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Brazil Yearbook - 1996_ocr

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CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1996</strong><br />

criação de novos recortes espaciais - é,<br />

normalmente, embasado nas<br />

transformações decorrentes dos processos<br />

de povoamento e aproveitamento<br />

econômico.<br />

O conjunto de informações contidas nos<br />

capítulos permite avaliar a evolução da<br />

divisão político-administrativa do País,<br />

apontando diferenças no ritmo e<br />

intensidade dessas ocorrências e<br />

apresentando algumas áreas de interesse<br />

específico.<br />

Cabe observar que os recortes<br />

geográficos apresentados no tema em<br />

questão, a exemplo das macro, meso e<br />

microrregiões, assim como das Unidades da<br />

Federação, municípios e distritos e<br />

áreas especiais, constituem unidades sobre<br />

as quais se apóiam a coleta e a<br />

divulgação de informações (estatísticas,<br />

geográficas, cartográficas) da Base de<br />

Dados do IBGE, a partir da qual são<br />

gerados produtos que viabilizam o<br />

conhecimento da realidade nacional.<br />

A caracterização físico-ambiental do<br />

território é o assunto abordado no tema<br />

Recursos Naturais e Meio Ambiente.<br />

Nos últimos anos, o processo de<br />

apropriação e transformação da natureza<br />

pelas atividades de produção impactou o<br />

meio ambiente causando-lhe desequilíbrios<br />

irremediáveis.<br />

Não há como ignorar os danos que<br />

resultam da aplicação de tecnologias<br />

inadequadas na exploração de<br />

determinados recursos naturais. Torna-se,<br />

contudo, cada vez mais difícil manter<br />

invioláveis extensas áreas naturais do País.<br />

Estas questões e outras que lhe são<br />

associadas preocupam, crescentemente,<br />

segmentos diferenciados da sociedade<br />

brasileira, colocando o País no centro do<br />

debate internacional.<br />

As condições históricas da ocupação do<br />

território conduziram a uma exploração<br />

desigual de recursos no tempo e no<br />

espaço. Nesse sentido, é a Amazônia que,<br />

pela sua extensão territorial, pela<br />

diversidade de seus recursos naturais e<br />

pelo caráter acelerado de sua ocupação<br />

recente, constitui objeto de polêmica<br />

em nível nacional e internacional.<br />

A questão é a de conciliar, através de<br />

um processo de ordenação territorial, as<br />

formas modernas de ocupação com as<br />

formas tradicionais de sobrevivência da<br />

população regional, incluindo o segmento<br />

indígena, de modo a minimizar a questão<br />

social, parte integrante da questão<br />

ambiental gerada pela evolução recente<br />

do processo de ocupação do território.<br />

Neste sentido, a contribuição deste<br />

Anuário é a de trazer para os usuários,<br />

através das informações nele veiculadas,<br />

aspectos da problemática ambiental<br />

brasileira.<br />

O último tema desenvolvido nesta seção<br />

é o de Organização Espacial e leva em<br />

conta a distribuição de elementos que<br />

refletem a forma de organização da<br />

produção, da circulação e do consumo,<br />

além da atividade de controle e decisão.<br />

No que se refere à divisão territorial do<br />

trabalho, a forma de inserção das<br />

diferentes áreas de produção na dinâmica<br />

global do crescimento contrapõe espaços<br />

modernizados e áreas pouco ou nada<br />

modernizadas. Diferenças no ritmo e<br />

intensidade dos investimentos de capital,<br />

bem como no grau de crescimento e<br />

diversificação das atividades produtivas,<br />

devem ser consideradas na avaliação dos<br />

processos atuantes.<br />

Uma outra configuração a ser<br />

considerada refere-se aos principais eixos<br />

de articulação representados pelos<br />

sistemas viário e de comunicações. São<br />

linhas que viabilizam a articulação entre os<br />

diversos segmentos territoriais, tendo<br />

papel fundamental na organização<br />

espacial do País.<br />

À espacialização desigual das diferentes<br />

áreas de produção e dos eixos de<br />

circulação associam-se áreas com<br />

características demográficas diferenciadas<br />

e centros com funções urbanas bem<br />

definidas. Ocorrem áreas com altas<br />

densidades e áreas com baixas<br />

densidades, expressas quer por grandes<br />

aglomerados urbanos, quer por áreas não<br />

incorporadas ou recém-incorporadas<br />

como fronteiras de recursos.<br />

Nesse sentido, a diversificação dos<br />

temas tratados nesta seção e a<br />

preocupação em focalizar as<br />

diferenciações espaciais constituem o<br />

fundamento básico de uma proposta de<br />

divulgação de informações que, ao tratar<br />

a globalização e a particularização, possa<br />

servir a uma compreensão mais rica da<br />

realidade brasileira.

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