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Brazil Yearbook - 1996_ocr

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RELEVO ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1996</strong><br />

A maior extensão dos patamares<br />

encontra-se à margem esquerda do curso<br />

médio do rio São Francisco, e apenas uma<br />

pequena parte na sua margem direita.<br />

Trata-se de um conjunto com altimetria<br />

superior a 500 m, com cotas que chegam<br />

a 1 200 m na Serra Geral de Goiás.<br />

A unidade é constituída por litologias do<br />

Grupo Bambuí e da Formação Urucuia; em<br />

áreas restritas afloram rochas atribuídas ao<br />

Pré-Cambriano Inferior a Médio. Essas<br />

áreas correspondem a estreitas faixas<br />

alongadas que bordejam a Serra Geral de<br />

Goiás, no contato da Formação Urucuia<br />

com o Grupo Bambuí e nos médios cursos<br />

dos rios Correntina, Arrojado e Formoso,<br />

assim como nas cabeceiras dos afluentes<br />

da margem esquerda do rio Pandeiros.<br />

A rede de drenagem é formada por<br />

riachos sob controle estrutural.<br />

Planalto da Borborema (36)<br />

Compreende um conjunto estrutural que<br />

se estende do Estado de Alagoas ao Rio<br />

Grande do Norte, onde as diferenciações<br />

geomorfológicas revelam diferentes<br />

estágios de evolução do relevo,<br />

decorrentes das interferências tectônicas<br />

combinadas às modificações climáticas<br />

subatuais e atuais. As altimetrias desta área<br />

variam de 200 m a mais de 1 000 m. As<br />

áreas mais elevadas correspondem às<br />

cristas simétricas e assimétricas (hogbacks),<br />

linhas de cumeadas e blocos serranos. As<br />

altitudes intermediárias, em torno de 500 a<br />

600 m, são encontradas sobretudo em<br />

compartimentos aplanados. As feições são<br />

formadas por rochas pré-cambrianas e<br />

paleozóicas representadas por granitos,<br />

siltitos e quartzitos, entre outras.<br />

A rede de drenagem, de caráter<br />

intermitente, apresenta um padrão radial<br />

centrífugo, adaptado à tectônica<br />

dominante, ressaltando os rios Ipojuca,<br />

Jacuípe, Una e Paraíba, dirigidos para o<br />

Atlântico, Ipanema e Moxotó, que correm<br />

em direção ao São Francisco, e outros que<br />

se dirigem para o norte.<br />

Planaltos e Chapadas dos Rios<br />

Jequitinhonha/Pardo (37)<br />

Esses compartimentos geomorfológicos<br />

abrangem parte dos Estados de Minas<br />

Gerais, Bahia e Espírito Santo. O rio<br />

Jequitinhonha, o mais importante curso<br />

fluvial da área, representa o nível de base<br />

geral e o principal responsável pela<br />

dissecação, caracterizada por modelado<br />

diferencial, e interflúvios convexos<br />

entremeados por extensas chapadas. As<br />

litologias compõem-se de micaxistos,<br />

anfibolitos e gnaisses do Proterozóico,<br />

metamorfizados, intrudidos por granitos e<br />

rochas granitóides do Complexo Medina,<br />

localmente capeadas por coberturas<br />

detríticas do Cenozóico. Essas coberturas<br />

conferem ao modelado um aspecto<br />

distinto dos Maciços Plutônicos ao<br />

ressaltarem feições tabulares, situadas nos<br />

topos dos planaltos.<br />

As chapadas apresentam nos topos<br />

cobertura areno-argilosa e síltica<br />

acinzentada, sustentada por uma crosta<br />

ferruginizada, indicada por cornijas,<br />

garantindo a verticalidade das encostas e<br />

a manutenção da tabularidade nos topos.<br />

Planalto dos Geraizinhos (38)<br />

O Planalto dos Geraizinhos faz limite a<br />

oeste e noroeste com os contrafortes das<br />

serras do Espinhaço e seus patamares, a<br />

norte com os Patamares do Médio Rio de<br />

Contas, e a sul com as Chapadas do<br />

Jequitinhonha e Planaltos dos Rios<br />

Jequitinhonha/Pardo.<br />

A área é drenada pela bacia do rio<br />

Pardo, que escoa para leste. Situa-se entre<br />

cotas de 600 a 1 000m, contendo relevos<br />

planos conservados e retocados, além de<br />

cristas isoladas, desenvolvidos em litologias<br />

do Grupo Macaúbas.<br />

Planaltos da Canastra (39)/ Alto<br />

Rio Grande (40)<br />

As unidades são cortadas pela<br />

drenagem do rio Grande, onde foram<br />

construídos o Complexo Hidrelétrico de<br />

Furnas e as Represas de Jaguari, Peixoto e<br />

Furnas. O relevo é dissecado em formas<br />

colinosas e interflúvios aplanados, com<br />

topos e vertentes convexados e tabulares,<br />

intercalados com cristas alongadas. As<br />

litologias compõem-se por rochas dos<br />

Complexos do Amparo e Paraisópolis e dos<br />

Grupos São João del Rei, Carrancas,<br />

Andrelândia, Itapira e Canastra.<br />

O Planalto da Canastra é formado de<br />

serras e patamares que atingem até 1 500 m<br />

de altitude, no Estado de Minas Gerais e<br />

parte restrita de São Paulo. Constitui<br />

divisor de águas das bacias do São<br />

Francisco e do Paraná, com padrão de<br />

drenagem dendrítico. Nele está localizado<br />

o Parque Nacional da Canastra.<br />

Planaltos e Serras da<br />

Diamantina (41)/ Espinhaço (42)/<br />

Quadrilátero Ferrífero (43)<br />

Conjuntos de relevos elevados,<br />

elaborados em rochas metassedimentares<br />

dobradas e falhadas, dispõem-se no<br />

sentido norte-sul, estendendo-se do<br />

extremo norte do Estado da Bahia até as<br />

proximidades da cidade de Ouro Preto, no<br />

Estado de Minas Gerais. As características<br />

morfológicas distintas retratam estilos<br />

tectônicos diferenciados.

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