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CLIMA ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1996</strong><br />

podendo diminuir ou mesmo não existir),<br />

quanto ao seu total anual, que pode variar<br />

de 300 a 2 000 mm.<br />

Com relação ao período de ocorrência,<br />

ao longo do litoral oriental e na encosta do<br />

Planalto do Rio Grande do Norte à Bahia, o<br />

máximo acontece no outono-inverno e o<br />

mínimo na primavera-verão. É uma<br />

característica do regime das regiões de<br />

clima mediterrâneo. Dos paralelos 5 o S<br />

(Maranhão) a 9 o S (Pernambuco) ao litoral<br />

setentrional, o máximo acontece no<br />

outono e o mínimo na primavera. Este<br />

regime se assemelha ao Tropical da Zona<br />

Equatorial. No interior, ao sul dos referidos<br />

paralelos, o máximo é no verão, em<br />

função das correntes de oeste, e o mínimo<br />

no inverno, quando a corrente está<br />

enfraquecida, ficando a região sob a<br />

influência dos ventos de NE a E do<br />

Anticiclone do Atlântico Sul.<br />

O total anual tende a diminuir da<br />

periferia para o interior, em conseqüência<br />

da orientação das correntes perturbadas<br />

que diminui a freqüência para o interior do<br />

sertão. A oeste a região é abrangida pelas<br />

chuvas das correntes de O, com índices<br />

em torno de 1 500 mm. O leste da região<br />

(litoral oriental) está mais sujeito às chuvas<br />

frontais de sul. Aí os índices são sempre<br />

superiores a 1 250 mm, havendo locais que<br />

podem chegar a alcançar 2 000 mm<br />

anuais ou até mais. Ao contrário, no sertão<br />

os totais anuais são inferiores a 1 000 mm e,<br />

por vezes, inferiores a 750 mm, caindo para<br />

menos de 500 mm no Raso da Catarina<br />

(Bahia e Pernambuco) e depressão de<br />

Patos (Paraíba).<br />

A irregularidade das chuvas é a principal<br />

característica climática da região. O<br />

percentual dos três meses consecutivos<br />

mais chuvosos mostra que, no litoral, a<br />

concentração corresponde a menos de<br />

50%. No setor setentrional essa variação é<br />

de 50 a 70% e, no sertão, o período<br />

chuvoso é às vezes de dois meses apenas.<br />

Caracterização Climática da<br />

Região Sudeste<br />

O Clima da Região Sudeste é<br />

bem diversificado em relação à<br />

temperatura. A posição latitudinal cortada<br />

pelo Trópico de Capricórnio, a topografia<br />

bastante acidentada e a influência dos<br />

sistemas de Circulação Perturbada são os<br />

principais fatores.<br />

Os sistemas de circulação que atuam na<br />

região são três: Sistema de Correntes<br />

Perturbadas de S, representadas pelas<br />

Frentes Polares que causam aguaceiros no<br />

verão; Sistema de Correntes Perturbadas<br />

de O, trazidas pelas linhas de IT, que<br />

produzem as chamadas chuvas de verão;<br />

e Sistema de Correntes Perturbadas de E,<br />

que são mais freqüentes no inverno e só<br />

afetam o norte do Estado do Rio de Janeiro<br />

e raramente ultrapassam a Serra do<br />

Espinhaço.<br />

Domínio da Temperatura<br />

É uma região de transição entre os<br />

climas quentes das latitudes baixas e os<br />

climas mesotérmicos das latitudes médias,<br />

porém suas características são mais para<br />

os climas tropicais do que para os<br />

temperados. A temperatura média anual<br />

situa-se entre 20 o C, no limite de São Paulo<br />

e Paraná, a 24 o C, ao norte de Minas<br />

Gerais, enquanto nas áreas mais elevadas<br />

das Serras do Espinhaço, da Mantiqueira e<br />

do Mar a média pode ser inferior a 18 o C,<br />

efeito conjugado da altitude com a<br />

freqüência das correntes polares. No<br />

verão, principalmente janeiro, são comuns<br />

médias das máximas de 30 o a 32 o C no vale<br />

do São Francisco, vale do Jequitinhonha,<br />

Zona da Mata de Minas Gerais e baixada<br />

litorânea e oeste do Estado de São Paulo.<br />

Nas superfícies elevadas a máxima<br />

absoluta é inferior a 36 o C, e nos vales pode<br />

alcançar até 42 o C. No inverno, a<br />

temperatura média das mínimas varia de<br />

6 o a 20 o C, com mínimas absolutas de -4 o a<br />

8 o C, sendo que as temperaturas mais<br />

baixas são registradas nas áreas mais<br />

elevadas. Vastas extensões de Minas<br />

Gerais e São Paulo registram ocorrência de<br />

geada após a passagem da Frente Polar.<br />

Distribuição da Pluviosidade<br />

A pluviosidade não é menos importante<br />

que a temperatura. São duas as áreas mais<br />

chuvosas: uma, acompanhando o litoral e<br />

a Serra do Mar, onde as chuvas são<br />

trazidas pelas correntes de sul; e outra, do<br />

oeste de Minas Gerais ao Município do Rio<br />

de Janeiro, em que as chuvas são trazidas<br />

pelo Sistema de O. A altura anual da<br />

precipitação nestas áreas é superior a<br />

1 500 mm. Na Serra da Mantiqueira estes<br />

índices ultrapassam 1 750 mm e, no alto do<br />

Itatiaia, 2 398 mm.<br />

Na Serra do Mar, em São Paulo, chove<br />

em média mais de 3 600 mm. Próximo de<br />

Paranapiacaba e de Itapanhaú foi<br />

registrado o máximo de chuva do País<br />

(4 457,8 mm).<br />

No restante da Região Sudeste os índices<br />

pluviométricos são 1 500 mm. No vale do<br />

Jequitinhonha e no vale do rio Doce o total<br />

situa-se em torno de 900 mm.<br />

O máximo pluviométrico da região<br />

normalmente se dá em dezembro ou<br />

janeiro e o mínimo em julho. Do volume das<br />

chuvas, 30 a 50% se concentram em<br />

apenas três meses.<br />

O período seco varia de um a seis meses<br />

de duração, normalmente centralizado no<br />

inverno. No vale do Jequitinhonha e no<br />

vale do São Francisco (seis meses); no

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