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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1996</strong><br />

VEGETAÇÃO ÁREAS E RECURSOS E LIMITESFLORÍSTICOS<br />

Com o objetivo de demonstrar a<br />

importância econômica de algumas<br />

espécies ocorrentes nas formações acima<br />

descritas, elaborou-se o Quadro1.4.<br />

São inúmeras as aplicações dos<br />

vegetais na alimentação, medicina,<br />

vestuário, habitação e nos mais variados<br />

tipos de indústrias, evidenciando assim sua<br />

importância na vida do homem. Porém, o<br />

potencial de utilização da rica flora<br />

brasileira ainda não está totalmente<br />

conhecido. Os resultados apresentados nos<br />

trabalhos científicos até o momento,<br />

embora sejam numerosos, encontram-se<br />

dispersos, dificultando ainda mais o seu<br />

conhecimento.<br />

Considerando a grande quantidade de<br />

espécies de importância econômica<br />

conhecidas e sua vasta distribuição nas<br />

diferentes fitocenoses do território brasileiro,<br />

verifica-se a necessidade de um estudo<br />

mais aprofundado de suas características,<br />

principalmente como fornecedoras de<br />

matéria-prima, que permita uma avaliação<br />

mais precisa deste recurso.<br />

Em face destas necessidades, o IBGE,<br />

através do Departamento de Recursos<br />

Naturais e Estudos Ambientais - DERNA -, da<br />

Diretoria de Geociências - DGC -, vem<br />

desenvolvendo uma pesquisa de caráter<br />

permanente - o Cadastro de Espécies<br />

Vegetais de Importância Econômica, cujo<br />

objetivo é coletar, analisar e sistematizar<br />

dados e informações sobre sua utilização,<br />

ocorrência e potencialidade econômica,<br />

das espécies nativas ou naturalizadas que<br />

apresentam alguma aplicabilidade.<br />

O Projeto Cadastro de Espécies Vegetais<br />

de Importância Econômica tem como<br />

base levantar, a partir de bibliografias<br />

específicas, dados relativos à taxonomia,<br />

nomes vulgares, ocorrência, formação<br />

vegetal, ambiente, habitus, parte utilizada<br />

da planta, substâncias químicas e<br />

aplicações nos campos da medicina,<br />

alimentação, exploração e extrativismo,<br />

indústria e comércio, com a finalidade de<br />

alimentar um Sistema de Informações sob<br />

a denominação EVIE.<br />

Atualmente, o Projeto Cadastro de<br />

Espécies Vegetais, com cerca de 3 500<br />

espécies da flora brasileira armazenadas<br />

em um Banco de Dados, apresenta<br />

aplicações distribuídas entre os produtos<br />

Adubo, Alimento Animal, Alimento<br />

Humano, Bebidas, Celulose, Cera,<br />

Fármaco, Fibra, Fumígeno/Mastigatório,<br />

Goma/Resina, Latex Stricto Sensu, Madeira,<br />

Óleo Essencial, Óleo/Gordura, Ornamento,<br />

Tanino/Corante, Tóxico e outros não<br />

enquadrados.<br />

Foi desenvolvida e já se encontra<br />

disponível nos postos de venda do IBGE a<br />

primeira versão do banco, em meio<br />

magnético.<br />

Para a elaboração deste produto, foram<br />

criados, a partir dos dados armazenados,<br />

relacionamentos que permitem aos<br />

usuários o acesso a alguns grupos de<br />

informações. A obtenção dos dados<br />

contribuirá, sobremaneira, para o<br />

desenvolvimento de novos estudos e<br />

pesquisas, gerando mais informações, que<br />

fornecerão subsídios ao cadastro em sua<br />

fase de atualização.<br />

Objetivando mostrar o potencial de<br />

algumas espécies que ocorrem no Brasil, foi<br />

elaborado o quadro, cujos dados foram<br />

obtidos a partir do Banco de Dados do<br />

Cadastro de Espécies Vegetais de<br />

Importância Econômica do IBGE.<br />

Potencial Florestal da Amazônia<br />

O IBGE, através de inventários florestais,<br />

realizados pelo Projeto RADAMBRASIL e<br />

publicados nos seus relatórios, fornece<br />

dados sobre a potencialidade florestal e,<br />

na medida do possível, uma orientação<br />

prática da utilização desses recursos.<br />

Apresenta também uma classificação do<br />

potencial florestal de cada estrato<br />

estudado, bem como estima a média de<br />

toda a população. Com esses resultados<br />

pode-se estabelecer as variações da<br />

disponibilidade de áreas e volumes.<br />

Comparando-se os resultados dos<br />

inventários realizados na Amazônia,<br />

comprova-se que, estatisticamente,<br />

tendem a igualdades volumétricas as<br />

Regiões Fitoecológicas da Floresta<br />

Ombrófila Densa e da Floresta Ombrófila<br />

Aberta.<br />

Verifica-se que essas florestas, embora<br />

heterogêneas sob múltiplos aspectos,<br />

apresentam características homogêneas<br />

em relação a certas variáveis. Entretanto, a<br />

mesma Região Fitoecológica pode<br />

apresentar variações significativas quanto<br />

aos aspectos qualitativo e comercial. Estas<br />

variações são bem acentuadas pelo<br />

posicionamento geográfico das<br />

populações em vista da diferença de<br />

resultados dos inventários nas partes<br />

setentrionais e meridionais, ocidentais e<br />

orientais da Amazônia.<br />

Observa-se que em uma mesma área ou<br />

meio fisionomicamente homogêneo<br />

ocorrem variações bastante acentuadas<br />

na composição volumétrica, quando são<br />

individualizadas as parcelas amostradas.<br />

Essas variações ocorrem dentro de cada<br />

estrato, quando se procura qualificar o<br />

potencial volumétrico, tanto no aspecto<br />

de sanidade aparente dos indivíduos que<br />

compõem os parâmetros estimados,<br />

quanto no comercial. O potencial bruto<br />

dos estratos mostra que a floresta, sendo<br />

um sistema natural, tende a manter o<br />

equilíbrio entre as unidades<br />

morfoestruturais que a compõem.

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