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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1996</strong><br />

CLIMA<br />

circulação atmosférica que atuam na<br />

região: sistema de ventos de NE e E dos<br />

anticiclones subtropicais do Atlântico Sul e<br />

dos Açores acompanhados de tempo<br />

estável; sistema de ventos de O da massa<br />

Equatorial continental (mEc); sistema de<br />

ventos de N da Convergência Intertropical<br />

(CIT); e sistema de ventos de S do<br />

Anticiclone Polar. Destes, os três últimos<br />

sistemas são responsáveis por<br />

instabilidades e chuvas.<br />

Domínio da Temperatura<br />

Quanto ao regime térmico, o clima é<br />

quente, com temperatura média anual<br />

variando entre 24 o e 26 o C na maior parte<br />

da região. Nas áreas serranas as médias<br />

anuais são inferiores a 24 o C, e ao longo do<br />

baixo e médio Amazonas as médias<br />

ultrapassam os 26 o C. Nos meses mais<br />

quentes (setembro-outubro), não são<br />

registradas máximas diárias altas, em<br />

função da intensa nebulosidade e do<br />

excesso de umidade, exceto entre o<br />

médio Amazonas e o sudeste do Pará,<br />

onde já foram registradas máximas de<br />

40 o C. Nos meses mais frios (junho a agosto),<br />

em virtude da penetração do Anticiclone<br />

Polar, de trajetória continental, e da frente<br />

polar dele resultante,<br />

é comum a ocorrência de queda de<br />

temperatura de grande significado<br />

regional, conhecido como fenômeno<br />

da “friagem”, quando mínimas diárias<br />

de até 8 o C já foram registradas no<br />

setor SO da região.<br />

Distribuição da Pluviosidade<br />

Com relação à pluviosidade, não há<br />

uma homogeneidade espacial como<br />

acontece com a temperatura. Na foz do<br />

rio Amazonas, no litoral do Pará e no setor<br />

ocidental da região, o total pluviométrico<br />

anual excede 3 000 mm, onde são mais<br />

freqüentes as chuvas de O da mEc e de N<br />

da CIT. Na direção NO-SE, de Roraima a<br />

leste do Pará, encontra-se o corredor<br />

menos chuvoso, com total pluviométrico<br />

anual de 1 500 a 1 700 mm; esta área não<br />

está sujeita à ação das chuvas dos<br />

sistemas de O e de N.<br />

O período chuvoso ocorre nos meses de<br />

verão-outono, com exceção de Roraima e<br />

norte do Amazonas, onde o máximo<br />

pluviométrico se dá no inverno e o mínimo<br />

no verão (ligado ao regime do Hemisfério<br />

Norte).<br />

A duração do período seco é de um a<br />

três meses, na maioria da região, com<br />

exceção da área centro-ocidental e em<br />

torno de Belém, onde não existe sequer um<br />

mês seco, e a leste de Roraima, onde o<br />

período seco se estende de quatro a cinco<br />

meses.<br />

Caracterização Climática da<br />

Região Nordeste<br />

A Região Nordeste, caracterizada por<br />

um relevo de planícies e tabuleiros<br />

litorâneos em topografia, geralmente<br />

inferiores a 500 m, e superfícies interiores<br />

acima de 800 m (Planalto da Borborema) e<br />

às vezes 1 200 m (Chapada Diamantina),<br />

aliado aos diferentes sistemas de<br />

circulação, torna sua caracterização<br />

climática um pouco complexa com<br />

relação à pluviosidade.<br />

Os sistemas de circulação que vão<br />

influenciar na região são quatro:<br />

1) Sistema de Correntes Perturbadas de<br />

Sul é mais freqüente durante o período de<br />

outono/inverno, ocasião em que as frentes<br />

alcançam o litoral de Pernambuco (altura<br />

de Recife). Na primavera-verão, raramente<br />

as frentes atingem o NE e, quando isso<br />

ocorre, o máximo que elas alcançam é o<br />

sul da Bahia.<br />

2) Sistema de Correntes Perturbadas do<br />

Norte, representado pela CIT, cuja atuação<br />

é mais importante durante o verão e<br />

principalmente no outono, ocasião em que<br />

alcança seu posicionamento mais<br />

meridional, atingindo até as latitudes de 9 o<br />

a 10 o Sul.<br />

3) Sistema de Correntes Perturbadas de<br />

Leste, que provocam chuvas mais ou<br />

menos abundantes, diminuindo em direção<br />

a oeste, raramente alcançando as<br />

escarpas da Borborema e da Diamantina,<br />

sendo mais freqüentes no inverno.<br />

4) Sistema de Correntes Perturbadas de<br />

Oeste, trazidas pelas linhas de Instabilidade<br />

Tropical (IT), freqüentemente penetram<br />

sobre a Bahia e Piauí.<br />

Domínio da Temperatura<br />

Em relação ao regime térmico, suas<br />

temperaturas são elevadas, com média<br />

anual variando entre 20 o e 28 o C. No litoral<br />

oriental e nas áreas situadas acima de200 m,<br />

a temperatura é mais baixa, de 24 o a<br />

26 o C. Nas áreas mais elevadas da<br />

Diamantina e da Borborema as médias<br />

anuais são inferiores a 20 o C. Nos meses de<br />

verão são registradas máximas em torno de<br />

40 o C, no sul do Maranhão e Piauí. Os<br />

meses de inverno (junho-julho) são menos<br />

quentes, com mínimas entre 12 o e 16 o C no<br />

litoral e poucas vezes elas atingem 10 o C no<br />

Maciço da Borborema e 1 o C na Chapada<br />

Diamantina, após a passagem da frente<br />

polar. Porém, essa temperatura não dura<br />

mais de dois dias.<br />

Distribuição da Pluviosidade<br />

A pluviosidade da região é muito<br />

complexa, tanto em relação ao seu curto<br />

período de ocorrência (três meses,

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