse abuso do poder ou excesso<br />

de vaidade corporativa.<br />

O ranking revela o quanto cada um dos oito princípios tem sido<br />

utilizado <strong>no</strong> Br<strong>as</strong>il.<br />

1º 45% aplicação de expertise<br />

2º 21% uso do poder<br />

3º 20% preservação do ingrediente<br />

4º 19% transferência de personalidade<br />

5º 15% concentração <strong>no</strong> target<br />

6º 6% complementação de uso<br />

7º 3% conservação da forma<br />

8º 6% mudança de apresentação<br />

As extensões não necessariamente resultam apen<strong>as</strong> de um dos<br />

princípios de extensões. De forma planejada ou não, há vários c<strong>as</strong>os<br />

em que mais de um princípio é adotado <strong>no</strong>s pla<strong>no</strong>s de extensão de<br />

marc<strong>as</strong>. Em média, observamos que dois princípios são usados para<br />

promover uma extensão. No c<strong>as</strong>o da extensão da marca Bauducco,<br />

que iniciou todo seu processo de extensão a partir do panetone, pelo<br />

me<strong>no</strong>s três princípios se combinaram: a expertise em produtos de<br />

for<strong>no</strong>, a personalidade da marca (fortemente <strong>as</strong>sociada a momentos<br />

de confraternização) e também o ingrediente farinha de trigo, que<br />

acompanha tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> extensões.<br />

As regr<strong>as</strong> de tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> Famíli<strong>as</strong><br />

As regr<strong>as</strong> d<strong>as</strong> bo<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> podem não ser uma cartilha pronta e<br />

acabada. Para ser bem sucedido em extensões, é necessário que se siga<br />

muit<strong>as</strong> dess<strong>as</strong> regr<strong>as</strong>, pois com certeza el<strong>as</strong> são idei<strong>as</strong> importantes. No<br />

entanto, nem sempre el<strong>as</strong> são considerad<strong>as</strong> pel<strong>as</strong> empres<strong>as</strong>; seja porque<br />

a pressão pelo resultado imediato faz com que <strong>as</strong> decisões atropelem o<br />

processo, seja porque não há uma clareza da essência da marca-mãe.<br />

De qualquer forma, já que tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> bo<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> têm regr<strong>as</strong>, <strong>as</strong> famíli<strong>as</strong><br />

de marc<strong>as</strong> também têm <strong>as</strong> su<strong>as</strong>. A primeira del<strong>as</strong> de<strong>no</strong>mina-se regra<br />

da afinidade e acontece quando um consumidor chega ao supermercado,<br />

olha pela primeira vez uma extensão de marca e diz: “Ué!<br />

M<strong>as</strong> já não tinha?”. Este é o primeiro p<strong>as</strong>so para ser bem sucedido<br />

em extensões: quando a ideia da extensão já estava pronta na cabeça<br />

dos consumidores. Ou seja, na “gôndola mental” do consumidor. A<br />

naturalidade diante da gôndola, e não o efeito de estranhamento é<br />

fundamental para esta aproximação <strong>no</strong> ponto de venda.<br />

O ritmo em que <strong>as</strong> extensões são apresentad<strong>as</strong> ao mercado é outra<br />

regra básica d<strong>as</strong> bo<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong>. Há marc<strong>as</strong> que atropelam o processo.<br />

Em um curto espaço de tempo, despejam uma série de produtos <strong>no</strong><br />

mercado. Mal dá tempo para o consumidor digerir cada um deles e<br />

integrá-los mentalmente à família. O efeito desejado de sinergia entre<br />

os filhotes fica comprometido pela velocidade acelerada. A Bauducco<br />

é um bom c<strong>as</strong>o de ritmo bem pensado. Hoje, ao olharmos a marca,<br />

vemos um grande repertório de produtos. M<strong>as</strong> não houve atropelos.<br />

Deram tempo para que os consumidores entendessem o caminho que<br />

estavam trilhando. Cada <strong>no</strong>vo filhote da marca teve um tempo para<br />

amadurecer antes da chegada de um <strong>no</strong>vo irmão.<br />

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