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UMA TARDE TRÁGICA | Dezembro de 1976. Depois de muitos anos morando<br />
no bairro paulistano da Vila Mariana, vamos encontrar Nico Rosso<br />
em sua nova residência, projetada de acordo com suas necessidades num<br />
novo local, o Planalto Paulista. Nos fundo do terreno, seu amplo e confortável<br />
estúdio de onde ele pouco saia, mesmo em suas raras horas vagas,<br />
quando aproveitava para tocar projetos pessoais. Chovia muito em São<br />
Paulo naquela tarde, um sábado, mais do que o normal nessa época do<br />
ano. Por puro acaso, Nico Rosso não estava em seu estúdio, mas sim vendo<br />
TV com seu neto Luiz, a poucos metros dalí, na residência que ficava<br />
na parte da frente do terreno. De repente, ouviram um estrondo e quando<br />
se deram conta, uma tragédia havia acontecido: o muro dos fundo cedera<br />
provocando uma inundação e um soterramento parcial sobre o estúdio<br />
destruindo grande parte do acervo de Nico Rosso. Depois descobriuse<br />
que a causa disso havia sido uma obra irregular no terreno que dava<br />
fundos ao estúdio, mas era tarde demais para fazer qualquer coisa. Isso<br />
acarretou um enorme grau de stress a Nico Rosso e ele acabou sofrendo<br />
um AVC. Socorrido a tempo, sobreviveu e acabou recuperando em parte<br />
suas capacidades motoras, mas não o bastante para que voltasse a trabalhar<br />
como ilustrador e desenhista. Ele passou os cinco anos seguintes se<br />
dedicando apenas à pintura, até que no dia 1º de outubro de 1981 sofreu o<br />
terceiro de uma série de infartes e não resistiu. Postumamente, em 1990,<br />
foi publicado o livro A Gotinha, escrito e desenhado por ele e que explica<br />
o ciclo das águas para crianças.<br />
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